Amiga Joana
Sei de tua santa ira relativamente a maneira como “autoridades” governamentais, judiciárias e policiais sem compromisso social e amarradas aos ditames da classe dominante, de núcleo ideológico neoliberal, como é o caso recente acontecido em São José dos Campos – SP, tratam o povo, particularmente os pobres.
Pois é, desenha-se nova barbárie, conforme a previsão da notícia abaixo, na favela Savoy, em São Paulo. A lógica, a serviço de juízes desumanos e de governantes que odeiam os pobres, indica que os moradores da favela serão atacados por brutamontes treinados para a guerra contra o povo. Assim aconteceu com estudantes da USP, com oradores dos arredores da cracolândia e de Pinheirinho. A praxe covarde orienta que os fardados invistam contra o povo na calda da madrugada, como sempre aconteceu desde a antiguidade.
Esperamos que o governo federal, os parlamentares comprometidos com o povo, que as igrejas, que os movimentos sociais antecipem-se e denunciem a Opus Dei, impedindo que as nuvens de ódio de Alckimin, de Kassab, da polícia militar, da justiça e dos proprietários caiam sobre os moradores indefesos. Os pobres necessitam de políticas sociais públicas e não de atos policiais criminosos e atentatórios aos direitos humanos.
Continua com tua revolta contra tudo isso, minha querida amiga jovem Joana. Só não se revoltam contras as injustiças os alienados e covardes, que com sua omissão auxiliam os demônios das tempestades no seu afã de oprimir e destruir.
Por favor lê a notícia abaixo e ajuda a divulgar nosso blog. Abraços carinhosos.
Existe um novo ‘Pinheirinho’ no horizonte
A definição de pobreza ganha cores fortes numa das favelas mais carentes de um dos municípios mais pobres da Grande São Paulo. No próximo dia 6 de março, os cerca de cinco mil moradores que constituem as cinco mil famílias da favela do Savoy, em Carapicuíba, irão perder o lugar onde moram.
A Polícia Militar fará uma ação de reintegração de posse no terreno de 300 mil m² onde fica a favela do Savoy desde 2003, mesmo ano em que começou a invasão da favela do Pinheirinho, em São José dos Campos, que também foi desocupada no último dia 22 pela PM e pela guarda municipal numa operação que mais pareceu uma praça de guerra e recebeu críticas até da presidente Dilma Rousseff.
Caminhar pelas vielas da Savoy requer equilíbrio e atenção redobrada. O terreno de terra batida é irregular e íngreme. Ratos, entulho e esgosto a céu aberto estreitam ainda mais o caminho. Porém, foi a única opção que as famílias encontraram para escapar do aluguel.
A história do início da favela ainda está fresca na memória dos moradores. “Aqui era uma mata fechada. Aconteciam estupros e era muito perigoso. Os moradores das favelas vizinhas que moravam de aluguel se uniram e invadiram. Foram semanas limpando o terreno removendo a terra. Até as crianças ajudaram”, contou a recepcionista Nilda dos Santos, 38 anos.
A Savoy Imobiliária Construtora administra o terreno e entrou na Justiça pela reintegração de posse. Desde 2005, em nome dos herdeiros do terreno, a Savoy tenta a desocupação da favela que ganhou o mesmo nome da empresa. “Não se pode ignorar a lei para reconhecer um direito. Entendo que as pessoas têm o direito à moradia, porém elas devem pleitear isto junto ao poder público e não invadir uma área privada”, disse Otávio Caetano, advogado da Savoy.
No último dia 25, os moradores da favela receberam a notificação da PM sobre a reintegração, marcada para começar às 6h de uma terça-feira. “A minha mulher não consegue mais dormir. Ela passa o tempo todo apreensiva contando os dias e as horas para a destruição de todos os nossos sonhos”, disse o auxiliar de limpeza Renildo da Silva, 54 anos. Há cinco na favela.
Fonte: Diário de S. Paulo
A Polícia Militar fará uma ação de reintegração de posse no terreno de 300 mil m² onde fica a favela do Savoy desde 2003, mesmo ano em que começou a invasão da favela do Pinheirinho, em São José dos Campos, que também foi desocupada no último dia 22 pela PM e pela guarda municipal numa operação que mais pareceu uma praça de guerra e recebeu críticas até da presidente Dilma Rousseff.
Caminhar pelas vielas da Savoy requer equilíbrio e atenção redobrada. O terreno de terra batida é irregular e íngreme. Ratos, entulho e esgosto a céu aberto estreitam ainda mais o caminho. Porém, foi a única opção que as famílias encontraram para escapar do aluguel.
A história do início da favela ainda está fresca na memória dos moradores. “Aqui era uma mata fechada. Aconteciam estupros e era muito perigoso. Os moradores das favelas vizinhas que moravam de aluguel se uniram e invadiram. Foram semanas limpando o terreno removendo a terra. Até as crianças ajudaram”, contou a recepcionista Nilda dos Santos, 38 anos.
A Savoy Imobiliária Construtora administra o terreno e entrou na Justiça pela reintegração de posse. Desde 2005, em nome dos herdeiros do terreno, a Savoy tenta a desocupação da favela que ganhou o mesmo nome da empresa. “Não se pode ignorar a lei para reconhecer um direito. Entendo que as pessoas têm o direito à moradia, porém elas devem pleitear isto junto ao poder público e não invadir uma área privada”, disse Otávio Caetano, advogado da Savoy.
No último dia 25, os moradores da favela receberam a notificação da PM sobre a reintegração, marcada para começar às 6h de uma terça-feira. “A minha mulher não consegue mais dormir. Ela passa o tempo todo apreensiva contando os dias e as horas para a destruição de todos os nossos sonhos”, disse o auxiliar de limpeza Renildo da Silva, 54 anos. Há cinco na favela.
Fonte: Diário de S. Paulo
Caro Orvandil, tenho lido seu blog que me chega através do Sérgio Barbosa, meu conterrâneo amigo ourinhense.
ResponderExcluirFaz tempo que não nos falamos.
Muitas vezes li o blog mas não tive tempo de um contato contigo.
Abraço
Parabéns pelo trabalho.
Octavio
Pastor Metodista no Itaim Bibi em São Paulo, SP.