Malafaia é o capanga de Serra
Por Altamiro Borges
Na
eleição presidencial de 2010, o tucano José Serra contou com o apoio dos
milicos de pijama saudosos da ditadura, dos fanáticos do Opus Dei e de vários
religiosos preconceituosos e mercantilistas. Agora, novamente, ele aciona esta
tropa de choque para tentar evitar um desastre na disputa pela prefeitura
paulistana. De imediato, o sinistro “pastor” Silas Malafaia, da Igreja
Assembleia de Deus Vitória em Cristo, apresentou-se para o trabalho sujo. Ontem
ele divulgou um vídeo repugnante, de 12 minutos, contra o candidato petista
Fernando Haddad.
O
“religioso” bravateiro, que já prometeu “fornicar” uma liderança do movimento
gay, acusa o petista de defender os homossexuais. “O senhor até hoje não abriu
a boca para se explicar sobre o 'kit gay'. Ali é para ensinar homossexualismo
nas escolas... O senhor deu grana para ativistas gays fazerem esse lixo moral
para ensinar homossexualismo”. Com mais esta iniciativa fascista, o
fundamentalista insiste na promoção do ódio homofóbico e até poderia ser
processado por crime de estímulo ao preconceito e à violência.
Tática
diversionista do PSDB
Malafaia
deverá ser o principal capanga de José Serra nestas eleições. O eterno
candidato, porém, tenta disfarçar o uso deste trabalho sujo. Ontem, o tucano
garantiu que “não assumi nenhum tipo de compromisso com o pastor Malafaia. Ele
me apoia e não pediu nada em troca”. A mentira é descarada! Logo após um
encontro dele com o “líder religioso”, na terça-feira (9), os ataques
homofóbicos tiveram início. O “pastor” esbravejou que iria “arrebentar” com
Fernando Haddad. Na sequência, ele divulgou o vídeo asqueroso.
O comando
da campanha petista já percebeu a tática diversionista. “Serra instrumentaliza
as religiões. Fez isso pra atacar a presidente Dilma e fará o mesmo para me
atacar... Ele tem um exército na rede social que promove o ódio. É a mesma
estratégia de 2010. Só que deu errado. O que ele tinha que entender é que esse
tipo de prática vai dar errado", afirma Fernando Haddad. Mesmo assim é
preciso cautela. O discurso preconceituoso, disfarçado do religioso, causou
estragos na campanha de Dilma Rousseff. Não dá para subestimar!
Pesquisa
Datafolha indica que o candidato petista lidera a disputa entre os principais
grupos religiosos. Haddad ultrapassa Serra entre os católicos, evangélicos
pentecostais, não pentecostais e umbandistas, que juntos representam 83% do
eleitorado paulistano. Isto explica a guerra nada santa desencadeada pelo PSDB,
que confunde política e religião – uma mistura sempre inflamável. No primeiro
turno, Serra costurou “acordos” e participou de vários eventos públicos em
templos e igrejas. Agora, ele aciona o jagunço Silas Malafaia!
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