A Comissão Nacional da Verdade criou um grupo de
trabalho para analisar o papel das igrejas Católica e evangélicas durante o
regime militar (1964-1985). A primeira reunião será na quinta-feira 8 em São
Paulo. O grupo pretende aprofundar as discussões sobre a atuação que as igrejas
e os religiosos tiveram tanto na resistência ao regime militar quanto na
colaboração com a repressão.
O trabalho do grupo será todo desenvolvido com a
assessoria de pesquisadores autônomos e da sociedade civil especializados em
ciências da religião, história e sociologia. No primeiro encontro, eles
apresentarão os temas de pesquisa e farão o planejamento da agenda de trabalho
para os próximos meses. A coordenação dos trabalhos é do professor Paulo Sérgio
Pinheiro, membro da comissão.
Na próxima semana, entre os dias 16 e 18, a
Comissão Nacional da Verdade terá atividades no interior do Pará para averiguar
questões referentes à Guerrilha do Araguaia, ocorrida no período de 1960 a
1970. Um dos temas será a análise sobre a atuação na guerrilha da etnia Suruí,
que atualmente vive na Terra Indígena Sororó. Há controvérsias sobre o assunto
apesar de existir informações sobre a exploração de indígenas desse grupo pelos
militares.
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