Caro Prof. Julio Marcos
Foi muito bom nos reunirmos nessa tarde para conversar sobre
a construção do Comitê do Turismo e Cultura da Ibrapaz.
Teu entusiasmo é contagiante, meu irmão. Teu dom artístico é
comovente. Como negro dos mais negros vibras com a alegria e a simplicidade dos
africanos. Li os poemas de teu opúsculo e escutarei tuas composições no DVD que
me deste.
Contaste-me que és espírita kardecista. Descreveste-me
rapidamente tua experiência religiosa. Falei-te que a Ibrapaz é tolerante com
todas as diferenças e por não ser de
propriedade de nenhuma denominação religiosa respeita sinceramente a todas as
experiências humanas com o evento religioso. O que nos importa é que todos nos
unamos contra as injustiças na construção da paz via educação.
Pois é, levei um choque quando abri os noticiosos online e me
deparei com os horrores de um professor, na ânsia de aparecer e, quem sabe,
como candidato de direita ou cabo eleitoral de alguém, nas eleições de 2014,
retorne à mídia através de um texto pobre e manipulador, absolutamente
inadequado a um pentecostal e professor, que alega ser.
Como escrevo abaixo, me deparei com este senhor no ano passado
tão envolto numa fumaça triste e prenhe de trevas medievais, andando de
pires nas mãos a vários órgãos da imprensa tradicional e online, pedindo pelo
amor do deus dele que publicassem a campanha de mentiras que fazia.
Encontrei isso que ele escreveu hoje, que respondi num
comentário que transformo nessa carta que te escrevo, no site Brasil 247.
Conheço pessoalmente esse senhor, cujo nome é Orley José da
Silva. Conheço sua causa conservadora e de direita.
Ele é um desses evangélicos pentecostais da ala Silas
Malafaia que berram de ódio e de medo do avanço do povo em forma de justiça
social, cujo nome mais apropriado mesmo é socialismo.
A linguagem do prof. Orley é mascaradamente mansa. Porém é
pura roupagem da direita que esperneia para preservar as ideias mais
conservadoras e atrasadas possíveis na educação contra a concepção de família
que seja aberta, socialmente progressista e capaz de acolher os diferentes.
Nesse texto meloso ele se refere indireta e desonestamente a
pressões que reacionários fizeram contra o MEC, contra o Governo Federal e
contra a Presidenta Dilma, sem mencionar as verdadeiras intenções e sujeiras
que inundaram a campanha eleitoral de 2010, defendidas e apoiadas pelo
candidato José Serra, descoberto envolvido na maior onda de corrupção de
negociatas com os trens urbanos, em São Paulo.
Nesse texto de maciez fingida o articulista esconde o medo de
que o Brasil avance na direção firme contra o imperialismo como o fez o heroico
Presidente Hugo Chávez, que ele e sua turma odeiam porque temem e tremem.
O senhor Orley comete erros conceitos bem próprios dos
mentirosos sem fundamento. Fala, por exemplo, de maneira boateira e rasteira, das
intenções do governo federal destruir a democracia. Sua maldade e ignorância
sobem a tal grau que falseiam que este governo não tem nada de socialista, até
mesmo porque atrasados como este senhor perturbam a marcha do povo em direção
ao regime mais justo contra o capitalismo, que é o que no fundo ele defende,
com a capa equívoca de democracia.
O discurso de Orley é o mesmo da direita ressentida e
emburrecida. Nessa ladainha mentem sobre comunismo, como se soubessem o que é
isso. A ignorância é tão grande que chegam a afirmar paranoicamente que há
comunismo aqui e ali. Ora, não há comunismo em lugar nenhum do planeta e
estamos longe infelizmente de chegarmos a esse estágio, o mais perfeito das
relações humanas, com o qual sonham os oprimidos.
E segue o rosário de calúnias, sempre escondido numa fachada
de um texto pobre e raso, ao afirmar que o governo quer destruir as bases da
família tradicional, a favor da diversidade sexual e da diversidade religiosa e
cultural. Esconde que seu pensamento é o de discriminar homossexuais, lésbicas,
gays, os casamentos entre pessoas do mesmo sexo e as religiões afrodescendentes.
Como o seu líder gritão, Silas Malafaia, gostaria que predominasse a homofobia
e a discriminação.
Notadamente, a frase a seguir é louvor à direita, ao
fascismo, ao neoliberalimo e aos que sempre dominaram o poder no Brasil em
favor dos privilégios da classe dominante, mesmo que sob gigantesca corrupção. “Pelo – diz o falso intelectual - que é
possível observar em indícios, os livros se apropriam do ideário socialista de
poder pensado a partir do Foro de São Paulo para esta parte do Continente e do
Caribe. Socialismo este que se constrói na caminhada e que se convencionou
chamar de bolivariano, por sugestão de Hugo Chavez”. Além de tudo, em
contradição gritante com o que escreve sobre democracia, até mesmo porque não
sabe o que é isso, Orley nega o direito de a esquerda debater os problemas da
educação e de orientar o povo de como deve se relacionar respeitosamente com os
diferentes. Orley entende que os únicos que podem orientar as famílias são os
conservadores, os verbalistas e anti exegéticos que confundem mitos com
verdades absolutas e letras de textos antigos bíblicos com doutrinas
conservadoras e redutivas de família e da sexualidade humana. Ninguém mais,
para ele e sua turma, tem o direito de ensinar nada.
Por conhecer pessoalmente o articulista sei que ele é
viciadamente autoritário, embora a maciez de seu texto leve pela falta de
conteúdo. Pedi-lhe os tais livros do MEC onde ele leu apavorado as ameaças de
fim de mundo de seu pobre mundo. Ele fugiu e não me emprestou os tais livros.
