Amigo Jônatas, querido estudante de direito
És interessado e inquieto estudante de direito. Cada vez que
conversamos percebo que tuas preocupações ultrapassam ricamente a noção de que
o direito tem caminhos próprios. Corretamente
entendes que a justiça não independe da sociedade e de suas profundas
contradições geradoras de outras injustiças, que invadem todos os quadrantes das
relações humanas.
Sabes também que este humilde blog é uma trincheira de luta
contra as injustiças. Mas não é somente isso. Berrar contra as injustiças seria
encostar-se num muro e, no máximo, bater com a cabeça na muralha das
lamentações e nada mais, sem maiores consequências. Não, este blog é ponte
entre vidas que lutam nos sindicatos, nos parlamentos, nas ruas, nos campos,
nos partidos, nas pastorais populares, nas associações de defesa dos direitos
humanos e agora, desde há pouco mais de um ano, este blog é embrião de uma
grande obra de luta pela justiça e pela paz, que é a Ibrapaz (www.ibrapaz.com.br).
Portanto, voltamos aqui ao caso lamentável que representa
Joaquim Barbosa. Em artigo de grande repercussão nacional e internacional (lembra aqui) escrevi que o atual presidente (com “p”
minúsculo) do STF perdeu a grande oportunidade de se deixar levar por suas
raízes negras e pobres para servir a causa dos pobres e injustiçados. Como um
pássaro que obedece a lei natural ao voar Joaquim deveria, necessariamente,
servir aos injustiçados. Ele sabe disso. Quando procurou Frei Betto para
apresentar-se como candidato à vaga de Ministro do Supremo Tribunal Federal,
que o ex Presidente Lula desejava preencher com um negro, Joaquim Barbosa
certamente sabia que a expectativa era de um negro comprometido com os negros e
com os pobres, principalmente cm as vítimas do capitalismo. Ao optar pela
terrível subserviência os interesses dos poderosos e de seus seletivos
holofotes, Joaquim Barbosa traiu o conteúdo original da intenção de Lula de
tê-lo no lugar onde os sem voz pudessem contar com alguém que por eles
falassem.
Nosso País precisa avançar nas transformações, sobretudo no
campo dos direitos humanos, portanto no enfrentamento da justiça social. Imaginaste
Jônatas se Joaquim Barbosa se inclinasse ao povo, aos pobres, aos negros, aos
indígenas, aos milhares de presos trancafiados no submundo das prisões
desumanas, muitos inocentes e outros com suas penas vencidas e cumpridas há
muito tempo? Mas não, Joaquim Barbosa optou pelo lado dos que promovem e
praticam injustiças, a sombra perversa da casa grande. Já pensaste se Joaquim
Barbosa ganhasse a luminosidade dos holofotes por se juntar aos desgraçados
pisados pelos donos da casa grande, quanta dignidade seria o seu prestígio e o
quanto o povo o amaria? Mas não, Joaquim Barbosa gosta de aparecer diante das
câmeras de Tvs e nas páginas que vertem sangue dos jornalões e das revistas dos
golpistas de sempre! Que pena, quem perde é ele e a justiça!
Desgraçadamente Joaquim Barbosa, cogitado pelos golpistas e
neoliberais de plantão como candidato desviante à Presidente da República, isola-se
cada vez mais patinando no lodo do ódio que o derrete a partir de seu próprio
fígado.
Joaquim Barbosa apenas odeia sem razão e sem consciência.
Joaquim Barbosa move-se pelo ódio que vomita injustiças contra os que condena
sem provas e depois de condenados pratica ilegalidades nojentas contra eles. Joaquim
Barbosa vive do ódio que usa quaisquer lixos para perseguir e tentar desgastar
autoridades de quem ele não gosta.
O prestigiado jornalista Fernando Brito consegue concatenar
uma relação de derrapadas que o infortunado e vergonhoso Joaquim Barbosa consegue
dar até ao porão fétido onde sumirá como praticante desvairado do ódio e do
desrespeito ao próximo. Clica aqui para ler o fabuloso artigo de Fernando Brito
intitulado “O fim inglório de Joaquim Barbosa”.
Abraços críticos e fraternos na luta pela justiça e pela
paz.
Dom Orvandil: bispo cabano, farrapo e republicano, em todas
as situações.
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