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terça-feira

Uma bonequinha manipulada pela cloaca poderosa





Prezado Jornalista Paulo Nogueira


Teu blog é um dos que mais aprecio. Teus artigos são preciosos e justos na leitura de nossa realidade brasileira e mundial. Já fui privilegiado em receber uma manifestação tua, para minha grande alegria. Percebo que teu olhar para nosso Brasil em processo de desenvolvimento com distribuição de rendas, que busca o caminho para a distribuição de riquezas, para ser mais justo, é muito interessante e nos ajuda a interpretar a realidade.  


Nosso amigo Leonardo Boff tem uma frase brilhante e iluminadora que define muito bem o lugar ideológico desde o qual lemos a realidade. Diz ele: “o ponto de vista depende da vista do ponto”. De certa forma independemos do lugar geográfico para vermos e compreendermos a realidade, embora a imersão na realidade, sobretudo através da prática transformadora, seja essencial. No teu caso, caro Jornalista Paulo Nogueira (com “J” maiúsculo por tratar-se do exercício sério de tua missão), teu olhar para nossa realidade brasileira e latino americana desde Londres é fertilizadora. Isto é, mesmo na Europa colonial e depois partícipe da aliança imperialista, particularmente a Inglaterra que se envolveu na sujeira aventureira de George Buch ao invadir o Iraque e noutros golpes, agora mergulhada numa crise sem precedentes, é altamente comparativo olhar o Brasil atual, apesar de erros pontuais do Governo Dilma, afetado pela onda privatista, que se desenvolve e exige mais justiça social para nosso povo. Consulto teu blog todos os dias e me inspiro em tuas matérias. Agradeço por tua coragem e lucidez. 

O teu artigo que posto nesta página abaixo é iluminador, porque analisa competentemente as excussões fofoqueiras e caluniosas da cubana, mas inimiga do seu povo, da boneca imperialista Yoani Sanchez. Por um lado, é interessante sublinhar o uso machista que os opressores fazem das mulheres bonitas, mas embonecadas manipuláveis, como nesse caso. Por outro, é valioso que nossos blogueiros leiam tua matéria para avaliar com justiça o uso que a mídia oligarquizada faz dessa moça com o objetivo de deturpar a revolução cubana e de seus heróis. Apesar de fraca, de não convincente, de contente com o uso pornográfico e prostituto que a mídia reacionária faz de Yoani Sanchez, há muitas pessoas que acreditam no seu blog e nas mentiras que diz no seu giro pelo mundo, patrocinada pelo PIG e pelos Estados Unidos. 

Recomendo aos meus alunos, aos meus colegas e aos que me privilegiam com seu acesso a este blog que leiam tua preciosa análise.

Abraços críticos e fraternos sempre na luta por justiça social e pela paz. 

Dom Orvandil: bispo cabano, farrapo e republicano. 

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Por que falam tanto de Yoani?

Paulo Nogueira 18 de fevereiro de 2013 
Por uma razão: ela fala coisas que os americanos querem que sejam ditas.
Yoani
Yoani
Yoani Sanchez, a blogueira cubana, recebe uma cobertura enorme da mídia brasileira e internacional por uma razão: ela critica Cuba.

Por isso ela será tratada como estrela pop na turnê mundial que começa agora, entre os brasileiros. (O governo cubano deu uma absurda contribuição à aura de ‘martírio’ de Yoani com sua indefensável política restritiva para viagens e para o livre debate político, mas isto é outro assunto.)

No Brasil, sabemos que escrever contra Lula encurta o caminho rumo a colunas no Globo, na Veja, no Estadão e na Folha. Ou a participações na CBN e na Globonews, e assim a vida caminha.

No mundo, escrever contra Cuba, ainda mais se você é cubano e ainda mais se você vive lá, como Yoani, é garantia de ampla cobertura da mídia americana, cuja repercussão é planetária.

Ao longo dos anos, esse tipo de conteúdo serviu aos interesses americanos de fazer propaganda contra qualquer coisa parecida com socialismo.

Ajudou também a dar argumentos, perante a opinião pública mundial, para que os Estados Unidos mantivessem um abjeto bloqueio econômico que impediu Cuba de se desenvolver desde a Revolução de Fidel.

Essa propaganda serviu também de apoio às inúmeras tentativas que os Estados Unidos fizeram de matar Fidel e de tornar Cuba outra vez um quintal americano encostado em Miami — ou um bordel, como era antes.

O que teria sido de Cuba sem a impiedosa perseguição americana?

Os Estados Unidos descobriram, nos anos 1950, a receita de golpes no exterior. Propaganda para desestabilizar regimes, e depois a presença nas sombras da CIA.

A receita funcionou na Guatemala e no Irã. Na Guatemala, o presidente progressista Jacobo Arbens foi sabotado por ter desapropriado terras (não cultivadas) de uma empresa americana que produzia bananas, a United Fruits. Arbens queria melhorar a vida de camponeses miseráveis.

Os americanos o tacharam de comunista por meio de aliados na mídia, financiaram um exército de mercenários sob o comando de um general assassino exilado em Honduras e acabaram derrubando Arbens.
Nasciam assim as Repúblicas das Bananas.

Num documentário, lembro a cena de Nixon, então vice-presidente, saudando diante das câmaras de televisão o general. “Pela primeira vez na história, um povo derruba um governo comunista”, disse Nixon.
O povo guatemalteco nada tivera a ver com o golpe. Foi mais uma das múltiplas mentiras contadas por Nixon em sua vitoriosa carreira.

Vale a pena uma pausa para ver Nixon em ação, logo no início do documentário.


A mesma receita foi aplicada no Irã do progressista Mossadegh, com os mesmos resultados. Num livro sobre o golpe no Irã do renomado jornalista investigativo americano Stephen Kinzer, ele ouviu um agente da CIA que, naqueles dias, era pago para escrever artigos anti-Mossadegh que eram imediatamente publicados na imprensa iraniana conservadora.

Dois sucessos não levam necessariamente a três.

Os americanos usaram a mesma tática para derrubar Fidel, e sofreram uma avassaladora derrota no episódio que passou para a história como a Invasão da Baía dos Porcos.

O povo cubano, mais que o próprio regime de Fidel, rechaçou os americanos. Os cubanos foram mais firmes que os guatemaltecos e os iranianos – provavelmente porque conhecessem muito bem os reais interesses dos Estados Unidos por trás do discurso de campeões do mundo livre.

Nos últimos anos, você recebe tratamento heroico dos Estados Unidos se falar mal do islamismo, ainda mais se for oriundo do universo muçulmano.

O melhor exemplo disso é a somali Ayaan Hirsi Ali, que ganha a vida nos Estados Unidos dando pancadas no Islã. Ayaan, antes de terminar nos Estados Unidos, viveu como refugiada na Holanda. Lá, convenceu um descendente de Van Gogh a fazer um filme antiislâmico e o resultado é que o pobre Van Gogh foi morto por um radical. Ficou pesado o ar para ela na Holanda e então os Estados Unidos a receberam com tratamento vip.

Ayaan
Ayaan

Yoani e Ayaan são casos parecidos, filhas da mesma lógica.

O maior mérito de ambas é falar o que os americanos querem que seja falado. São, para usar a expressão de Boff, escaravelhas internacionais.


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