No Facebook tentei debater com ele sobre as mentiras que apregoa, obtendo desse
“santo” homem de Deus ameaças e depois o bloqueio. São atitudes tipicamente
covardes de quem se sente a própria voz de Deus e dono da verdade. Outro dia,
no ano passado, me convidou para assistir uma assembleia de professores do
município de Goiânia. Fui, achando que o convidante era pessoa séria e empenhada
na luta pela justiça. O que vi foi um grupo de baderneiros de direta fazendo o
mesmo discurso da Globo e de Joaquim Barbosa. Noutra vez vi uma foto sua na
internet ao lado do deputado João Campos na Câmara em Brasília e de outros da
bancada evangélica, como se sabe, a mais reacionária e aliada dos proprietários
rurais, anti reforma agrária e de discurso homofóbico de teor fascista.
O que falta em pessoas como o articulista é honestidade e
ética no debate. Nunca se apresentam falando a verdade, quando o que querem é o
retorno para o poder o atraso e o neoliberalismo privatista.
No caso do professor Orely a situação ainda é mais feia. Ele
é um cristão pentecostal. É ruim ver um cristão mentindo e fazendo o jogo da
direita, que é a mesma coisa que jogar a favor da injustiça e do golpe. É feio
ver um cristão defendendo o recuo em vez do avanço, num total atestado de
ignorância teológica com referência ao movimento Alfa-Ômega do universo. É
triste ver um cristão nas pegadas do farisaísmo, sem tolerância e inundado de
ódio e de autoritarismo.
Pena que Orley é tão ignorante e não faça o menor esforço de
estudar um pouquinho os autores a quem se refere com tanta pobreza conceitual e desprezo medíocre.
Mente sobre socialismo, sobre Antonio Gramsci, sobre bolivarianismo e sobre
comunismo. A cavalo de sua ignorância usa conceitos sérios como ameaça para
mentir e assustar.
A alma de nosso professor de Português atualmente demonstra
animosidade modelo “Marcha com a família com Deus pela liberdade 2”. Esta, como
a primeira, é símbolo grandioso de cizânia, ressentimento, ódio, fanatismos,
fundamentalismos, sentimento de superioridade nazista, golpe contra os pequenos
avanços que nosso povo conquistou em termos de uma democracia mínima com um
desenvolvimento que precisa se aprofundar. A marcha do diabo comandada pela
oportunista e sempre atrasada classe média, que nunca teve média, puxada pela
TFP, pela Opus Dei e pelos Black Blocs fascistas serviriam bem para o senhor Orley
desopilar seus preconceitos disfarçadamente homofóbicos. A marcha da contra
marcha da história só não contaria com a adesão do professor e mestrando de um
curso de teologia não reconhecido pelo MEC - que sua instituição teme por achar
que a artilharia revolucionária instalou-se no ensino oficial federal e aramou
barricadas “terroristas” para destruir a família, segundo demonstra em seu texto
mendigo através do que denominou de “Livros didáticos para a revolução socialista bolivariana” - porque é pentecostal fundamentalista, bem diferente de outros pentecostais seriamente comprometidos com as mudanças e transformações sociais, como muitos que conheço aqui na Prefeitura Municipal de Goiânia e no Brasil. Aí, é difícil,
esse seguimento acha que somente seus seguidores são santos, corretos e
“seguindo a Jesus” somente eles caminham para o céu. Onde há católicos,
espíritas, umbandistas e outros, mesmo que reacionários, fascistas e estreitos
como eles, não se misturam. Acham-se muito puros para isso. A menos quando
sofrem ataques de oportunismos eleitorais. Aí pedem votos para todos os
conservadores e alienados.
Mas espero sinceramente que Orley se converta a Jesus, que
ele não sabe quem é, onde viveu, com quem se comprometeu e contra o que lutou.
Espero que ele se converta ao povo e se liberte do fundamentalismo funesto,
rancoroso e divisionista, fonte de guerras entre irmãos.
A alma de nosso professor de Português atualmente demonstra
animosidade modelo “Marcha com a família com Deus pela liberdade 2”. Esta, como
a primeira, é símbolo grandioso de cizânia, ressentimento, ódio, fanatismos,
fundamentalismos, sentimento de superioridade nazista, golpe contra os pequenos
avanços que nosso povo conquistou em termos de uma democracia mínima com um
desenvolvimento que precisa se aprofundar. A marcha do diabo comandada pela
oportunista e sempre atrasada classe média, que nunca teve média, puxada pela
TFP, pela Opus Dei e pelos Black Blocs fascistas serviriam bem para o senhor
Orley desopilar seus preconceitos disfarçadamente homofóbicos. A marcha da
contra marcha da história só não contaria com a adesão do professor e mestrando
de um curso de teologia não reconhecido pelo MEC - que sua instituição teme por
achar que a artilharia revolucionária instalou-se e aramou barricadas “terroristas”
para destruir a família, segundo escreve no seu texto mendigo através do que denominou
de “Livros didáticos para a revolução socialista bolivariana”, porque é
pentecostal fundamentalista. Aí, é difícil, esse seguimento acha que somente
seus seguidores são santos, corretos e “seguindo a Jesus” somente eles caminham
para o céu. Onde há católicos, espíritas, umbandistas e outros, mesmo que
reacionários, fascistas e estreitos como eles, não se misturam. Acham-se muito
puros para isso. A menos quando sofrem ataques de oportunismos eleitorais. Aí
pedem votos para todos os conservadores e alienados.
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Abraços críticos e fraternos na luta pela justiça e pela paz.
Dom Orvandil: bispo cabano, farrapo republicano, em todas as
situações.
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