Prezado evangelista Johan Nascer
Visitei tua igreja e percebi que
o pastor que pregou não sabe nada de Bíblia e da realidade do Oriente Médio.
Em sua fala o pregador referiu-se
ao atual regime nazifascista que governa Israel como governo servo de Deus. Em
sua verborragia sem fundamento, apesar da gritaria que fez após cânticos anestesiantes,
que ele chamou de louvor ao Senhor, disse que os palestinos são um povo pecador
que deseja expulsar o Israel de Deus de suas terras, das terras prometidas por
Deus a Moisés.
Ora, quanta confusão feita pela
ideologia imperialista estadunidense, que usa Israel como ponta de lança
naquela região, ao estilo de Adolfo Hitler que negociou com generais judeus a
fundação e imposição daquele Estado como extensão de seus interesses.
Muitas dessas igrejas, que
usurpam a boa fé em nosso povo para mantê-lo cego, surdo e calado, escondem a barbárie com que o Israel sionista age
cometendo crimes de toda a ordem contras nossos irmãos palestinos desarmados e
indefesos.
Um grupo de brasileiros peregrina
nesse momento pela Palestina para conhecer aquela realidade e demonstrar a
solidariedade do governo e do povo brasileiros ao povo palestino. Entre eles
participam dois amigos meus, o Sociólogo Lejeune Mirhan e o Professor Thomas de
Toledo.
Abaixo posto algumas informações
que eles enviam desta viagem. São notícias que a mídia brasileira, comprometida
com o imperialismo, não dá. São informes que as igrejas que fazem negócios com
Israel e sua propaganda através de viagens turísticas, rendendo enorme carga de
lucros para o sionismo, também não passam para seus fiéis, sempre alienados e
fundamentalistas.
Thomas de Toledo Próximo a Ramallah, Palestine
Um
dois maiores problemas que os palestinos enfrentam é o avanço da
colonização israelense em seus territórios, à revelia da lei
internacional. Além de tomar as terras palestinas, separar cidades e
fragmentar o território, as colônias causam irreparáveis prejuízos econômicos.
Cerca de 30 mil palestinos têm sua mão de obra explorada, recebendo salários muito inferiores aos dos israelenses, sem contar com direitos trabalhistas. Os produtos palestinos que concorrem com os israelenses são confiscados pela polícia e Israel aprovou uma lei que considera criminoso quem os boicota, sob risco de prisão. Os palestinos ainda são obrigados a consumir 45% dos produtos coloniais, o que equivale a 500 mil dólares. Além disto, as colônia roubam os recursos naturais palestinos, dentre os quais os riquíssimos minerais do Mar Morto. Cerca de 9.600 invasores consomem 1/4 da água que abastece 2,5 milhões de palestinos.
Por isto, os palestinos pedem que seja reforçada a
campanha mundial pelo boicote aos produtos coloniais. O Brasil incluiu
esta cláusula no acordo comercial com Israel, proibindo a inclusão
destes produtos coloniais no Mercosul. No entanto, é preciso ficar
atento por que sempre Israel consegue dar um jeito. Na dúvida, não
comprem nada de Israel.
Lembro-me
que em 2002, acompanhava atentamente as notícias sobre a 2a Intifada
Palestina. Recordo de uma notícia que na época chocou-me muito. Israel
havia cercado um hospital e começou a atacá-lo com tanques e
bombardeios. Na ocasião, 17 pessoas que
estavam no hospital foram assassinadas covardemente.
Devido ao cerco
israelense, elas tiveram de ser enterradas no jardim do hospital e não
puderam ter seu funeral acompanhado pelos familiares. Hoje, por
coincidência do destino, me reencontrei com este fato. No Dia da Terra
para os palestinos, convidaram-nos a plantar oliveiras onde essas
pessoas haviam sido sepultadas.
Sinto-me honrado com isto e que o sangue deste mártires não tenha sido em vão. Que esta árvore represente a esperança de que os palestinos voltem a reencontrar sua dignidade em um país livre e soberano. Que esta árvore, a qual nomeamos de Brasília, seja uma semente da paz.
Sinto-me honrado com isto e que o sangue deste mártires não tenha sido em vão. Que esta árvore represente a esperança de que os palestinos voltem a reencontrar sua dignidade em um país livre e soberano. Que esta árvore, a qual nomeamos de Brasília, seja uma semente da paz.
Abraços críticos e fraternos na
luta pela justiça e pela paz.
Dom Orvandil: bispo cabano,
farrapo e republicano, em qualquer situação.
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