SP é a região que paga menos a trabalhadores negros
São Paulo é a região metropolitana com maiores desigualdades entre os rendimentos médios por hora de homens e mulheres...
São
Paulo é a região metropolitana com maiores desigualdades entre os
rendimentos médios por hora de homens e mulheres negros comparado com o
de homens não negros. Aqui, a mulher negra chega a ganhar 47,8% do
rendimento do homem não negro por hora. Salvador, Recife, Porto Alegre,
Fortaleza e Belo Horizonte, apesar de apresentarem diferenças
significativas nesta relação, pagam às mulheres negras ao menos mais de
50% dos rendimentos do homem não negro.
No Distrito Federal, a
proporção também é abaixo da metade (49,5%). Os dados são resultado de
levantamento da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e
do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
(Dieese) sobre as regiões metropolitanas, com base na pesquisa de
emprego e desemprego (PED) de 2011.
Dentre as demais regiões
analisadas, os melhores cenários para mulheres negras na questão dos
rendimentos médios por hora são os de Fortaleza e Porto Alegre, onde a
proporção é de 58,6% e 58,3%, respectivamente. A proporção dos
rendimentos médios por hora das mulheres negras ocupadas em relação aos
rendimentos médios reais por hora dos homens não negros em Salvador é de
51%, em Recife, de 51,6%, e em Belo Horizonte, de 51,2%.
Na
comparação entre rendimentos médios por hora de homens negros comparados
a homens não negros, o pior cenário também é o de São Paulo, onde a
proporção é de 60,1%. Na sequência, vêm as regiões metropolitanas de
Salvador (60,3%), Distrito Federal (63,8%), Recife (64,6%), Belo
Horizonte (67,4%), Porto Alegre (71,2%) e Fortaleza (72,9%).
As
taxas de desemprego das mulheres negras são maiores do que as dos demais
grupos. Na região metropolitana de Recife, por exemplo, a taxa de
desemprego de mulheres negras chega a 18,1%, o dobro da taxa de
desemprego de homens não negros (9,0%). A menor desigualdade neste
quesito foi observada na região de Fortaleza, em que a taxa de mulheres
negras desempregadas foi de 11% contra 7,1% para homens não negros.
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