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segunda-feira

Assustadora borrasca eleitoral





Amigo Fernando Góis

Não há como analisar o processo político brasileiro excluindo as eleições e os eleitores, pois são fatores que se destacam na corrida pelo poder. 

Sobre as eleições há muita confusão. O senso comum, cuja ignorância é alimentada interesseiramente por setores que “usam” os eleitores e as eleições a favor da manutenção dos privilégios dos reduzidos 1% da classe dominante atrasada, que “pensa” – o senso comum pensa que pensa – que política é somente coisa de candidatos, de urnas e de resultados eleitorais, esquecendo em quem votaram logo após os pleitos. 

É chocante saber que milhões de brasileiros não sabem o que ocorre no Brasil, o que acontece nos executivos municipais, estaduais e federal nem nas câmaras de vereadores, nas assembleias legislativas e no Congresso Nacional. Depois, quando frente às urnas, votam sem consciência e sem compromisso. 

Sei que os candidatos temem abordar a questão da responsabilidade ou a falta de responsabilidade cívica dos eleitores, porque receiam perder votos. Os sites e mídia tradicional se intimidam de analisar criticamente a postura alienada dos que nem imaginam a luta que enfrentamos para construir a liberdade de votar, porque temem a perda de audiência. Nisso se omitem do papel de educar politicamente este polo importante da democracia, os cidadãos com títulos eleitorais em punho e sem política na consciência. 

Por isso sempre afirmo que os partidos faliram, talvez porque os candidatos sejam comprados e patrocinados por grandes grupos econômicos, que depois usam os poderes da república a favor de seus interesses e negócios, geralmente contrários às necessidades do nosso povo. Há parlamentares e executivos de tal modo mais fiéis aos seus patrocinadores do que ao povo que os elege. 

Porém, é muito grave o resíduo de má-fé, de ignorância ou os dois juntos, de setores de contingentes consideráveis de eleitores vazios de bom senso em vários lugares do País, notadamente em São Paulo e Rio de Janeiro. Assustei-me com a notícia de que Jair Bolsonaro e Marco Feliciano são favoritos a receber milhões de votos como candidatos à reeleição de deputados federais. 

Será que os eleitores cariocas que votarão em Jair Bolsonaro, de quem o fundamentalista desrespeitoso pastor Silas Malafaia abençoou o casamento, não sabem que ele é nazista, defensor dos torturadores, que advoga a volta do golpe militar, racista e homofóbico, como o era o seu ídolo Adolfo Hitler? Se sabem, então seus eleitores são em número grande de nazistas capazes de sustentar eleitoralmente um deputado que desdenha da democracia e do povo no parlamento brasileiro? 

Espanta também a bolsa volumosa de votos do homofóbico, direitista e enganador da fé pública, o também pastor Marco Feliciano, que tem milhões de simpatizantes entre os eleitores de São Paulo. Quem são seus eleitores? Será que são evangélicos fundamentalistas, dogmáticos homofóbicos, supersticiosos daqueles que leem a Bíblia como horóscopo? Ou trata-se de eleitores enganados com o discurso e voz do cantor – para mim cantor de músicas muito ruins, de mau gosto e de pobreza teológica – que não se dão ao trabalho de conversar e de questionar os fundamentos motivadores deste candidato que na legislatura em finalização foi denunciado como homofóbico e de dar dinheiro público a “funcionários” de seu gabinete que nunca pareceram para trabalhar?

A ignorância política pode ser fator de engano eleitoral. Há alguns anos me surpreendi com a avaliação de um cidadão detentor de título de doutor que votava no fanfarrão moralista Demóstenes Torres. A explicação do doutor é a de que o discurso daquele senador cassado por corrupção favorecia a homofobia. No resto este meu amigo se dizia de esquerda. Dá para entender essa confusão?

Os eleitores têm que ser debatidos e criticados, também. Os eleitores decidem as eleições, por isso não podem ser largados a Deus dará.

Abraços críticos e fraternos na luta pela justiça e pela paz.
Dom Orvandil: bispo cabano, farrapo e republicano.



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