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Prezada Profª Miruna
Li tua carta. Nela afirmas que o advogado Luiz Fernando
Pacheco lava a alma de tua família pelo gesto de coragem e de amor à verdade
demonstrado diante do truculento, de atitudes fascistas, Joaquim Barbosa, a
quem chamas corretamente de opressor.
Tua carta tem sabor de escolha de valores e sentimentos entre
o opressor e o que luta pela justiça. Escolhes entre o que massacra a verdade,
que pisa na justiça e que trai os negros e os pobres para deslocar-se
imoralmente para o campo dos que escravizaram, dos que mentiram para dobrar
negros à condição de subumanos pela escravatura, dos que destruíram as
preciosas culturas dos indígenas, para se apossar de seu sangue e das riquezas
da terra mãe, para te posicionares ao lado do que defende a justiça e a ela dá
dignidade democrática.
Vejo em tua carta, apaixonada educadora, além da admiração
pela ousadia de Luiz Fernando Pacheco, palavras jardinadas de gratidão pelo que
ele faz pela justiça e por teu pai.
Tuas opções, na verdade não feitas no campo de batalha entre
o honrado advogado e o desonrado juiz, que envergonha nosso País, mas
construídas sob o bafejo da história altiva e briosa de teu pai e de tua mãe.
Em tua carta, prenhe de gratidão e de admiração sublinhadas da gentileza,
manifestas gratidão.
Poxa, Miruna, meu olhos marejaram lágrimas por ver-te cercada
de crianças e de suas alegrias quando escreves “... do meu mundo, cheio de
crianças, de espontaneidade, de "combinados"...”, terreno educacional
onde edificas valores humanos inesquecíveis e profundos em tuas crianças,
coisas que o algoz Joaquim Barbosa não conhece. Os valores educacionais que
compartilhas com as bem-aventuradas crianças de quem és professora jorram da
história que vem dos ex e ousados guerrilheiros da justiça social e da
democracia pelas quais teus pais lutaram e que tomam conta de ti, coisas que
Joaquim Barbosa, o louco de ódio, busca pisar e conspurcar sempre que pode, em
exuberante abuso do poder que o povo lhe deu.
Em tua carta li gentileza, querida Professora Miruna. Em
contexto tisunâmico de ódio e de ingratidão, males muito bem expressos nos gestos
do traidor Joaquim Barbosa e de seus apoiadores através da mídia –
evidentemente sem esta não existira este ensaio de Adolfo Hitler negro - agradecer o advogado Pacheco é atitude de
quem bebe do melhor das formações humanas herdadas das matas e das trincheiras
de onde teus pais lutaram por uma sociedade solidária. A gentileza que move teu
ser e tuas ações são as mesmas que Joaquim traiu ao romper a bondade das
mulheres negras que amamentaram seus filhos e os de seus próprios escravizadores
e dos homens apaixonados como Zumbi, que lutaram pela liberdade e pela justiça
social e realmente humana.
Enquanto historicamente os lutadores do povo, de onde
procedes, enraízam-se no amor ao próximo, às flores que rebrotam em todas as
primaveras, os coronéis, os oligarcas e generais do mal, que Joaquim abraça e
e a eles se liga, dão origem aos chicotes que escravizam, aos cavalos de guerra, às
espadas e armas que matam os povos, esmagando a gentileza. Tu, Miruna, entre o
opressor e o justo, escolhes este, o verdadeiro “acontecedor” da gentileza nas
relações humanas afetivas e justas.
Não vejo valores de justiça, de verdade, da gratidão e de
gentileza na direita, querida Miruna. Joaquim Barbosa é, na verdade, o mais
perfeito e descarado marketing da direita. Ela é assim mesmo, em tudo age com
ódio. A diferença entre o ensaio negro de Hitler e os gestos teatrais
mediáticos dos atores da direita dá-se na forma. Joaquim não saber fingir, tão
tosco e porânico que é. Enquanto os atores de direita se apresentam em sua
mídia de modo sorridente, fingido e doce, seu peão na justiça mostra a cara
escancarada do coração da direita: ódio,
vingança e manipulações macabras.
Os de direita movem-se por aí, aos sorrisos. Uns afirmam que
o salário mínimo (apesar do adjetivo mínimo) é muito alto e prejudica os lucros
das empresas, que no governo, se eleito, praticará políticas impopulares, de
que cortará os investimentos sociais, e tudo diz aos sorrisos, sem copo de
bebida nas mãos, sem o uso de quais outros tipos de drogas, que é até bonito de
ver. Outro chamou os aposentados de vagabundos e massacrou os empregos e as
rendas, além de enfiar goela abaixo da classe produtora o fator previdenciário.
Outro ainda, companheiro de “tribunaharrr” de Joaquim Barbosa, chamou a bárbara
ditadura civil-mediática-militar de mal necessário. Mas tudo o que dizem aos sorrisos, sempre bem
vestidos com ternos importados, como modo de fazer marketing e para iludir os
“embobados” do povo, é tão violento, estúpido e diabólico como os gestos de
aprendiz negro de Hitler. Quando vejo e leio o que Joaquim Barbosa faz percebo
por trás de seus lamentáveis gestos, suas palavras grosseiras e suas injustiças
os senhores brancos e escravocratas a quem serve. Estes, no entanto, parecem
florzinhas divinas enviadas pelo diabo para destruir a grandeza de nossa alma
pátria.
Tomo a liberdade de indicar abaixo teu blog, Profª Miruna,
onde postaste tua carta de hoje. Ao lê-la vemos a professora, a filha e irmã
brasileira que bebe e come os valores mais belos da história humana. Azar de
Joaquim Barbosa que, como João Batista Figueiredo, o general grosso e último
ditador militar, pediu ao povo brasileiro que o esquece, prontamente atendido,
esse monstro que preside o cabisbaixo STF também será esquecido e vomitado na
lata de lixo da história.
Abraços críticos e fraternos na luta pela justiça e pela paz.
Dom Orvandil: bispo cabano, farrapo e republicano, também a
favor de José Genoíno.
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