Queridos/as amigos/as leitores/as desse blog
Por gentileza, cliquem sobre essa manchete e leiam a notícia referente à exploração escrava praticada pelas Casas Pernambucanas, em São Paulo. Encareço aos/às meus/minhas alunos/as que analisem cuidadosamente os detalhes dessa notícia triste.
Sabem, há um discurso surrado que quando menciona a formação de mão de obra e a produção em vários sentidos dá a tudo isso o nome de “mercado”, termo querido do neoliberalismo e da globalização, sem falar que isso indica o capitalismo tosco, estúpido, burro, diabólico, perverso e egoísta, manipulado por uma classe dominante insensível, que vive às custas do “trabalho” e do assassinato dos sonhos dos explorados.
Leiam isso e avaliem quem tem ainda “coragem” de defender esse capitalismo, hein? A gente passa por vários lugares do Brasil e vê as enormes placas e logotipo das Casas Pernambucanas e não imagina o subterrâneo da exploração. Cresci no Rio Grande do Sul passando pela frente dessas grandes lojas para sentir o cheiro gostoso de tecidos provindos de suas pilhas de roupas, sem imaginar que elas são tingidas com tinta e, principalmente, pelo sangue dos/as explorados/as e massacrados/as irmãos/as brasileiros/as e bolivianos/as. Isso é sinal de alerta para outros nomes de prestígio no tal de mercado. Como será que as Casas Bahia tratam seus trabalhadores? Como será que as fábricas e grandes lojas de computadores, de celulares etc lidam com o povo trabalhador e quanto eles “ganham” para que os dons lucrem e enriqueçam rapidamente? Há alguns meses denunciei aqui uma ONG de propriedade de um suíço que vivia do prestígio de “ajudar” “vagabundos brasileiros”, segundo ele. Interessante que o suíço veio a Brasil para passar meses aqui nesse ano e retornou rapidamente para seu país depois de saber de minha denúncia. Apelei a várias autoridades para que averiguassem o problema. Alguém tomou providências?
Conta-se que F. Engels foi à Inglaterra pesquisar sobre o fenômeno capitalista da Revolução Industrial. Chegou passado do meio dia numa casa e viu o homem marido e pai cozinhando para o almoço da esposa e dos inúmeros filhos – crianças pequenas – que trabalhavam numa fábrica. Chocado com o cardápio composto de água, sal, jornal usado e cascas de batas inglesas, Engels constatou que as fábricas contratavam mulheres e crianças porque eram mãos de obra mais baratas do que as masculinas. A situação da família pesquisada era tenebrosamente miserável. Mas os donos das fábricas eram ricos. Naquela situação as pessoas morriam envelhecidas com mais ou menos 30 anos de idade, sem dentes e doentes. Quer dizer, o capitalismo é perverso desde seu nascedouro e continua sendo.
Quem ainda tem “coragem” de defender o capitalismo e de fechar os olhos para a exploração? Realmente os/as trabalhadores/as têm que construir defesas para proteger-se das armadilhas daninhas do capitalismo. Por isso, meus/minhas queridos/as, é de se apoiar a movimentação das centrais sindicais e das coordenações dos movimentos sociais brasileiros no sentido de pressionar o governo e o congresso nacional pelas quarenta horas semanais de trabalho, sem diminuir os salários e por mais reformas que façam justiça a quem trabalha. Basta de o Banco Central, ocupado há séculos pela corriola de insensatos burgueses, continuar com sua agenda insana praticando artifícios que arrancam o sangue do povo para transferí-lo aos banqueiros e classe dominante nacional e internacional, através de juros altos, sem justiça.
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