Reinaldo Azevedo é a corda da forca de José Serra e Silas Malafaia seu cadafalso
A Justiceira de Esquerda
Por Davis Sena Filho — Blog Palavra Livre
"José Serra e Reinaldo Azevedo: Juntaram-se
a fome com a vontade de comer; o ódio com o desprezo; a falta de
respeito com a violência; a desfaçatez com a estupidez; e o egoísmo com a
iniquidade".
Azevedo para Serra: "nada de proposta, apenas "mensalão", kit gay... e kit gay... |
Nunca escrevi sobre o direitista Reinaldo Azevedo. Sempre o considerei,
antes de tudo, um pulha, nada mais do que isto. Também nunca o levei a
sério, apesar de considerá-lo perigoso se o Brasil estivesse, por
exemplo, a reprisar a crise institucional e política nos anos pré 1964,
que fomentou as ações golpistas para que os militares e também os
empresários conquistassem o poder sem passarem, todavia, pelo crivo de
uma eleição direta garantida pelas leis constitucionais de um estado
democrático de direito.
Reinaldo Azevedo sabe disso e mesmo assim finge não saber, tergiversa,
porque para tal jornalista o que vale são os fins e não os meios
praticados por quem ele apoia para chegar ao poder, de forma que sua
volúpia ou ferocidade verbal se confunde com seu próprio pensamento
político e sociológico, pois que, na prática, defende um estado
patrimonialista, que atenda os interesses das classes dominantes, porém,
pequeno, enxuto, o que propicia a submissão do estado aos ditames da
iniciativa privada, que necessita dos impostos pagos pelo contribuinte
brasileiro como os seres vivos precisam de oxigênio em forma de
empréstimos e financiamentos, que garantem ao empresariado ter recursos
para efetivar seus empreendimentos e, consequentemente, concretizar seus
negócios.
Eu sou a favor dos empreendedores, pois eles criam empregos e
desenvolvem o País. Entretanto, a economia não pode e não deve se ater
apenas a números e índices, porque tem de, antes de tudo, servir ao ser
humano como fonte de seu desenvolvimento social em uma existência de
bem-estar, pois que os entes vivos morrem e por isso devem receber do
estado as condições para que vivam uma vida plena e, por conseguinte,
ter a consciência de que as gerações futuras, os seus descendentes
também precisam viver em um País para todos e não apenas para alguns
privilegiados, como quer o jornalista da Veja — a revista porcaria associada a bicheiro preso — Reinaldo Azevedo.
Serra quer acertar o Haddad e Lula, mas vai fuzilar sua própria campanha política. |
Um dos pitbulls da Veja, semanário também conhecido como a última flor do fáscio, transformou-se
em principal conselheiro ("informal") do candidato do PSDB à prefeitura
de São Paulo, o tucano José Serra, o “pai” da baixaria política, o
protagonista da campanha presidencial de 2010, a mais infamante que eu
tive a infelicidade e o desprazer de testemunhar em toda a minha vida.
Juntaram-se a fome com a vontade de comer; o ódio com o desprezo; a
falta de respeito com a violência; a desfaçatez com a estupidez; e o
egoísmo com a iniquidade.
Serra há muito tempo age como um reacionário de origem e desprestigiou o
publicitário Luiz Gonzalez, responsável pelo comando das ações de marketing político,
bem como enfraqueceu o Edson Aparecido (PSDB/SP), coordenador de sua
campanha. Os dois contestaram a opção do candidato tucano em dar ênfase a
questões sexuais de conotações homofóbicas, além de incluir temas
religiosos, em um procedimento que repete o que ele fez nas eleições
para presidente em 2010. Serra não tem jeito, porque político sem
proposta, programa de governo e que há muito tempo chutou para escanteio
a ética e o respeito à diversidade humana, cultural, racial e social. É
nisto que o PSDB se transformou, principalmente o paulista, com alguns
nichos reacionários no Paraná do senador papagaio da imprensa golpista
no Congresso, o tucano Álvaro Dias.
Reinaldo Azevedo tomou a vez e a hora e repercute sem noção de dolo ou
ofensa as ferinas palavras do religioso evangélico ultraconservador,
Silas Malafaia, que, ardorosamente, ataca os homossexuais, o candidato
do PT à prefeitura paulistana, Fernando Haddad, a ter como arma o “kit gay”,
material educacional formulado no Ministério da Educação (MEC) quando
Haddad era ministro. O kit tinha o propósito de combater a homofobia
(preconceito e violência) nas escolas públicas e era o resultado de um
convênio entre o MEC, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
(FNDE) e a ONG Comunicação em Sexualidade (Ecos).
