Muitas
pessoas me desejam e desejaram Feliz Páscoa, desde ontem. Acho cedo,
porque penso que nâo deveríamos "saltar por cima" da sexta-feira santa. A
Páscoa vem depois. É que a sexta-feira da cruz está muito presente em
nossa sociedade. Nâo deveríamos passar de largo por ela, mas meditar
sobre ela. A cruz está muito presente nas reservas indígenas porque,
depois de 500 anos, continuamos a matar indígenas; a cruz está presente
nas favelas porque, depois de 500 anos, ainda nâo conseguimos resolver o
problema social dos descendentes de escravos explorados, de indígenas
massacrados e de portugueses pobres que vieram deportados, enfim, o
problema social dos mestiços que jogamos nas periferias de nossas
cidades divididas em vencidos e vencedores; a cruz continua nas nossas
prisôes, infectas, imundas e superlotadas, onde jogamos os nossos
irmâos, a maioria deles vítimas, desde crianças, do conflito social de
uma sociedade brasileira dividida, desde sempre,
em palácios e barracos. Eu, pelo menos, preciso refletir muito sobre a
sexta-feira, que está presente em nossa sociedade, porque eu continuo
permitindo que a cruz seja levantada. E, quando o governo dá pequenos
passos para integrar os que sempre foram os perdedores, com a ajuda aos
familiares dos presos, com cotas para as universdides, com a família,
ouço todas as formas de combate a essas iniciativas, seja por pessoas
politicamente ignorantes, seja por pessoas mal intencionadas. Entâo, eu
fico desesperado, mas nâo encontro meios de atuar contra essas cruzes.
Por isso, nâo quero desconsiderar a Sexta Feira da Paixâo
(paixâo=sofrimento), pulando para a Páscoa já no dia de hoje. Vou
desejar uma Feliz Páscoa somente no Domingo da Páscoa. Fraterno abraço
aos que sofrem comigo nesta sexta-feira.
Muitas
pessoas me desejam e desejaram Feliz Páscoa, desde ontem. Acho cedo,
porque penso que nâo deveríamos "saltar por cima" da sexta-feira santa. A
Páscoa vem depois. É que a sexta-feira da cruz está muito presente em
nossa sociedade. Nâo deveríamos passar de largo por ela, mas meditar
sobre ela. A cruz está muito presente nas reservas indígenas porque,
depois de 500 anos, continuamos a matar indígenas; a cruz está presente
nas favelas porque, depois de 500 anos, ainda nâo conseguimos resolver o
problema social dos descendentes de escravos explorados, de indígenas
massacrados e de portugueses pobres que vieram deportados, enfim, o
problema social dos mestiços que jogamos nas periferias de nossas
cidades divididas em vencidos e vencedores; a cruz continua nas nossas
prisôes, infectas, imundas e superlotadas, onde jogamos os nossos
irmâos, a maioria deles vítimas, desde crianças, do conflito social de
uma sociedade brasileira dividida, desde sempre,
em palácios e barracos. Eu, pelo menos, preciso refletir muito sobre a
sexta-feira, que está presente em nossa sociedade, porque eu continuo
permitindo que a cruz seja levantada. E, quando o governo dá pequenos
passos para integrar os que sempre foram os perdedores, com a ajuda aos
familiares dos presos, com cotas para as universdides, com a família,
ouço todas as formas de combate a essas iniciativas, seja por pessoas
politicamente ignorantes, seja por pessoas mal intencionadas. Entâo, eu
fico desesperado, mas nâo encontro meios de atuar contra essas cruzes.
Por isso, nâo quero desconsiderar a Sexta Feira da Paixâo
(paixâo=sofrimento), pulando para a Páscoa já no dia de hoje. Vou
desejar uma Feliz Páscoa somente no Domingo da Páscoa. Fraterno abraço
aos que sofrem comigo nesta sexta-feira.
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