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sexta-feira

É o fim ou o começo de um novo mundo?



Tod@s comentam e se preocupam com a crise financeira que se levanta desde os poderosos Estados Unidos e se alastra para o mundo inteiro. Economistas, políticos, psicanalistas, a mídia, o Papa, padres, pastores, to@s falam sobre essa crise. Interessante é o clima de frustração e de derrota que o capitalismo internacional experimenta. Quando a União Soviética desmoronou as autoridades estadunidenses riam e debochavam do “fracasso” do socialismo. Antes disso, quando as ditaduras infestaram a América Latina, muitos riam dizendo que acabaram com a ideologia e que reinaria o progresso com muito desenvolvimento. Lembro que até mesmo muitas igrejas e lideranças eclesiásticas, antes do golpe no Brasil, por exemplo, rezavam e oravam pela salvação do capitalismo e contra a “invasão” comunista. Pelo lado católico fez-se a famosa “marcha com Deus pela liberdade”, pelo lado evangélico fez-se muitas correntes de orações contra o comunismo. Após o fracasso das ditaduras criminosas, impatrióticas, anti-democráticas e acumuladoras de riquezas, veio o neoliberalismo. Foi aquela festa da direita demoníaca, aqui no Brasil com Collor, FHC e que tais e pela AL outros dispostos a vender a mãe em troca de privilégios imperialistas. Só se falava em mundo globalizado, em neoliberalismo, em regulamentação da economia pelo mercado, em estado mínimo, em enxugamento da máquina do Estado e apelidava-se de dinossauras as pessoas que defendiam o domínio do Estado na geração de políticas públicas, que advogavam o controle público da economia e tal. Dizia-se que o socialismo eram idéias românticas e que fora banido pela humanidade. Nas escolas de formação de administradores de empresas, de economistas etc só se falava e ainda se fala no deus mercado, que temos que formar para o mercado. Daí adeus qualidade, seriedade e formação humanística. Nas igrejas proliferaram divisões com pastores que surgiam repentinamente criando igrejas e mais igrejas por quadra e metro quadrado, com promessas de vida melhor, de sucesso e muitas bênçãos no paraíso terrestre neoliberal e adeus qualidade teológica e humanística. Enfim, o neoliberalismo proliferou por toda a parte. Nós outros, críticos, revolucionários, defensores da classe trabalhadora e militantes sociais éramos vistos com desprezo, com marginalização. Nas igrejas e universidades sempre éramos tratados como bobos e cheios de vontade de aparecer quando levantávamos a bandeira da justiça social.

E agora? O que dizem os neoliberais com o fracasso infernal de seu projeto? O que dizem os economistas de Harward, templo teórico do neoliberalismo? O que dizem com o desemprego que causam a milhões de trabalhadores/as? O que dizem as igrejolas que apoiaram George W. Busch na invasão do Afganistão e do Iraque sob o pretexto mentiroso de destruir o reino do mal e do ataque ao terrorismo? O que dizem do fracasso do capitalismo e do imperialismo? Pois bem, penso que esse mundo imperialista e seus reflexos no mundo está na derrocada do fim. Esse mundo apodrecido e carregado do pecado da usura, da exploração e gerador de profundas injustiças que sombreiam o mundo está no fim, graças a Deus. Está no fim o verdadeiro império do mal, o verdadeiro causador do terrorismo, vivemos o início do fim do mundo imperialista, o fim do reino dos Estados Unidos.

Experimentamos o início de um novo mundo. Qual? Basta afinarmos a sensibilidade para percebermos. Os países do mundo sul se encontram sem o monitoramento da política externa falida dos Estados Unidos, sem o seu falido FMI, e formam novo bloco entre as nações oprimidas e excluídas pela política discriminatória e de rapinagem do império norte americano. Nas relações Sul-Sul há construção de alianças respeitosas, sem o vírus arrogante da dominação e da manipulação de uns pelos outros. Aqui na América Latina já se fala num banco sul americano que fomente projetos respeitosos a cada nação e que fomente o fortalecimento objetivo de um bloco sul qualificado para negociar com outros blocos do norte. Nesse novo mundo que se origina fortalece-se muito as organizações sociais e políticas dos povos que sempre foram preteridos pelos poderosos. Os movimentos sociais crescem e polarizam o diálogo, exigindo respeito e respostas aos direitos dos povos. Aí se destacam os/as trabalhadores/as, os/as indígenas, as mulheres, os sindicatos, os partidos de esquerda etc. De modo que as próprias eleições municipais deste ano no Brasil não fogem e não ignoram o foco do novo mundo que começa. Nesse sentido devemos prestar muita atenção e somarmos esforços corretos nas eleições das capitais paulista, gaúcha, mineira e carioca. As eleições que se travarão lá não se reduzem aos seus municípios, mas têm relação com 2010 e com o mundo novo que começa, apesar das imperfeições e contradições.

E agora, quem são os dinossauros? Nada como um dia depois do outro e uma noite no meio. Dinossauros são os neoliberais, são os que defendem o mercado, os que se curvam idolatricamente a seu deus, aos que não falam uma palavra sem dizer a palavra mercado, aos pobres de criatividade das faculdades que pensam que é o mercado que define as profissões e o que dá mais dinheiro, são as igrejas e religiosos que odeiam o ecumenismo, mas se enchem de orgasmo fazendo cerimônias “ecumênicas” em torno do 11 de setembro em homenagem ao nazista Busch, discípulo de maamon. São dinossauros os alienados que fecham os olhos para a brutal exploração que desemprega milhões de trabalhadores/as em todo o mundo. Pois, a exploração e o esmagamento do sonho de um mundo novo e mais justo para todos/as é a coisa mais antiga na história da humanidade. O novo está com quem luta para derrubar o imperialismo e sua fase anterior, igualmente tenebrosa, o capitalismo.

O mundo velho comandando pelo império dominador e criminoso começa a ruir, mas o mundo novo dos que constroem a unidade entre os oprimidos, por onde se alinha o Brasil, graças a Deus, apesar de todas as contradições e ambigüidades, conta com a participação de tod@s nós, para cuja luta somos todos/as convocados/as. As igrejas e religiões são convidadas a se integrar nessa caminhada. Muita gente tem se somado, felizmente!

Dom Orvandil M. Barbosa – Bispo Cabano, Quilombola e Farrapo.

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