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quarta-feira

Ignorância ou alienação prejudiciais




Prezado amigo Prof. Thomas Henrique Toledo Stella

Sinto-me honradíssimo por ser teu leitor constante e por listar teu blog como um dos que mais consulto. 

Percebo que és pesquisador sério, profundo e comprometido com a verdade, mesmo num universo pressionado por “intelectuais” que não se comprometem em nada com a educação e com a verdade emanada da pesquisa.

És exemplo demonstrativo de que os intelectuais verdadeiros podem e devem posicionar-se ideológica e politicamente. Os que negam tal postulado na verdade mentem ou são movidos a pura ignorância. Outro dia choquei-me quando em meio a explanação entusiasmada de um professor que descrevia os projetos “visionários” da instituição onde trabalha. Referência à educação direcionada aos pobres do bairro onde sua escola atua. Interrompi-o com a pergunta por qual é a visão política se orientava a direção, ao que ignorantemente respondeu: “aqui não fazemos politicagem nem optamos por nenhuma posição política”. Sua afirmação acrítica e agressiva não foge aos padrões senso comum e da mídia dominante e manipuladora. Como se não ser político fosse possível, lhe respondi. Respeitosamente lhe disse que ele tem todo o direito de não me dizer ou de não saber  qual era a visão política que funda a filosofia da educação de sua instituição, mas que é impossível não se fazer política, principalmente em educação. Disse-lhe que uma das piores políticas é a da alienação, como parercia ser o caso.

Num domingo de janeiro assisti alguns professores debater sobre o neoliberalismo no programa “Canal Livre” da TV Bandeirantes. São doutores e pesquisadores da USP. Disseram que essa praga denominada neoliberalismo tem muito do seu sustento ainda na academia. Triste, não é meu amigo? Mas é verdade. Constantemente ouço esses papagaios neoliberais ou ignorantes fazer discursos em reuniões pedagógicas referindo-se às exigências do mercado, como sacristãos “papa hóstias” serventuários do “deus mercado”, sem o menor senso crítico das bobagens que dizem. Lamentavelmente as escolas de todos os níveis estão cheias desse tipo de “profissional”, até porque seus donos o acha mais lucrativo do que os que realmente pensam, questionam e acumulam em favor da libertação dos males causados pelo sistema financeiro, verdadeira máquina imperialista e capitalista de moer os povos, as sociedades, a produção e as riquezas compartilhadas.  

O teu texto, que colei aqui abaixo, caro e revolucionário Prof. Toledo, é imensa e simplesmente esclarecedor. Recomendo a todos que o leiam. Solicitarei a meus alunos que o estudem também, já que tratarei desse assunto em sala de aula. 

Obrigado pela riqueza de teu texto e as contribuições de teu blog.

Abraços críticos e fraternos.


A Pirâmide da dominação imperialista

Prestem bem atenção neste gráfico, inspirado na imagem da nota de 1 dólar, e compreendam como funciona a dominação no sistema capitalista-imperialista. Esse são os princípios da religião do "deus-mercado", representado pelo "Olho da Providência", que é uma apropriação indevida de um simbolismo egípcio, da mesma forma que Hitler fez com a suástica que é um símbolo hindu.



O Sete Degraus da Pirâmide

1) No topo da Pirâmide está a oligarquia financeira internacional, algumas poucas famílias que controlam a emissão e o valor de todo dinheiro do planeta, que ao se transformar em capital multiplica-se indefinidamente para retornar a elas mesmas, ainda mais valorizado.

2) Esta oligarquia financeira tem o controle sobre o Banco de Compensações Internacionais com sede em Basileia (Suíça), que dá a garantia de crédito aos bancos em todo o mundo em nome da "estabilidade monetária", do controle inflacionário e de outros mitos defendidos como uma "religião do deus-mercado".

3) A serviço deles estão o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, que controlam os sistemas financeiros nacionais através do endividamento externo e interno, e de seu receituário recessivo que submetem nações inteiras a crises sistêmicas, como a que passou a América Latina nas décadas de 1980/1990 e a que agora passam os países da periferia europeia como a Grécia.

4) Os bancos centrais nacionais são "independentes" ou "autônomos", o que significa que eles não têm controle político, mas sim controle financeiro através da banca internacional. Destes, o FED (Banco Central dos EUA) tem uma posição fundamental no centro da pirâmide, pois desde 1971, o dólar não tem lastro em ouro e pode ser emitido infinitamente de acordo com a estratégia dessa oligarquia. Assim, eles podem fabricar um ciclo de prosperidade ou uma crise, a depender do que interesse mais no momento. Com crescimento ou recessão eles sempre ganham, pois nos momentos expansão eles aumentam seus lucros e nos de crise conseguem concentrar mais capital comprando aqueles que quebram e se endividam.

5) Para garantir tal domínio, seus tentáculos se estendem aos grandes bancos, que através das taxas de juros, do controle do câmbio e dos impostos garantem o comprometimento primário das receitas públicas (o famoso superávit primário).

6) Detentores dos capitais, esses bancos tornam-se acionistas majoritários das grandes empresas e corporações transnacionais e multinacionais, que submetem ou se associam aos congêneres nacionais, procurando prioritariamente controlar setores estratégicos como recursos naturais, infra-estrutura, energia, alimentos, saúde, educação e principalmente a mídia, que dá a sustentação ideológica ao sistema.

7) Tais companhias financiam as campanhas de candidatos em todos os países onde existe financiamento privado para as eleições. Os eleitos passam a atender apenas a tais interesses, submetendo o Estado e a sociedade a esse projeto. Se discordarem não se reelegem porque não tem recursos para a campanha.

