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segunda-feira

Roberto Carlos e o mascaramento do terror





Meu querido casal Adriane e Glemerson Alves

Curto grande alegria em te conhecer, Psicóloga Adriene, minha aluna no pós-graduação no Instituto ConsciênciaGo. És pessoa muito alegre, simpática, bonita, inteligente e livre. Para completar minha alegria ainda me apresentas para teu encantador esposo, o pastor presbiteriano Glemerson, que já me enviou comentário para este blog, publicado aqui ao lado direito. Ele se propõe a uma caminhada profícua e rica comigo. Obrigado, meu irmão. Percebo que vocês dois são especiais. Aprenderei muito com vocês.

Realizo-me muito nas aulas dos cursos de pós-graduação, ao lado da Professora Sandra Chaves e do Engenheiro Luiz Marcos Coelho. Conheci pessoas grandiosas das várias profissões, atividades e militâncias, em vários municípios onde dei aulas, aqui em Goiás. Minha próxima peregrinação será a Rio Verde, no próximo fim de semana, em cuja cidade já vivenciei  grandiosas e intraduzíveis alegrias. 

Pois bem, Glemerson e Adriene, na verdade desejo comentar com vocês o show do cantor Roberto Carlos, em Jerusalém, gravado na quarta-feira e rodado no sábado pela TV Globo, integrante do PIG (partido da imprensa golpista), na semana passada. Objetivo aqui apreciar criticamente aquela apresentação.

Gosto de Roberto Carlos e  aprecio a beleza de sua voz e de suas canções sobre amor, religiosidade, amizade, sobre a mulher brasileira, romance etc. Penso que ele é uma representação brasileira interessante, importante e respeitada. 

Mas precisamos nos perguntar sobre o que está por trás daquele show. Ora, a história de RC é de alienação e de omissão aos grandes problemas brasileiros e mundiais. Durante a ditadura militar pró-imperialista no Brasil, cujo golpe fascista foi dado no dia 1º de abril de 1964, Roberto deliberadamente se omitiu, ao contrário de Chico Buarque, Raul Seixas, Caetano Veloso (este acabou se vendendo ao neoliberalismo), Vinícius de Moraes, Geraldo Vandré e tantos outros, muitos presos, mortos, torturados e exilados, enquanto Roberto Carlos fez acordo com os ditadores para desviar a atenção da juventude e retirá-la da luta por transformações, políticas e sociais, provocando nela histeria alienante, outros emprestaram suas vozes e arte para denunciar os crimes e o golpe na democracia brasileira, praticados pelos ditadores e traidores da Pátria, que até hoje temem o julgamento das barbáries que praticaram. Isso é verdade e inquestionável: Roberto Carlos cantou para desviar a atenção da juventude nos anos de chumbo. Conviveu com o golpe e o apoio. 

Agora, na condição de funcionário da Globo, através da qual mantêm a imagem de bom moço com muitas emoções, realizou show de caráter místico para suavizar as barbaridades que essa rede fez e faz contra os interesses nacionais. A Globo desespera-se com sua decadência demonstrada na perda de audiência em todas as programações e em todos os horários. Os movimentos sociais levantam cada vez mais solidamente denúncias contra a imerecida e desleal hegemonia dessa rede, que serve os interesses da classe dominante nacional e internacional. Os intelectuais não param de apontar que essa rede atenta contra a democracia e protege movimentos escusos contra o desenvolvimento nacional, a distribuição de renda e de riquezas. O mau comportamento de apresentadores como William Bonner, Fátima Bernardes, William Wack, Cristiane Pelágio e do reacionário de direita Arnaldo Jabour, ao se referirem a lideranças nacionais, latino americanas e outras, é de um desrespeito clamoroso e lamentável. Claro, tudo com textos aprovados e indicados pela alta cúpula daquele apodrecido galinheiro tomado pelas raposas e abutres do povo. É a eles e a Globo que Roberto Carlos serve e, para mascarar sua imagem, canta com “muitas emoções”, reconheçamos, por mais tristes que fiquemos. Os patrocínios, principalmente o daquele cartão de créditos, que deu milhões de reais para pagar as tranmissões internacionais da Globo, um produto do sistema bancário explorador de nosso sangue, concorrem com bom material de apoio a essa análise que faço aqui. Roberto Carlos colaborou com nosso massacre e com o desrespeito aos esforços que nosso povo faz em favor do desenvolvimento na construção de um estado investidor e na recuperação da dignidade social e nacional.

Outro indício dos propósitos a que serve Roberto Carlos é o lugar onde cantou e os componentes de sua platéia. Ele cantou em Jerusalém, que se situa na Palestina. Ora, o Estado de Israel foi fundado por generais judeus nazistas, articulados com Hitler, para ser ponta de lança do nazismo no Oriente Médio. Por isso, o caráter terrorista que reveste as políticas colonizadoras da elite nazi-fascista de Israel, em constante massacre do povo palestino. Bastam poucas informações referentes às barbaridades impetradas pelos governos israelitas contra os direitos palestinos para se perceber o terror que aquela nação realiza a serviço do imperialismo estadunidense, inclusive. Então, desde a metade do século vinte, Israel, apesar de suas práticas nazistas, é linha auxiliar do imperialismo estadunidense, que infesta o mundo com bombas e guerras, no afâ de roubar petróleo e outras riquezas.   Sobre isso RC nada disse e nada cantou, como a Globo também nada diz e quando noticia sempre o faz contra o povo palestino. 

Outro dado importante no show de poesia e política alienadas de Roberto Carlos é o “Jesus Cristo estou aqui” que compõe o núcleo de sua consciência, o mesmo da visão da classe dominante supersticiosa. O Jesus Cristo deles não tem nenhuma relação com o Jesus da Maria Madalena, dos pescadores pobres e explorados da Galiléia e de Nazaré, não tem nada a ver com os revolucionários zelotes que seguiram Jesus nem com as injustiças que ele combateu, nada a ver com a cruz martírio dos sediciosos que se rebelaram contra a opressão imperial romana, na qual o império desumanamente pregou o Salvador dos pobres e oprimidos. Não, o Jesus Cristo de Roberto Carlos é uma coisa romântica, mística, misticista e supersticiosa, que anda em nuvens na contemplação de multidões, sem nada fazer por elas. O Jesus Cristo cantado por Roberto Carlos, na outrora capital onde o Jesus de Nazaré foi julgado na calada da madrugada, sob tortura e crucificado como marginal, não tem nada a ver com o povo nem com as lutas que palestinenses, latino americanos, africanos etc fazem contra a opressão.

É triste assistir um irmão brasileiro se prestar a esse tipo de subserviência e emprestar sua arte para iludir o povo e reforçar a mentira. Há muito a fazer. A luta continua. Tenhamos esperança.

Abraços, querido casal, Adriane e Glemerson.











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