Dos anos noventa até há pouco cansei de ouvir os neoliberais me chamarem de dinossauro e atrasado por defender a soberania nacional e o controle da economia pelo Estado. Diziam que o moderno era ser globalizante, ser neoliberal, deixar o mercado regulamentar a economia, é defender a menor interferência do estado etc. Estado mínimo mercado máximo. Resultado: anos de desenvolvimento mínimo e miséria máxima.
Esse fenômeno atingiu o mundo todo após a queda da União Soviética. Nossa América Latina foi massacrada pelo desemprego, pela miséria, pela acumulação de riquezas, pela dependência político-econômica e pelas privatizações insanas e perversas. Milhões de irmãos/ãs caíram em desgraça em forma de desemprego, de doenças, do alcoolismo, da marginalização, na subvida pobre de infra-estrutura, na fome etc.
Por outro lado, a sociedade mercantilizada foi invadida por quinquilharias, que tomaram conta, inclusive das igrejas e denominações inventadas para alienar e auxiliar na opressão de nossos povos.
Mas nesse domingo nossos/as irmãos/ãs bolivianos/as deram exemplo pelo plebiscito que deu a vitória a Evo Morales de que nossos povos querem avançar num modelo de desenvolvimento que contemple o coletivo, o social, a soberania, as riquezas distribuídas e não concentradas em poucas mãos. Nossos povos querem soberania do Estado e não neoliberalismo ou social-democracia. Evo Morales, Hugo Chaves, Rafael Corrêa, Cristina kischiner, Fernado Lupo, Lula etc têm que avançar em mais democracia econômica e social. Mais democracia e nada de neoliberalismo. Mais desenvolvimento com emprego e distribuição de renda.
Dom Orvandil M. Barbosa
Bispo Cabano e Quilombola.
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