Dilma obteve 1 milhão de votos a mais do que Lula no 1º turno em 2006. E Serra, 6,8 milhões de votos a menos do que Alckmin.
Além disso, Marina esteve a sua vida toda, inclusive nesta campanha, mais próxima de Lula do que da insensibilidade social tucana. E as principais correntes do PSOL, PSTU, PRTB, PCB e PCO também.
O cenário, portanto, é bastante favorável. Mas a eleição não está ganha. E há uma - e apenas uma - coisa que pode derrotar a nossa brava candidata.
Não são as invencionices de última hora sobre sua posição em relação ao aborto e à religião, nem os abusos de Erenice, nem as futuras investidas do golpismo midiático.
A profissão de fé no ateísmo não impediu FH de ser eleito e reeleito no 1º turno. A ex-ministra Erenice foi demitida por trair a confiança do governo. E o golpismo, que é da natureza da mídia monopolista, tem sido nos últimos anos freguês de caderninho - apesar do barulho e da espuma que provoca.
A única coisa que pode derrotar Dilma é a “onda vermelha”.
Por que vermelha e não verde-amarela? Se a candidatura de Dilma representa uma ampla coalizão de partidos e forças políticas que vai muito além do PT, por que insistir na “onda vermelha”?
Essa bobagem começou com “as 13 razões para eleger Dilma”, prosseguiu com a redução da coordenação da campanha aos militantes petistas e terminou com o presidente Lula, o principal artífice da frente, pedindo insistentemente no horário eleitoral que para deputado federal e estadual se votasse “nos candidatos do PT” - e não nos candidatos da frente, como teria sido mais correto e mais prudente.
O PT aumentou em 10%
o número de deputados federais e em 20% o de deputados estaduais, mas minou as chances da vitória de Dilma no 1º turno. Quem achar que foi um bom negócio pode pedir a Deus que o mate ou ao Diabo que o carregue.
Bem-vindos sejam Ciro, Alencar e quem mais for convocado para a coordenação da campanha.
Fonte: Jornal Hora do Povo
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