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quarta-feira

II. Gestos e linguagem toscas da direita: antissocial e impatriótica



Manifestante Pierre Ramon usa grade para quebrar os vidros da prefeitura



Caro jornalista e psicólogo Pedro Gobett

Sou muito agradecido por tua amizade através do Facebook, meu caro Pedro. Teu desempenho jornalístico em Piracicaba, nesta cidade pela qual guardo enorme carinho aí em São Paulo, é motivo de orgulho para mim. 

Sabemos que grande parte dos jornalistas é pau mandado de mídia colonizada e servil da direita neoliberal no Brasil e no mundo. Tu, no entanto, fazes diferença. Tua atuação resgata cotidianamente a sofrida e escamoteada verdade. Vejo isso, inclusive, nas redes sociais onde te posicionas a favor do desenvolvimento do Brasil e não a favor do travamento conservador. 

Teu colega e meu conhecido Franklin Martins tem uma definição grandiosa do jornalismo praticado pelas oligarquias dos grandes grupos de comunicação do Brasil. Disse Franklin Martins: “a imprensa brasileira é a mais independente do mundo. Independe dos fatos. Os fatos dizem uma coisa, a imprensa publica o que quiser”.

Na verdade trata-se do espírito antissocial e antipatriótica da direita, verdadeiro conteúdo da mídia e dos que agem contra o desenvolvimento nacional com soberania e independência democrática. 

Nesses dias escrevo uma série de artigos sobre minhas experiências e percepção dos direitistas no Brasil. Em breve escreverei sobre como isso funciona nas igrejas. 

Não sobram dúvidas de que os “militantes” de direita odeiam a sociedade, o povo e o próprio País. Certamente lembras de Pierre Ramon Alves de Oliveira, aquele vândalo que avançou, armado de uma grade arrancada da proteção da sede do poder executivo municipal, para destruir a prefeitura de São Paulo, quebrando tudo o que encontrava à sua frente. Quando uma pessoa perguntou-lhe sobre o Brasil sua frase foi emblematicamente representativa da estupidez e egoísmo da direita. Respondeu Pierre: “o Brasil que se foda!” 

Nada mais fiel ao “pensamento” da direita. Para esse setor não interessa a sociedade, o povo, o desenvolvimento com distribuição de renda e de riquezas. O que lhe importa é “imaginar” que tudo é propriedade sua e de seus descendentes.

É bom destacar que a história do Brasil é rica em demonstrações de atitudes hostis, violentas, criminosas e mentirosas da direita, que não se importa com os fatos nem com a vida humana. Impressiona a teatralidade de Carlos Lacerda, excelente orador de dar inveja aos atuais formadores de cursos de dicção e oratória. Pois, esse vulto histórico não se apiedou do Brasil nem do Presidente Getúlio Vargas ao mentir de tal forma, no esforço de colocar o povo contra o mandatário nacional e de desgastá-lo, ao ponto de levá-lo ao suicídio e expor o País às aventuras de golpe fascista. Durante a ditadura, que se implantou no Brasil em 1964, os esquadrões da morte, cujas ações foram alimentadas e treinadas por setores bandidos das forças armadas e do empresariado nacional, não teve piedade de crianças – inclusive bebês – de mulheres, de jovens estudantes, de idosos, de intelectuais e de trabalhadores, prendendo-os e recolhendo-os aos porões de torturas e de assassinatos, como revela agora a Comissão Nacional da Verdade, ainda que esta atue muito timidamente.  O grupo representado por Fernando Henrique Cardoso não teve sensibilidade patriótica e social ao desprezar nossos bens públicos e nossos trabalhadores ao privatizar e doar tudo o que pode e ainda impondo um modelo econômico ao País gerando desemprego, fome, miséria, drogas e rupturas sociais cujas consequências danosas ainda sofremos e sofreremos por muito tempo. 

Portanto, quando se vê tanto ofensa, vocabulário chulo ou linguagem macia, mas fingida da direita nas redes sociais e na mídia, não estranha tanta falta de alma, de sensibilidade social e de impatriotismo. 

Na verdade, a direita mostra pouco na mídia. Suas ações são muito mais fortes nos campos econômico e político. Aí agem para rebentar com as pessoas e com a sociedade. Ela não titubeia em difamar, matar e destruir imagens. Em junho e julho a direita tentou novamente golpear e manipular a sociedade. Felizmente nosso povo se alertou para as manobras diabólicas. 

É preciso nos libertar mais e mais da ingenuidade e falsa passividade, armas preciosas que a direita adora usar contra nós.

As últimas notícias é de que há milhares de mercenários de direita infiltrados na polícia e nas forças aramadas com o objetivo de reprimir o povo, nem que tenha que matar, e de passar informações para os órgãos de espionagem dos Estados Unidos. Muitos desses mercenários são brasileiros. Atuaram na manipulação dos coxinhas em junho e julho e na tentativa de novo golpe contra a democracia.

Abraços críticos e fraternos na luta pela justiça e pela paz.
Dom Orvandil: bispo cabano, farrapo e republicano.





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