O blog de Josias de Souza, sob o pretexto de noticiar uma baixaria que está circulando na internet, ajuda a espalhá-la. Porque acusações de caráter sexual, ou têm uma autoria a quem possa ser atribuída – e imputada a devida responsabilidade – ou não se divulga.
Dar curso a notícia que se sabe falsa, mesmo dizendo - e sem a devida ênfase – que é falsa é fazer o jogo do boateiro anônimo e covarde.
Se, amanhã, algum anônimo fizer afirmações falsas de teor sexual contra José Serra, todos os que o divulgarem estarão metidos no jogo sujo.
E tenho certeza que o jornalista será o primeiro a não expor um homem a tal sordidez.
Esperava-se, no mínimo, o mesmo em relação a uma mulher.
Mas na hora em que se trata do que disse – e disse mesmo, saiu publicado nos jornais, sem desmentido – a mulher de José Serra, o cuidado é outro. Primeiro, ao falar que a difusão de panfletos associando Dilma ao aborto está em curso, diz que “teria sido distribuído em templos evangélicos do Rio”, enquanto o seu próprio jornal afirma que estes panfletos foram distribuídos até na reunião do PSDB. E a declaração de Monica Serra, cuja notícia reproduzo aqui do site do Estadão, sem que tivesse havido desmentido ou pedido de desculpas, é tratada no condicional.
Quer dizer, fica tudo sem uma posição. Não é uma suposição, boato, nem mesmo é uma acusação. É um fato, uma declaração pública, não desmentida. Mas é tratada com indulgência fraternal.
Eu gostaria de saber como reagiria a nossa purista mídia diante de um coluna que, depois de abordar boatos mentirosos sobre uma suposta homossexualidade do candidato da direita, abordasse uma declaração pública de um dirigente da campanha de Dilma de que Serra ” é a favor de matar as criancinhas”. Tenho certeza que haveria – com justíssima razão – uma enorme grita contra a irresponsabilidade de quem o fizesse.
Mas contra Dilma, vale tudo, inclusive a sordidez disfarçada de “neutralidade”.
Dar curso a notícia que se sabe falsa, mesmo dizendo - e sem a devida ênfase – que é falsa é fazer o jogo do boateiro anônimo e covarde.
Se, amanhã, algum anônimo fizer afirmações falsas de teor sexual contra José Serra, todos os que o divulgarem estarão metidos no jogo sujo.
E tenho certeza que o jornalista será o primeiro a não expor um homem a tal sordidez.
Esperava-se, no mínimo, o mesmo em relação a uma mulher.
Mas na hora em que se trata do que disse – e disse mesmo, saiu publicado nos jornais, sem desmentido – a mulher de José Serra, o cuidado é outro. Primeiro, ao falar que a difusão de panfletos associando Dilma ao aborto está em curso, diz que “teria sido distribuído em templos evangélicos do Rio”, enquanto o seu próprio jornal afirma que estes panfletos foram distribuídos até na reunião do PSDB. E a declaração de Monica Serra, cuja notícia reproduzo aqui do site do Estadão, sem que tivesse havido desmentido ou pedido de desculpas, é tratada no condicional.
“Sua esposa, Mônica Serra, disse o seguinte: ‘A Dilma é a favor da morte de criancinhas’.” (a fala de Dilma)
Mônica teria dirigido o comentário a um eleitor, durante caminhada pelas ruas de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense (RJ). Coisa do mês passado.
Serra esquivou-se de responder. Presente à platéia da TV Bandeirantes, Mônica não se deu por aludida. Disse que não sabe do que Dilma está falando.”
Eu gostaria de saber como reagiria a nossa purista mídia diante de um coluna que, depois de abordar boatos mentirosos sobre uma suposta homossexualidade do candidato da direita, abordasse uma declaração pública de um dirigente da campanha de Dilma de que Serra ” é a favor de matar as criancinhas”. Tenho certeza que haveria – com justíssima razão – uma enorme grita contra a irresponsabilidade de quem o fizesse.
Mas contra Dilma, vale tudo, inclusive a sordidez disfarçada de “neutralidade”.
Fonte: Blog do Brizola Neto
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