1 DE JUNHO DE 2008 - 18h59
Um novo projeto da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha, pretende investigar as causas da popularidade da religião e os mecanismos da crença religiosa. Inaugurado em fevereiro, o Cognition, Religion, and Theology Project (Projeto de Cognição, Religião e Teologia), quer identificar os fatores cognitivos que contribuem para a tendência generalizada que as pessoas têm de acreditar em Deus ou deuses.
Em entrevista à BBC Brasil, Justin Barrett, um diretores do projeto, afirmou que a pesquisa a ser desenvolvida pelo grupo será interdisciplinar, ou seja, contará com pesquisadores de áreas distintas como a antropologia, filosofia, teologia, entre outras.
"Além disso, pretendemos trabalhar com crenças religiosas de todo o tipo, em uma perspectiva cultural diversa – queremos investigar os mecanismos da crença em fantasmas, fenômenos sobrenaturais, etc.", disse Barrett.
O cientista ressaltou que, apesar de a crença religiosa ser tão difundida, a razão pela qual as pessoas possuem essas crenças ainda é pouco conhecida do ponto de vista científico e, principalmente, cognitivo.
"Se fala muito em o que é bom ou ruim, se a religião faz bem ou não, mas a realidade é que, da perspectiva científica, ainda há muito a ser estudado e poucas pesquisas. Portanto, qualquer afirmação sobre isso seria prematuro", disse Barrett.
Sobrenatural
O pesquisador explica que muitas das crenças estão relacionadas com as características da mente humana.
De acordo com ele, em condições de desenvolvimento normal, a mente tem receptividade para crenças em deuses, a vida após a morte, e outras idéias comumente relacionadas à religião.
"A religiosidade é o estado natural. A falta de crença é relativamente não-natural e pouco comum", disse o pesquisador.
"Se os cientistas conseguirem explicar porque as pessoas tendem a acreditar em deuses e porque outras acreditam que não há deuses, certamente a presença de uma explicação científica não irá significar que você não deve acreditar em uma coisa ou outra, mas oferecerá possibilidades de explicação."
O novo projeto está vinculado ao Instituto de Antropologia Cognitiva e Evolutiva da Universidade de Oxford, na Inglaterra.
O projeto será desenvolvido em três anos e foi financiado pela Fundação John Templeton.
Fonte: BBC
Fale conosco: padreorvandil@ibest.com.br
Assinar:
Postar comentários (Atom)
As 10 postagens mais acessadas
-
“ Respeito suas ideias, mas não concordo com o senhor. Logo o senhor que se diz bispo de uma igreja pregando o golpismo. A religião prega ...
-
Até ex-procurador admite que “mensalão” é um termo fabricado pela mídia golpista Apesar da decisão do Tribunal de Contas da União (...
-
O Paraguai: de tropéis e tropelias No dia em que Fernando Lugo foi deposto da presidência, ninguém ouviu, pelas ruas d...
-
Caixa dois do Serra, Paulo Preto, vai na CPI A CPI do Cachoeira decidiu direcionar as investigações para mais três estados: Rio de Jane...
-
Querida Clara Como estás, guria? Como está teu instituto de beleza? Sentes que és vocacionada para a atividade de cuidar das cabeças fem...
-
Prezado amigo e colega Prof. Edergenio Vieira Admiro-te muito, meu amigo. És jovem, culto e aguerrido nas lutas de nosso povo. Ainda não s...
-
Nove em cada dez mortos em tiroteios com a PM em São Paulo moravam na periferia Em dez a...
-
26 de Junho de 2012 Lugo convoca a manter resistência contra governo ilegítimo O presidente paraguaio destituído na últ...
-
Pois é, Marconi. Quem te viu, quem te vê Eu o conheci ainda moço da camisa azul. Hoje é...
-
Querida Liane Telefonaste-me aflita ontem para contar que não encontraste nenhum número da Revista Carta Capital nas bancas e supermerca...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seus comentários serão publicados. Eles contribuem com o debate e ajudam a crescer. Evitaremos apenas ofensas à honra e o desrespeito.