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sexta-feira

O traidor e sua missão de trair




Amigo Jonas Teófilo

Então, finalmente Caiu Nelson Jobim. Caiu o ex-promotor da justiça militar durante a ditadura. Caiu o ex-ministro e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal. Caiu o ex-ministro do neoliberal FHC. Caiu o ex-ministro do Presidente operário Luiz Inácio Lula da Silva. Caiu o ex-ministro da Presidenta Dilma. Caiu o ex, ex, ex,  ex, ex, ex. 

Ainda ontem conversávamos sobre esse sinistro e desleal ministro. Conversávamos sobre o que nos ensina o ex, ex, ex, ex, ex, ex e sempre Nelson Jobim.  Creio que Nelson Jobim nos ensina muito sobre a “missão” de trair e do traidor. 

O que é trair? Desde Judas, o Iscariotes, sabemos que trair é exercer a difícil tarefa de ser dois em um. O traidor é mais próximo de quem trai do que todos os outros. Procura demonstrar mais serviço com o objetivo de diluir sua deslealdade. O traidor mente demasiadamente a quem trai com o objetivo de esconder a verdade de trair. A verdade de trair ele só revela a quem presta serviço, ao trair. Isso acontece na vida pessoal quando um parceiro ou parceira mente intensamente com o objetivo de proteger a verdade que move sua missão de trair. Mentirá sempre até organizar-se na completude de seus objetivos. Mas suas mentiras não são mentiras quaisquer. As mentiras do traidor desafiam a lógica e a consistência dos fatos. O traidor vai ao ponto de emocionar a todos com suas mentiras. Interessante que o traidor é capaz de emocionar ao contar dramas e enredos complicados. Há muitos traidores. Eles se revestem de duas missões: uma parece que é mas não é. A outra é mas não parece. Quando próximo ao traído comporta-se como leal. Quando distante comporta-se abertamente como traidor. Em todos os lugares e instituições vêem-se traidores. Conheci muitos nas igrejas. Esses ainda são piores. Revestem-se de santidade, de espiritualidade, de gestos, de auras, de ares de santos, de aparência de seres celestiais. Durante a ditadura convivi com muitos desse tipo de traidor. Chama a atenção o quanto há pessoas que gostam desses traidores. Chegam até a dizer que eles são espirituais, tocam mais a gente. Conheci e conheço muitos deles nas instituições educacionais. Não entendem nada de educação, não entendem nada de ser humano, puxam saco da direção que pensa uma coisa, mas o traidor faz outra e se enche de autoridade. No campo da educação o traidor exerce função demolidora quando assume um papel neoliberal de administrador. Nessa condição gosta muita de falar em mercado, nas exigências de mercado, nas imposições do mercado, nos desafios do mercado etc, mas trai a educação quando persegue professores, concorre deslealmente com outros e favorece a negociata mercantilista. Não enxerga um milímetro além da ponta de seu nariz em termos da educação como processo de desenvolvimento humano e social, comprometendo politicamente educadores e educandos. Em relação às direções institucionais os traidores comportam-se como puxa sacos e aduladores, geralmente. Mas se atentarmos bem os traidores não têm conteúdo, quando atuantes na educação. Uma de suas marcas quando distantes da direção é a de serem autoritários. Eles são perigosos. 

E o Nelson Jobim? Este atua no campo político. Ora, o campo político é minado e propício aos traidores. Nelson Jobim se houve muito bem como traidor. Conheci Nelson Jobim pessoalmente. Quando fui preso e enquadrado na desgraçada lei de segurança nacional da ditadura militar Nelson Jobim atuava como advogado da Justiça Militar de Santa Maria – RS, onde fui julgado e condenado a 2 anos e 6 meses de prisão. Insistiu para ser meu defensor. A organização onde eu atuava o conhecia muito bem e me aconselhou a não tomá-lo como meu advogado. Não confiávamos nele. 

Como deputado Federal durante a Constituinte Nelson Jobim atuou em defesa dos interesses da elite dominante e internacionais. Como Ministro de Lula disse ao embaixador estadunidense que o Ministro Amorim e o Presidente Hugo Chavez não eram confiáveis. Em face do debate do sigilo em torno dos crimes de bandidos e torturadores militares sumiu com os documentos comprometedores e sempre se opôs ao julgamento daqueles crimes e a revisão da anistia de 1979. Diante do aniversário de seu guru FHC chamou os ministros da Presidenta Dilma de idiotas e a própria Presidenta de durona e mandona, ao contrário de seu modelo presidencial, Fernando Henrique, a quem chamou de Lord. Numa entrevista, por último, falou mal de duas ministras mulheres, como a própria mídia venal noticiou amplamente. Mas, para mim, além de se comportar como um apátrida foi o fato de votar e dizer que votou no candidato presidencial José Serra. Para ele bastava a justificativa de amizade e compadrio pessoal. Para Nelson Jobim não importam as contradições dos dois projetos: um eleito para ampliar a soberania e o desenvolvimento nacionais, o de Dilma, e o outro entreguista, privatista, atrasado, concentrador, neoliberal, empobrecedor do país e prejudicial aos trabalhadores etc, o de José Serra. Não, nada importa a Nelson Jobim. O que importa para ele é ser amigo de José Serra. Para ele isso é muito mais importante do que o Brasil. Assim é o traidor Nelson Jobim. Assim são os traidores. Eles não enxergam nada além de seus umbigos. Para eles seus umbigos são o centro do universo. 

Então, meu amigo Jonas, tu, eu e tantos outros fomos prejudicados pela danosa ação de um traidor. Mas uma coisa me consola, até com certa tristeza e pena dos traidores: é que seu reinado dura pouco tempo. Sua queda geralmente é desastrosa e sofrida para eles mesmos. Acabam sozinhos e isolados. Confiantes de si mesmos queimam todos os navios ao aportarem em suas medíocres ilhas.  De tanto faltarem com o respeito pelos outros acabam sem respeito, também. Alguns até se suicidam, como aconteceu com seu padroeiro Judas. 

Espero que superes e superemos o trauma da traição, meu irmão. Prevejo para breve a queda do traidor de araque. Abraços fraternos e solidários.


1 comentários:

  1. Miguel Manso

    Jobim já foi tarde...e parabéns Presidenta Dilma pela nomeação do excelente ministro Celso Amorim, agora sim vamos temos ministro da defesa.

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