O grosso do aumento de gastos em despesa corrente deve-se ao pagamento de pensões e aposentadorias do INSS. Eles querem cortar essa despesa? Querem reduzir as aposentadorias? Esse é o verdadeiro conteúdo da crítica da direita. Menos aposentadorias e mais juros!
Por Renato Rabelo*
Já estava demorando para a oposição levantar a lebre do “aumento dos gastos públicos” pelo governo federal. É a velha ladainha de extrema-direita em torno da “piora das contas públicas”, da “revisão da meta de superávit primário” e a já crônica e velha conversa do “rombo da previdência”.
Sim, trata-se de uma retórica de extrema-direita na medida em que coloca as necessidades de reprodução material do Estado e do povo em franca contraposição aos interesses de uma ínfima minoria da população, sobretudo os banqueiros e os detentores dos títulos da dívida pública.
Os grandes jornais estão batendo duro no fato de a economia do setor público para pagamento de juros da dívida interna no mês de junho foi de “apenas” 2,03% do PIB, portanto longe da meta anunciada no início do ano de 3,3%. Estão fazendo um estardalhaço por conta da redução em R$ 10 bilhões – ou 25% – da meta de economia do setor público para o mês de agosto.
Além disso, para completar o conjunto macabro deste discurso tosco e pueril, não poderia faltar a batida conversa do “déficit” da previdência social que chegou em julho à casa dos R$ 2,5 bilhões.
Por outro lado está devidamente naturalizado o repasse de quase um terço do orçamento da União ao pagamento de juros da dívida interna. É o discurso da “responsabilidade fiscal” servindo como apanágio para recordes constantes dos lucros dos bancos, porém a mesma lógica não serve para a geração de emprego, renda e avanço de nosso processo de industrialização.
Extremismo de direita com ar de moderno e globalizado. É o lucro máximo de alguns na frente da necessidade de vestir, alimentar, educar e higienizar quase 200 milhões de brasileiros!!!
Mas é no campo das ideias que essa batalha deve ser tratada. Por que incluir milhares de aposentados no ciclo do consumo (e consequentemente da produção de bens para atender essa demanda) é tratado como gasto? Em que lugar do mundo a prática da “responsabilidade fiscal” (para o povo, evidentemente) levou algum país ao crescimento? Por que se naturalizou esse processo de dumping sobre o orçamento nacional provocado pelo pagamento em dia dos juros da dívida interna?
São questões que de maneira alguma podem ser capazes de colocar nosso campo político na defensiva. Somos trabalhadores que lêem. A conta desta barbárie financeira um dia vai chegar e vai bater na porta desta gente que hoje se enfileira em torno da candidatura tucana.
Sim, trata-se de uma retórica de extrema-direita na medida em que coloca as necessidades de reprodução material do Estado e do povo em franca contraposição aos interesses de uma ínfima minoria da população, sobretudo os banqueiros e os detentores dos títulos da dívida pública.
Os grandes jornais estão batendo duro no fato de a economia do setor público para pagamento de juros da dívida interna no mês de junho foi de “apenas” 2,03% do PIB, portanto longe da meta anunciada no início do ano de 3,3%. Estão fazendo um estardalhaço por conta da redução em R$ 10 bilhões – ou 25% – da meta de economia do setor público para o mês de agosto.
Além disso, para completar o conjunto macabro deste discurso tosco e pueril, não poderia faltar a batida conversa do “déficit” da previdência social que chegou em julho à casa dos R$ 2,5 bilhões.
Por outro lado está devidamente naturalizado o repasse de quase um terço do orçamento da União ao pagamento de juros da dívida interna. É o discurso da “responsabilidade fiscal” servindo como apanágio para recordes constantes dos lucros dos bancos, porém a mesma lógica não serve para a geração de emprego, renda e avanço de nosso processo de industrialização.
Extremismo de direita com ar de moderno e globalizado. É o lucro máximo de alguns na frente da necessidade de vestir, alimentar, educar e higienizar quase 200 milhões de brasileiros!!!
Mas é no campo das ideias que essa batalha deve ser tratada. Por que incluir milhares de aposentados no ciclo do consumo (e consequentemente da produção de bens para atender essa demanda) é tratado como gasto? Em que lugar do mundo a prática da “responsabilidade fiscal” (para o povo, evidentemente) levou algum país ao crescimento? Por que se naturalizou esse processo de dumping sobre o orçamento nacional provocado pelo pagamento em dia dos juros da dívida interna?
São questões que de maneira alguma podem ser capazes de colocar nosso campo político na defensiva. Somos trabalhadores que lêem. A conta desta barbárie financeira um dia vai chegar e vai bater na porta desta gente que hoje se enfileira em torno da candidatura tucana.
* Renato Rabelo é presidente nacional do PCdoB
Fonte: Portal Vermelho
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