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Belíssimo testemunho de luta por dignidade e pelos direitos humanos




Caro Jornalista Davis Sena Filho

Ao checar as últimas notícias, artigos e criticas, sempre inteligente e artisticamente ilustrados por nossa querida amiga  Lili, no seu blog, deparei-me com teu artigo referente à agressão perpetrada pelo conservador e direitista Boris Casoy e da reação do gari Francisco Gabriel de Lima em busca de Justiça.


Cumprimento-te pelo brilho de tua análise ao captares o circunstaciamento de classe e as razões do desprezo e do desrespeito de Gasoy. Ele assim se manifestou no espaço comercial de seu programa por se situar no pior setor da burguesia brasileira e por defendê-la cega e violentamente, em desprezo aos trabalhadores e aos pobres.

Cumprimento-te pela análise maravilhosa, quase em sentido de reverência,  da atitude destemida do maravilhoso gari Francisco Gabriel de Lima, que reagiu ao destempero reacionário do decadente apresentador conservador da Band ao buscar reparação moral na justiça, que embora lenta durante 3 anos aprovou uma mísera indenização de R$21.000,00.  É explicita em teu artigo a exaltação da atitude de Francisco. Certamente sua iniciativa encorajará muitos companheiros trabalhadores na luta por justiça em face de ofensas promovidas por quem vive à custa do trabalho de quem realmente produz. 

Permito-me reproduzir abaixo o teu artigo. Cumprimento também minha amiga Lili Abreu por reproduzir teu artigo em seu blog. 

Abraços críticos e fraternos. 



O choro de Boris Casoy e o sorriso do gari Francisco Gabriel



Por Davis Sena Filho — Blog Palavra Livre
 Réveillon de 2009. Hora antes da virada de ano. O tom do comentário foi de desprezo, ironia, torpeza, e, mais do que tudo: profundo preconceito social, pois arraigado em sua alma elitista, e, ao que parece, em seus mais secretos princípios, guardados em segredos e somente pronunciados àqueles que o Boris Casoy considera como seus iguais.

"Que merda! Dois lixeiros desejando felicidades do alto das suas vassouras. O mais baixo na escala do trabalho" — comentou, o mordaz e inconformado Casoy ao seu colega, Joelmir Beting, politicamente tão conservador como ele, com a presença de garis na tela da Band, a desejarem “feliz ano novo” no intervalo publicitário do Jornal da Band.

Eis que um dos garis, o senhor Francisco Gabriel de Lima, tal qual ao “âncora” da Band ficou igualmente inconformado com tamanha falta de respeito, e, sentindo-se humilhado ainda mais porque milhões de telespectadores ouviram tais impropérios do veterano jornalista, procurou seus direitos na Justiça, que depois de quase três anos condenou a TV Bandeirantes e o jornalista Boris Casoy a pagarem R$ 21 mil ao trabalhador que se sentiu ofendido, desconsiderado.

O gari Francisco, em 2009, na Band (d): processo na Justiça e indignação. 
  À época, ao saber que o áudio foi ao ar e ao vivo e com isso permitiu que sua opinião sobre os garis estava a ser visualizada e ouvida por milhares de internautas, o conservador jornalista decidiu se retratar em público e na tevê. Casoy afirmou que suas palavras foram “infelizes” e pediu “profundas” desculpas aos garis e a todos os telespectadores

Eu vi e ouvi suas desculpas, pois soube do grande furo na internet por intermédio de amigos, de colegas de trabalho e fiquei atento para assistir o Jornal da Band. Contudo, Casoy se desculpou mecanicamente, conciso, lacônico, quase a demonstrar tédio ou enfado. Percebia-se a má vontade e a falta de arrependimento para se desculpar, bem como sua incondicional e inseparável arrogância. Não poderia ser o contrário, afinal ele integra um grupo de jornalistas que trata seus patrões como colegas, quando na verdade são empregados, de confiança, lógico, mas sempre empregados.

A família Saad, proprietária do Grupo Bandeirantes, não gostou da determinação da 8ª Câmara de Direito Privado de São Paulo e já anunciou que vai recorrer, porque está inconformada em ter que pagar o gari, ou seja, ressarci-lo por o seu empregado ter humilhado, em público, os garis que saudaram os telespectadores da Band, com o desejo de um próspero ano novo. O advogado da família midiática considera que o gari “quer ganhar dinheiro fácil”. Além das palavras ríspidas e grosseiras do Boris, o trabalhador tem de ouvir picardia barata como essa.

"Vou ajudar os garis a limpar toda essa sujeira das ruas e da imprensa".
         
Nada é tão emblemático e sintomático quando ouvimos advogado como esse, porque temos a oportunidade de confirmarmos mais uma vez a forma cruel e preconceituosa de agir da burguesia brasileira, separatista, arrivista, hedonista e que luta, incessantemente, por um País VIP, para poucos privilegiados, como se fosse um clube privê à disposição dos herdeiros ideológicos da escravidão viverem intensamente seus sonhos de superioridade racial, de classe e de consumo a seus bel-prazeres.

Para os inquilinos das classes abastadas e hegemônicas, a intenção do gari de ganhar dinheiro (mesmo com a determinação do Judiciário) não condiz com sua classe social e sua origem natural. Os capitalistas poderosos pensam assim, sem sombra de dúvida. Essas coisas se percebem quando ouvimos o gari Francisco alegar que “jamais pensou que sua participação”, no intervalo do Jornal da Band, acarretaria em “preconceito e discriminação”.

O TJSP considerou que “as desculpas {do Casoy} não são suficientes para reparar o dano causado ao gari”, e completou: “Francisco Lima avisou aos familiares que iria aparecer na televisão”, e completou: “Lamentável ocorrência efetivamente ofendeu a dignidade do autor (gari)”. Os Saad donos da Band não aceitam e acham que o gari está a se aproveitar para ter vantagens monetárias. É dessa forma que os barões da imprensa, os donos das mídias de negócios privados.

Quem ri agora é o gari Francisco Gabriel.

O gari de origem pobre e nordestina, acompanhado de um colega, é humilhado e sua profissão, uma das mais úteis e importantes para a sociedade ao tempo que de alta insalubridade, tem sua queixa atendida pelo Judiciário, que, ao contrário do que fizeram no STF, não foi necessário distorcer e manipular a tese do “domínio do fato” para verificar e compreender que o senhor Boris Casoy “pisou na bola” e, como ensina o adágio popular: “Quem fala de mais dá bom dia a cavalo”.  É isso aí.
CLIQUE AQUI  E LEIA ARTIGO E VEJA O VÍDEO DE BORIS CASOY

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