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Mercados não estão garantindo segurança econômica, diz ONU

Estudo econômico e social da ONU diz que o otimismo que existia, após o fim da Guerra Fria, sobre a redução da pobreza, graças ao rápido crescimento econômico nas nações emergentes e inclusive em algumas economias pobres se converteu em ansiedade. “Os mercados, por si só, não estão proporcionando os níveis desejados de segurança econômica”, diz o informe.
Thalif Deen (IPS)Data: 11/07/2008
NOVA YORK – Quando terminou a Guerra Fria após a queda do Muro de Berlim em 1989, e com a posterior dissolução da União Soviética, houve uma generalizada euforia política pela paz mundial, redução do gasto militar e prosperidade econômica. Mas isso não ocorreu, como evidenciam a proliferação de problemas econômicos e sociais, incluindo o aumento da fome e da pobreza no mundo, os conflitos internos, a difusão da Aids e, mais recentemente, as guerras no Afeganistão e Iraque.A Organização das Nações Unidas diz que esses problemas são agravados por novas ameaças globais, como os distúrbios provocados pela insegurança alimentar, a volatilidade dos mercados de capitais, a instabilidade das moedas nacionais, a queda dos preços das moradias e o devastador impacto da mudança climática. “Tanto nos países ricos quanto nos pobres, a segurança econômica está ameaçada”, disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, no Estudo Econômico e Social Mundial 2008, divulgado para coincidir com a reunião de um mês do Conselho Econômico e Social (Ecosoc), que terminará no próximo dia 25.E essa ameaça, acrescentou Ban, permanece 60 anos depois de a Declaração Universal dos Direitos Humanos afirmar que todos devem ter acesso a um padrão de vida adequado para sua saúde e bem-estar. A mudança climática e os danos causados aos meios de se ganhar a vida em razão de desastres naturais, com as secas na Austrália ou as inundações em Bangladesh, “são graves advertências das conseqüências da complacência”, alertou Ban.O secretário-geral disse, também, que os aumentos nos preços dos alimentos desataram distúrbios políticos em muitos países, pelo menos 30, e levaram à existência de um renovado apoio para colocar a segurança alimentar novamente na agenda internacional. “A crise financeira ainda ameaça provocar uma forte desaceleração econômica, que colocará em risco os meios de vida tanto nos países pobres quanto nos ricos”, destacou Ban.Jomo Kwame Sundaram, subsecretário-geral da ONU para desenvolvimento econômico, disse na semana passada aos jornalistas que o aumento no preço das matérias-primas, a liberalização financeira, a globalização e o alto custo das medidas que os países tiveram de tomar após a crise financeira de 1997/98 se combinam para formar uma “tempestade perfeita” em nível macroeconômico em relação à atual crise alimentar. A situação fica agrava por desastres relacionados com o clima, como furacões, tufões e inundações, e outros não relacionados com ele, como terremotos e guerras civis.O presidente do Ecosoc, Leo Merores, lembrou que, por causa “dos aumentos dos alimentos e do petróleo, a crise de crédito que se agrava, a persistência dos desequilíbrios globais e o declinante crescimento da economia mundial, enfrentamos sérias ameaças aos nossos esforços de tirar as pessoas da pobreza”. Por sua vez, o estudo econômico e social da ONU diz que o otimismo que existia sobre a redução da pobreza, graças ao rápido crescimento econômico nas nações emergentes e inclusive em algumas economias pobres “se converteu em ansiedade”.Isto se deve à desaceleração da economia global, à disparada de preços e à debilidade do setor formal de emprego. “Os mercados, por si só, não estão proporcionando os níveis desejados de segurança econômica”, diz o informe. Assim, o documento cobra medidas para “limitar a oscilação do pêndulo dos ciclos econômicos, reduzir a dependência a respeito dos instrumentos de dívida e financeiros para o crescimento econômico, desenhar as políticas macroeconômicas tendo como prioridade o desenvolvimento e injetar nova vida no multilateralismo”. Como exemplo de políticas equivocadas, o estudo cita o caso da agricultura.A pressão das nações em desenvolvimento para que se liberalize o comércio e seus mercados financeiros antecedeu a existência dos meios para construir fazendas produtivas e infra-estrutura rural. “Isto se transformou agora em um fator desestabilizador da capacidade de um país para alimentar seus cidadãos”, destacou. Além disso, o estudo faz um chamado para que se concretize uma profunda reforma do sistema de instituições financeiras internacionais, como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, que inclua mecanismos compensatórios mais efetivos para enfrentar impactos externos, maior regulamentação dos mercados financeiros globais e apoio à implementação de medidas macroeconômicas anticíclicas.Também pede urgência para que seja tomado como exemplo o Plano Marshall, aplicado pelos Estados Unidos para a reconstrução da Europa depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), com uma arquitetura de ajuda mais efetiva, que considere as prioridades e capacidades locais. O informe econômico e social aconselha recriar em nível global o New Deal (Novo Acordo), o pacote de programas de desenvolvimento econômico e social aplicado nos anos 30 pelos então presidentes Franklin Delano Roosevelt (1933-1945) para tirar seu país da grande depressão causada pelo colapso da bolsa de valores em 1929.Nesse aspecto, afirma que o Banco Mundial propôs um “novo trato” para o setor agrícola, liberalização do comércio de alimentos e maiores investimentos em agricultura. Mas o estudo alerta que, como na resposta à grande depressão dos anos 30, é preciso corrigir os abusos de poder do mercado e compartilhar mais equitativamente a carga da crise.
Fale conosco: padreorvandil@ibest.com.br (067 - 9216-7465)

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