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sexta-feira

Análises e Posições Políticas (III)


                                                       Jose Serra



Já redigi aqui duas crônicas sobre o processo político eleitoral desse ano, quando dois projetos entram em debate no cenário nacional. Penso que ninguém de nós tem o direito de se alienar nesse debate e da tomada de posição que repercuta nas eleições a deputados/as estaduais, federais, senadores/as, governadores/as e, principalmente, à Presidência da República. Nenhuma explicação será racional o suficiente para nos eximir dessa enorme e crucial responsabilidade. Chega a ser criminosa a afirmação de que política, futebol e religião não se discutem. Claro que se discute, principalmente levando em consideração o destino de nosso País. Sem dúvidas, esse está em jogo nesse ano. Aqui não tenho interesse em fazer mera discussão, mas o de debater os projetos em disputa. Agora é sobre José Serra.
                                                                                            
1.     O José Serra jovem

O candidato a Presidenta da República José Serra é originário de família humilde e pobre. Quando estudante universitário integrou um grupo de esquerda que lutou contra a ditadura militar. Graças a sua dedicação e luta elegeu-se presidente na União Nacional dos Estudantes, uma organização e instituição estudantil mais combativa e odiada pela ditadura. Graças a isso José Serra foi exilado no Chile e em outros países. Alguns o acusam de fugir da luta enquanto milhares de patriotas brasileiros lutavam aqui, foram presos e tantos mortos sob a brutalidade das torturas. A linha luminosa de Serra enquanto lutador em defesa dos interesses nacionais parou aí.

      2. José Serra político

Esse candidato tem longa folha de eleições. Elegeu-se deputado federal mais de uma vez por São Paulo, Senador da República, Prefeito de São Paulo, já disputou candidatura a Presidente da República, perdendo para o Presidente Lula em 2002, foi secretário de estado no governo de Franco Montoro em São Paulo, foi duas vezes ministro de FHC. Em alguns cargos não completou o tempo para o qual foi eleito e renunciou para se candidatar a outros, como foi o caso da renúncia ao cargo de Prefeito de São Paulo para se candidatar a governador e agora renunciou para se candidatar a Presidente.

3.     Posição política de José Serra

É triste a resposta de certas pessoas quando perguntadas pela ideologia e compromissos políticos de seus/as candidatos/as. Muitas respondem que isso não interessa. O que vale são as pessoas. Mas isso não é verdade. A história de compromissos das pessoas que servem a cargos públicos interessa muito aos/às cidadãos/as.

Pois o senhor José Serra, durante o governo de FHC, foi presidente da Comissão Nacional de Privatização/Desestatização. Naquela condição ele comandou a triste história da farra da entrega de nossos bens públicos nacionais a grupos poderosos privados nacionais e multinacionais. Ajudou a transformar o BNDS (Banco Nacional de Desenvolvimento) em financiador das privatizações, usando dinheiro na privataria que quase acabou com nossa soberania e desenvolvimento nacionais. José Serra defendeu no governo federal de seu presidente Fernando Henrique Cardoso a lei selvagem do mercado mais forte do que o Estado. Tem enamorada admiração pelo mercado máximo e pelo governo mínimo. Isso trouxe enormes e graves distorções para a sociedade brasileira. Graças àquela política a barbárie em forma de desemprego, da quebradeira de nossa economia e vértebras políticas brasileiras, comandadas também por Serra, quase jogaram nosso País em nível de pobreza semelhante aos países mais empobrecidos da África. 54 milhões de brasileiros foram expulsos do poder de compra e rebaixados abaixo da linha da miséria.  Mais de 20% de trabalhadores/as brasileiros/as perderam seus empregos e as perspectivas diminuíam cada vez mais quando acabou o governo de FHC, do qual participou convictamente José Serra, como um de seus cérebros pensantes. Muitos sofrimentos impostos à juventude e aos seus familiares se deve ao que a política do senhor José Serra aplicou em nossa País. O setor produtivo, gerador de riquezas, de renda e de emprego foi quase todo destruído pelo seu governo. Assim aconteceu com a educação, com a saúde, apesar de ele ser ministro da saúde, da segurança etc. Nosso país parou e atrasou durante o governo que ele defendeu. Os movimentos sociais foram criminalizados e tratados como bandidos pela polícia. Aliás, como governador em São Paulo ele imprimiu a mesma marca, tratando as lideranças sociais como bandidas, inclusive professores e estudantes. Vendeu estatais produtivas do Estado de São Paulo, como a Nossa Caixa, por exemplo.

A visão ideológica do senhor José Serra é clara. Ele é neoliberal, é privacionista. Defende o mercado acima do Estado. Por exemplo, se fosse presidente do Brasil teria entregado o pré-sal às multinacionais, em prejuízo de nosso povo e de nosso desenvolvimento. Os neoliberais são conservadores, anti-pensamento social e coletivo. Eles odeiam o povo. São tremendamente arrogantes. As raízes de seu raciocínio e ações políticas se fundam no que de pior que já aconteceu à humanidade. Aqui no Brasil ligam-se a Daniel Dantas, um rico que se apoderou do assalto e do roubo de nossas estatais, que ele ajudou a vender. Daniel Dantas foi condenado pela justiça e está preso. Mas ele prestou grandes serviços a FHC e a José Serra. Este candidato, como neoliberal, se situa no espectro da direita. Ora, a direita é o pensamento da elite brasileira que se liga à escravatura, ao império ante proclamação da república, às ditaduras nazi-fascistas, que desrespeitaram nosso povo e nossas riquezas,  à tempestade neoliberal que atormentou e ainda ameaça nosso País. Por onde passou o neoliberalismo só houve desgraça. Onde a direita atuou a democracia e o protagonismo  popular se fragilizaram e perderam espaço para a opressão.

Ora, sem nenhuma má vontade nessa análise, mas José Serra tem sua história encharcada do que de pior nossa história arquiva. Além de tudo, Serra tem uma postura pessoal arrogante. Vê-se em seu rosto e em seus olhos que ele odeia o povo. O Padre Lancellotti disse que a política de Serra, quando fala alguma vez em pobre, é teatral e fingida.

Não é por acaso que José Serra cai nas pesquisas de opinião como candidato a Presidente. Deus e o povo ajudem que ele caia mais e mais e fique fora das eleições já no primeiro turno. Ele é pernicioso ao Brasil e ao mundo. Temos que superar esse tipo de candidato e de projeto atrasado, conservador e de direita que representam.
                                                                        

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