Malafaia é Serra e leva as sombras da extrema direita à campanha e ao eleitor. |
Ao saber do material do MEC sobre o assunto, a direita brasileira, à
frente o candidato José Serra e religiosos do conservadorismo de Silas
Malafaia, apelidou o material de kit gay e
começou a fazer campanha digna dos fascistas dos tempos de Benito
Mussolini, Francisco Franco e Antônio Salazar. O Governo Lula, em
geral, e a candidata Dilma Rousseff e o ministro Fernando Haddad, em
particular, tiveram que “comer um dobrado”, porque a campanha serrista
não propunha soluções e melhorias para o Brasil, pois se dedicava,
exclusivamente, a atacar da maneira mais ignominiosa, difamatória e
injuriosa possível a candidata trabalhista do campo da esquerda.
Só que tem uma coisa: Serra assumiu nesta semana que também lançou um kit gay quando
governou São Paulo. E, como é de seu caráter e de sua índole,
tergiversou, dissimulou, irritou-se e somente assumiu tal fato porque
essa realidade foi divulgada na imprensa e nas redes sociais. O
guarda-chuva do tucano neoliberal que vendeu o patrimônio do Brasil
juntamente com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal —
é furado, e em todos os sentidos. Serra não tem jeito e ao verificar
que as pesquisas dão 11 pontos percentuais a mais para o petista
Fernando Haddad, decidiu mais uma vez apelar para a baixaria e novamente
se juntar à extrema direita, a ter como bate-paus os senhores Reinaldo
Azevedo, a cara da mídia conservadora; e Silas Malafaia, a cara das
igrejas radicais, que fazem da intolerância e do medo uma fórmula para
conquistar e se manter no poder terreno, porque o poder de Deus, de
acordo com a Bíblia, é outra coisa, que talvez um dia o Malafaia, o
Azevedo e o Serra possam compreender e explicar... Seus atos.
Ora, o tempo passa, e José Serra, o “pai” da baixaria política, o
“engenheiro” de campanhas negativas, ouve Malafaia e o mezzo facista da Veja — a revista porcaria —, Reinaldo
Azevedo. O escriba defensor das minorias ricas e brancas, obrigadas a
viver em um País dominado por petistas que resolveram distribuir renda e
riqueza, sem, no entanto, impedir que os ricos continuassem ricos e que
os barões da imprensa golpista de negócios privados achincalhassem e
até mesmo linchassem autoridades políticas e funcionários públicos sem
reprimi-los e censurá-los.
É dessa forma que a banda toca por esses pagos. Os ricos, os milionários
e os seus empregados de luxo, como tal o é e se orgulha de sê-lo o
Reinaldo Azevedo, choram de barriga cheia e reclamam não do lucro, do
dinheiro que recebem por intermédio do crescimento econômico e
financeiro do povo brasileiro, como aconteceu e acontece nas eras Lula e
Dilma. Essa direita cruel, racista, colonizada, com imenso complexo de
vira-lata chora lágrimas de crocodilo e por apenas três motivos: ela
quer novamente o País somente para sua casta, o estado a seu serviço e
dispor, e os privilégios conquistados por meio de sua riqueza e da
exploração de seus empregados intactos, inclusive com direito a sonegar
impostos, remeter lucros ilegais para o exterior, além de, se possível,
voltar a lucrar com os impostos mais cruéis cobrados durante décadas do
povo brasileiro: a inflação e os juros altos.
Dilma a Haddad: "se prepare para a baixaria que fizeram contra mim em 2010. |
Reinaldo Azevedo se traduziu na cara da direita. Ele, diariamente,
mostra seus dentes de tubarão, mas é peixe pequeno. Peixe de luxo, mas
de ideias curtas, diminutas como as de seu chefe, o ítalo-americano
Roberto Civita, o dono da revista porcaria.
Serra o ouve... E vai dar com os burros na água. Quem ouve Reinaldo
Azevedo e seu aliado de campanha tucana, Silas Malafaia, é porque não
tem propostas. Mais do que isto: não tem e não quer ter propostas para o
povo paulistano, bem como para o brasileiro, afinal o Serra foi
candidato a presidente duas vezes. Reinaldo Azevedo sabe do seu papel na
imprensa. O problema é que tem muita gente da imprensa, inclusive a de
esquerda, que dá muita importância a tal jornalista. Importância que ele
não tem.
Para se enforcar alguém, precisa-se de corda. Reinaldo Azevedo é a corda
do José Serra; e o Silas Malafaia seu cadafalso. É isso aí.
KIKO DE OLIVEIRA:
ResponderExcluirEsses evangelicos, acendem uma vela para Deus e outra para o diabo, e não se lembram do que o Mestre disse, casa dividida não subsiste!!!