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quinta-feira

Histeria domina traidores de plantão





Prezada empresária e escritora Roberta Rizzo

Assisti no Jornal Hoje da TV Globo, na edição deste dia 28 de março de 2013, a matéria sobre os novos direitos das empregadas domésticas. Emocionei-me com sua postura ao dizer que sua trabalhadora Maria Eva Gomes dedica dias de seu esforço, de seu trabalho para lhe servir e à sua família, por isso ela tem que ter seus direitos reconhecidos, porque senão ela não ficará tranqüila. Parabéns Roberta por sua consciência social e por sua solidariedade para com sua trabalhadora. 

No sábado, dia 23 de março, a IBRAPAZ realizou bem sucedido evento na Câmara de Vereadores, sem o apoio de parlamentares e direções partidárias de Goiás, todos convidados para participar, mas que sequer se dignaram responder os convites duas vezes entregues a eles, com exceção da assessoria do Senador Wilder Morais que, com antecedência, se desculpou pela impossibilidade de seu comparecimento e desejou sucesso ao evento e da assessoria do deputado Helio de Sousa, que ligou para comunicar que o parlamentar estadual participaria conosco. Mentiu, porque o deputado não apareceu nem se justificou. 

Então, nesse evento desvalorizado pelos parlamentares e pelas direções partidárias, com quem a IBRAPAZ teve a maior consideração, tratou-se de dois dos objetivos da entidade. Um é o de agregar para assessorar, ajudar e apoiar os diversos projetos desenvolvidos ou a desenvolver pelas comunidades religiosas e o outro de chamá-las à participação na luta pelas transformações sociais, que buscam a realização dos mais profundos ideais e anseios humanos de justiça e paz. Na minha fala alertei que o Brasil, de cuja Pátria mãe e de cujo solo pai somos filhos e família, vive saltos de desenvolvimento. As pesquisas indicam repetitiva e crescentemente que a qualidade de vida, incluindo viagens de avião e para o exterior, feitas pelos pobres e pelo desemprego persistentemente em queda, redundando em mais busca de valorização humano profissional através dos estudos acadêmicos e profissionalizantes.  O projeto de lei de reconhecimento dos direitos trabalhistas dos/as trabalhadores/as domésticos/as aprovado pelo Congresso Nacional nessa semana é incomparavelmente mais um salto humano para nosso povo. As salas de aulas lotam de trabalhadores estudando nas faculdades. Os consultórios médicos e dentários acolhem milhares de irmãos e irmãs brasileiros/as que passam a cuidar de sua saúde. A produção de automóveis é explosiva para atender à demanda de transporte do povo que se movimenta economicamente. Os institutos de beleza sinalizam que há mais empresárias e empresários do ramo na sociedade e que há mais pessoas consumindo este serviço, porque todos/as querem ser mais bonitos/as. Enfim, o ramo imobiliário anda na mesma direção. Tudo repercute o clima de desenvolvimento com distribuição de renda. 

Porém, alertei, vivemos dois entraves e impasses arriscados. 1. Toda essa explosão é inicial e insuficiente. Há muitos problemas a ser resolvidos. Vivemos desde 1963 com o desenvolvimento reprimido e crescendo para baixo, em depreciação da vida, sobretudo da justiça e da paz. Qualquer sinal de transformação causa impacto e anima. Mas precisamos de muito mais, em todos os setores sociais, econômicos, culturais e políticos. O desenvolvimento que nos anima é muito inicial em face das necessidades reprimidas pela ditadura militar e pelo neoliberalismo, esta face da dominação internacional e capitalista que ainda nos inferniza. É preciso construir muito mais sob pena de tudo o que se fez agora virar meras esmolas. Ora, quem é movido pelos aromas da justiça e da paz sabe que as famílias brasileiras merecem e precisam de muito mais. 2. Os avanços carecem da participação permanente dos filhos desta mãe gentil e deste solo, que é o Brasil. Não basta nos fecharmos nos templos em orações, cultos, missas e seções. É preciso participar dos movimentos sociais, dos espaços e ferramentas de luta e de pressão. Nada cairá do céu, nem aprendemos isso da essência de nossas religiões, a menos que líderes oportunistas ensinem o povo a cair de cabeça e de joelhos ao chão no estilo de avestruzes que escondem os sentidos em face do perigo. Convidei o auditório no dia 23 a se movimentar no sentido de dar esses dois passos fundamentais: o de aumentar a participação social através da IBRAPAZ e o de educar-se para defender o Brasil dos ataques já ensaiados de poderosos interesses, voltados para a guerra e para ações violentas no assalto às nossas riquezas e ao nosso povo. 

O noticiário conjuntural nos dá conta de que sofremos tentações de golpe de maus irmãos e traidores brasileiros e de estrangeiros sem vergonha e ladrões. Gente carregada de ódio ao Brasil, aos empresários nacionais e aos trabalhadores, como Ilan Goldfajn e Alexandre Schwartsman do sistema financeiro (o mais sangue suga e ladrão da economia capitalista, por seu caráter parasitário e concentrador de riquezas), sempre de mãos dadas com as raposas imperialistas, unidos a “calunistas” de direita como Merval Pereira, do Globo, e Eliane Cantanhêde, da Folha, pregam descaradamente o desemprego e a diminuição do ritmo de crescimento, mesmo que mascarem suas rancorosas críticas à política econômica aplicada atualmente pelo Brasil, que, segundo eles, gera inflação. Os ensaios de golpes são como aves agourentas a voar os céus da liberdade democrática ainda em consolidação no Brasil. Por isso é necessário que nos eduquemos (bem no sentido do que significa educar: tirar de dentro do ser humano seus potenciais) para defender os filhos da mãe gentil. Não esqueçamos de que sempre corremos riscos no sentido de que sejamos apanhados de jeito pelos assaltantes internacionais em colaboração com as raposas internas. Estas se preparam de todas as maneiras para derrubar o que nosso povo conquista a duras penas em termos de educação, habitação, emprego, saúde, laser etc, embora tudo ainda muito incipiente. Eles não se importam que irmãos brasileiros se detonem na fome, nas doenças, no desemprego, nas drogas, nada, desde que eles preservem interesses mesquinhos que os mantenham na condição de ricos e de falsa elite. Para eles economia e coração não devem funcionar em harmonia. 

Abraços críticos e fraternos na luta pela justiça e pela paz.

Dom Orvandil: bispo cabano, farrapo e republicano.

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