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O enorme desafio de educar o Brasil

22 DE JUNHO DE 2008 - 19h18
O Ministério da Educação divulgou neste final de semana novos números do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O Ideb é medido a partir das notas dos alunos em provas oficiais e do índice de aprovação dos estudantes. Ele permite conhecer o desempenho dos estudantes da quarta e oitava séries do ensino fundamental e do ensino médio das redes públicas municipais e estaduais, oferecendo um importante diagnóstico sobre a situação da educação no Brasil.
Apesar do nariz torcido de parte da mídia, que tenta destacar apenas o que há de negativo nos números apresentados pelo MEC, os dados do Ideb mostram avanços em vários aspectos. No geral, o Ideb cresceu em todas as etapas do ensino entre 2005 e 2007. Na quarta série do ensino fundamental, dos 5.019 municípios pesquisados, 4.073 alcançaram as metas fixadas pelo Ministério para o ano de 2007, o que representa 80,7%.
Mas os números continuam confirmando a desigualdade entre as regiões. Enquanto o Sul e o Sudeste mais uma vez concentram bons resultados, a maior parte do Norte e do Nordeste ainda patina em índices bem abaixo do desejável.
Apesar disso, os primeiros resultados do esforço do MEC para superar as deficiências começam a aparecer. Exemplo disso é que dos 1.242 municípios que o MEC elegeu como prioritários para se investir na melhoria da educação, 1.135 atingiram ou superaram as metas para 2007. No Nordeste, por exemplo, dos 818 municípios prioritários, 739 alcançaram ou superaram as metas para a quarta série do ensino fundamental.
A escala do Ideb vai de zero a dez pontos e a média nacional está, por enquanto, em 4,2 no ensino fundamental (1ª a 4ª série), 3,8 nas séries finais (5ª a 8ª série) e em 3,5 no ensino médio, bem distante dos seis pontos indicados como um parâmetro razoável por organismos internacionais. Apenas 51 dos mais de 5 mil municípios pesquisados, alcançaram ou superaram a média de seis pontos, que é aquela alcançada pela maior parte dos países desenvolvidos.
O plano nacional para a educação, lançado em 2007, tem objetivos que serão perseguidos em longo prazo: pretende-se que todas as escolas da educação básica pública tenham Ideb igual ou superior a 6 em 2022, ano do bicentenário da independência do Brasil. Ou seja, não será uma tarefa deste governo, nem do próximo, mas de um conjunto de pelo menos 5 administrações diferentes que, se mantiverem o compromisso de investir na educação, conseguirão elevar o país a um patamar de desenvolvimento nunca antes alcançado na América Latina. Mas é um investimento que não pode ser apenas financeiro, precisa ser também político, administrativo e conceitual.
Principalmente nos rincões do Brasil, a pobreza extrema e o predomínio de uma oligarquia política conservadora, burocrática, corrupta e tacanha ainda são os principais entraves para a melhoria da qualidade da educação pública. Isso exige que, ao lado do gigantesco esforço que o MEC está promovendo para melhorar o nível do ensino no Brasil, avancemos também na superação das desigualdades sócio-econômicas e no arejamento da cena política, afastando das administrações municipais aqueles gestores que enxergam a educação apenas como mais um serviço público obrigatório.


Fonte: (Editorial) www.vermelho.org.br

Fale conosco: padreorvandil@ibest.com.br

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