Querido amigo Bispo Francisco
Ontem escrevi aqui sobre o papel de Joaquim Barbosa que se
constitui em chaga social malcheirosa (aqui).
Muitas pessoas reagiram ao meu texto nas redes sociais. A
maioria a favor e uma minoria, como sempre, com ofensas e rebaixamento do debate,
sem argumentos sérios, como sói acontecer com os irracionais sem amor à
democracia.
Nesta manhã abri as páginas online de notícias e me deparei
com uma verdadeira lanterna de Diógenes, o filósofo grego que perambulava pelas
ruas de Atenas com um lampião aceso em pleno meio dia em busca de um homem
justo. Quem impunha a lanterna em busca de justiça é o jornalista Ricardo Melo
na Folha de São Paulo, jornal esse que se parece a uma praça escurecida pela injustiça.
Ricardo sugere novo julgamento dos condenados pela chamada
Ação Penal 470.
O jornalista tem razão, pois os sinais de erros, de
comprometimentos com a sujeira e com o golpe de Estado são abundantes. Joaquim Barbosa falseia todos os conceitos básicos de humanidade. Ao afirmar que o voto do Ministro Barroso foi político declara-se ignorante ou de má fé de modo clamoroso. Por um lado o energúmeno tenta esconder o conteúdo político de suas condenações injustas na Ação Penal 470. Por outro, mascara a verdade de que todos os votos são políticos até porque não há ação humana que não seja política. Os de Joaquim Barbosa são políticos por excelência. São eivados de uma política dominante, classista, preconceituosa, odiosa e manipuladora, ao gosto do PIG e da elite opressora brasileira.
Como uma multidão de Diógenes todos @s brasileir@s de boa
vontade e amig@s da justiça como virtude que regula as relações humanas, tendo
a busca da verdade como mediadora iluminante, deveríamos sair às ruas para
pressionar o STF a fazer novo julgamento. As pessoas que contribuíram para pagar
as multas absurdas impostas aos presos políticos de Joaquim Barbosa já
iniciaram a caminhada de Diógenes de modo exemplar. Mostraram não acreditar em nada das decisões obscuras emanadas desse processo suspeito. Além disso, seu exemplo aponta para a necessidade de desconstruirmos essa ruína que macula a justiça.
Esse julgamento, principalmente com as declarações de seu
presidente (com “p” minúsculo) e relator da Ação Penal 470, de que superestimou
os cálculos das penas artificialmente, para mim com intenções golpistas em
atendimento às pressões da massa falida da opressão, é intenso em prejuízos à
justiça. Quem garante que outros casos brutais de injustiça não aconteceram no
STF? Historicamente sabemos que o STF aprovou o envio de Olga Benário para os
fornos nazistas da morte na Alemanha, favorecendo a alma nazifascista da ditadura Vargas.
Quantos outros casos de injustiças esse Supremo, cheio de favorecimentos
à classe dominante, realizou? Sabemos do caso do médico estuprador a quem o habeas corpus impetrado por Gilmar Mendes favoreceu
sua fuga e contra quem ninguém moveu nenhuma palha para prender, como fizeram
com Henrique Pizzolato, um dos perseguidos por Joaquim Barbosa. É forte igualmente a repercussão do banqueiro Daniel Dantas,
o brasileiro mais sujo do mercado financeiro igualmente favorecido por Gilmar Mendes.
Sugiro que leias o texto de Ricardo Melo aqui.
Abraços críticos e fraternos na luta pela justiça e pela paz.
Dom Orvandil: bispo cabano, farrapo e republicano, em todas
as situações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seus comentários serão publicados. Eles contribuem com o debate e ajudam a crescer. Evitaremos apenas ofensas à honra e o desrespeito.