O que sustenta a Pirâmide?

1) Na base da pirâmide está o povo de todas as raças, culturas, crenças e ideias. Estão todos os animais a serviço de hábitos alimentares historicamente determinados, bem como espécies ameaçadas pela expansão da agropecuária. Estão os camponeses e trabalhadores da cidade que geram as riquezas para alimentar o topo.

2) Quem sustenta econômica, ideológica, financeira e militarmente o sistema é o governo dos EUA, em coalizão com a União Europeia, Israel e países aliados por vontade própria ou por coação. A ONU e os órgãos multilaterais são dominados por eles, porém, encontram resistência de países como os BRICS e outros emergentes.

3) Mas o que realmente garante a dominação do sistema é o hard e o soft power:

a) O soft power é o controle ideológico e da informação através da mídia e da internet. Cada mensagem publicada, e-mail enviado, conversa por Skype, MSN ou Facebook é guardada, vigiada e documentada pelos serviços de inteligência dos EUA. Todos os aparelhos celulares são rastreados, e programas de espionagem estão inseridos em sistemas operacionais de código fechado como o Microsoft Windows e o OS X da Apple. Da mesma forma, desconhece-se onde geograficamente ficam armazenados os servidores de empresas como Google, Yahoo, Facebook e outros gigantes da informática.
b) O hard power é a guerra e os conflitos, que têm a OTAN como instituição que executa imperativos como: a) invasões como as do Iraque e da Líbia para se obter o controle do petróleo; b) a guerra "eterna" de Israel contra a Palestina para promover um "choque de civilizações" e alimentar o ódio entre "ocidente" e "o resto"; c) a guerra do Afeganistão para se obter o controle geopolítico da Ásia central (ao norte a Rússia, a sudeste a Índia, a oeste o Irã e a leste a China).

Vale observar que o domínio espacial dos satélites garante o hard e o soft power.

4) Entendendo a lógica do sistema, consegue-se observar que toda a produção no mundo serve para sustentar um verme parasitário, que é o sistema capitalista como um todo, no qual alguns milhares de famílias absorvem a riqueza produzida por todos os 7 bilhões de habitantes do mundo. Outras, intermediárias, se beneficiam de parte dessas riquezas e por isto tornam-se árduas defensoras do sistema, não percebendo que servem apenas para perpetuar o modelo em que um maior contingente se vê explorado e excluído, usufruindo-se de míseras migalhas.

Portanto, em todo o mundo a luta para reverter esse quadro será uma conjugação de esforços nacionais e internacionais, troca de informações e unidade nas ações. 

Como inverter a lógica da Pirâmide?

O princípio fundamental é o surgimento de novos valores na base da pirâmide, que se baseiem na paz, na solidariedade e na cooperação, com todos os povos aceitando-se e convivendo-se na diversidade, de forma harmônica e sustentável com o meio-ambiente e a biodiversidade, e procurando elevar os padrões de vida da sociedade. Assim, cada estrutura da pirâmide deverá ser reestruturada:

7) É necessário que haja uma verdadeira democratização do sistema político, sendo para isto eleitos aqueles que estejam ligados a causas anti-imperialistas, democráticas e populares, sem vínculos com o capital financeiro. Aqueles que se comprometem com esquemas de privatizações ou com projetos que beneficiem o banca financeira não podem ser eleitos em quaisquer instâncias. Por isto deve-se exigir o fim do financiamento privado das campanhas.

6) Isto só será conquistado com uma mídia independente, a internet livre, e a democratização dos meios de comunicação. O controle público sobre as corporações será determinante, e os interesses empresariais devem ser submetidos aos interesses públicos. Se necessário deve-se estatizar empresas estratégicas ou aquelas dominadas pelo capital financeiro internacional. 

5) Todo apoio deve ser dado a cooperativas de crédito. Bancos públicos devem reduzir drasticamente o custo do crédito e estimular iniciativas alternativas de emissão de moedas, focadas na cooperação e no desenvolvimento social e ambiental.

4) O Banco Central precisa ser controlado e administrado de acordo com a necessidade do país. Seus membros devem ser eleitos e não podem possuir vínculos com a oligarquia financeira internacional, que é quem atualmente os controla. 

3) O FMI, o Banco Mundial e devem perder suas autoridades, sendo minados por dentro e por fora. Em seus lugares, devem emergir iniciativas de bancos regionais e nacionais, com foco no desenvolvimento e na integração solidária.

2) O Banco de Compensações Internacionais perderá o seu poder quando o dólar deixar de ser a única moeda de reserva internacional. Para isto é necessário uma nova arquitetura do sistema financeiro internacional, que imploda os tratados de Basileia, a ordem econômica pós-Bretton Woods e do pós-Guerra Fria.

1) Compreender o topo do sistema financeiro é o centro da questão. Para isto, vale destacar que o imperialismo é um subproduto do capital financeiro, que é a fusão do capital bancário com o industrial. A manipulação midiática, as guerras fabricadas, a fome e a miséria no mundo apenas sustentam essa máquina. Não se pode ignorar que é nos EUA onde está o centro do poder mundial. Porém, esse grupo que tomou de assalto o Estado, o governo, o congresso e as instituições estadunidenses, não pode ser confundido com o povo deste país. 

A defesa da paz, da democratização da comunicação, da transparência dos processos políticos, a socialização dos meios de produção e o controle social do sistema financeiro devem ser os esforços conjugados de todos os povos que trarão uma Nova Era para a humanidade.

Fonte: Blog do Thomas Toledo

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