Querido
irmão e companheiro Theodorico
Li com atenção e emoção a matéria analítica que o competente
jornalista cubano Angel Guerra Cabrera fez da vitória de Hugo Chavez na Venezuela (aqui).
Concordo plenamente com ele. Hugo Chavez enfrentou campanha
eleitoral emblemática e simbólica para todos nós na América Latina. O embate
deu-se com grupos poderosos e influentes na Venezuela em conluio com
corporações dos Estados Unidos, interessadas no Petróleo. Usaram de muito
dinheiro e da mídia golpista, mentirosa e manipuladora na Venezuela e em toda a
América Latina. Aqui mesmo no Brasil a mídia dizia que Chavez estava mal e à
beira da morte, noutros momentos informava que ele e o adversário empatavam
segundo as pesquisas e noutros ainda que o adversário passara à sua frente.
Portanto, meu amigo, a luta de Chavez não foi restritiva a
apenas a uma reeleição, como certos incautos ou mal intencionados pensam e
dizem. A campanha eleitoral do Presidente venezuelano foi o embate entre a consolidação
da independência nacional e socialização dos meios de produção através do
reforço do Estado a serviço da nação e do povo e a dependização política da
Venezuela aos interesses internacionais encabeçados pela rapinagem dos Estados
Unidos. Essa corrente apelou para a mentira, para a calúnia, para muito
dinheiro dos poderosos despejado na campanha, que proclamou muitas vezes a
morte de Hugo Chaves e do chavismo.
Concretamente essa luta tem o significado dos avanços
econômicos e políticos em favor da distribuição de riqueza e de renda na
melhoria da qualidade de vida do povo. Os avanços são fundamentais e
representativos de toda a luta que fazemos na América Latina.
Aqui no Brasil ainda vivemos os reflexos das recentes eleições
municipais, com conteúdo igualmente rico em significado político. Na cidade
brasileira onde vivo e trabalho, Goiânia, Centro Oeste, obteve-se importante
vitória contra o atraso, a direita e o neoliberalismo representados por
candidatos da órbita política neoliberal perversa do governador daqui, atolado até
às raízes dos cabelos nos escândalos de corrupção. Mas em importantes cidades e
capitais do País trava-se batalha tão importante e significativa quanto às
eleições da Venezuela. A que mais se destaca é a de São Paulo, onde a direita representada pelo privatizador e
direitista José Serra tenta se recuperar do desprezo nacional que sofre em
virtude dos crimes cometidos contra a nação. Sofremos todos os tipos de calúnia
por parte da mídia e da direita daqui, amasiados como na Venezuela com o
imperialismo americano. Essa gente mente feio, trama em meio às trevas, rouba,
assalta e mata. Em São Paulo a direita mandar bater em pobres, os expulsa de lotes
ocupados para realizar negócios imobiliários. A justiça brasileira usa
princípios nazifascistas para “julgar” e condenar líderes comprometidos com a
democracia e com a nação. Cada eleição tem o sabor de verdadeira guerra entre
forças nacionais, patrióticas e traidores da Pátria. A batalha é entre a
direita e as ideias avançadas e progressistas que buscam a justiça e a paz
sociais é árdua.
Creio que na Venezuela, apesar de o voto não ser obrigatório,
a consciência política e unitária do povo é mais elevada do que no Brasil. Aqui
os meios de comunicação ainda manipulam feio a compreensão popular de nossa
realidade. Os Presidentes Lula e Dilma não tiveram coragem suficiente para
controlar essa mídia safada daqui, que se prevalece da liberdade para enganar e
golpear o povo. Creio que esse problema será enfrentado com o povo na rua. Temos
que arrancar os meios de comunicação das mãos dos traidores e colocá-los a
serviço da nação, da democracia e do povo.
Aqui usa-se a religião também como ferramenta de manobra
moralista e golpista contra o povo. São destacados por Tvs e rádios o padre
Marcelo Rossi e o pastor Silas Malafaia, verdadeiras marionetes bobas dos
opressores, com o objetivo de enganar, mentir e ofender a luta. Rossi e
Malafaia representam o que há de pior na defesa de interesses mesquinhos como
canais de rádio, de TVs e de privilégios nas consecuções de lotes públicos para
as construções de seus antros religiosos e de privilégios na não cobrança de
impostos.
Então, meu amigo Theodorico, a vitória da Revolução
Bolivariana na Venezuela é reforço para todos nós. Obrigado pelo empenho de
vocês e pela vitória, que muito nos abençoa. A luta continua.
Abraços críticos e fraternos.
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