Foto do site Brasil 247
Amigo Manoel da Santidade
A pastora fundamentalista
Marina Silva é uma das candidatas mais destacadas pelas pesquisas de opinião.
Após a morte de Eduardo Campos, provocado por um acidente suspeito de sabotagem
pela CIA, com o objetivo da causar comoção popular para derrubar o atual
projeto de governo em tentativa de reeleição, a candidatura da pastora se
tornou fenômeno de pesquisa.
O rosto ideológico da
pastora fundamentalista Marina não é de definição clara para quem não aprendeu
a associar elementos, fatores e partes do todo para entender o que se passa na
alma do grupo que a cerca e na dela mesma.
Porém, basta aguçar um
bocadinho a atenção para entender que a pastora Marina, candidata colocada em
segundo lugar nas pesquisas e segura para disputar com a Presidenta Dilma o
segundo turno, se destina a servir ao setor minoritário em nossa sociedade,
governando contra a maioria do nosso povo.
Hoje um dos baluartes de
apoio à pastora candidata, ancorado fortemente no sistema financeiro, fez uma
festa ornada de audíveis gargalhadas com a possível eleição da ministra do
Senhor para a presidência do Brasil. Trata-se de Roberto Setúbal, do Banco
Itaú. Vale lembrar que sua irmã Neca Setúbal é amicíssima da pastora candidata
há algum tempo, patrocina sua campanha e há suspeitas de que a sustente com
gordos salários, também.
Bah, como nós gaúchos dizemos.
Roberto pronunciou na sua vibração uma frase reveladora: "O país não
aguenta mais gestões medíocres e populistas".
Qual o enigma dessa sua “maravilhosa”
frase? “Não aguenta mais” certamente se refere às várias tentativas nada limpas
feitas pela direita opressora e enlameada. Portanto, é sentimento de um grupo,
de uma minoria, de um setor representado pelos 1% que vive de rentismo e especulação
do dinheiro sem produzir e sem trabalhar. O “não aguenta mais” é sentimento da
parte do País que patrocinou inúmeros movimentos de caráter subversivo,
ilegais, imorais e golpistas para derrubar o governo eleito ou a enfraquecê-lo.
Durante a campanha eleitoral de 2010 reuniram o que há de mais apodrecido no
mundo dito cristão para inventar kit gay, mentiras de que o governo promovia a
destruição da família até a história da bolinha de papel na grande cabeça do “patriota”
José Serra, então candidato da direita naquele ano. A tal bolinha inventada
desenhou-se como uma bomba atômica atirada na cabeça “genial” do candidato das
privatizações, mas buscando detonar a candidatura Dilma. Não funcionou. Antes e
depois se esforçaram por um tal de movimento cansei para derrubar Lula. Não deu
certo. O “cansei” cansou logo. Em 2012 e 2013 inventaram o mensalão, condenaram
pessoas sem provas, usaram indevidamente a teoria do fato para provar o
improvável. Conseguiram “condenar” e prender inocentes. A mídia escrita,
radiofonizada, internetizada e a televisiva atua todos os dias para fragilizar
o governo, sem conseguir desprestigiá-lo. Quer dizer, não lograr derrotar e
derrubar a Presidenta eleita constitucionalmente, como o fizeram em outros
países latino americanos, usando inclusive o judiciário, dá um sentimento a
essa elite concentradora de riquezas, de renda e de falta de patriotismo
democrático, de “não aguentar mais”.
Por isso a torcida e louvor
à pastora fundamentalista Marina Silva. Roberto e Neca Setúbal, alguns dos
donos do maior banco privado brasileiro, o Itaú, marcado por muito dinheiro
roubado do erário em forma de impostos que sonega, juntamente com a família
Marinho, dona da Rede Globo, valores gigantescos desviados do que eles chamam
de populismo, essa gente pobre a que começou a trabalhar, a estudar, a se tratar
da saúde, a viajar e a reivindicar mais direitos, apoiam a pastora e a ajudam a
viver rica e na opulência. Esses graúdos que não gostam do povo, que apelidam
de populistas todas as políticas de resgate da dignidade por parte de um
governo que deliberou cuidar de pessoas, por isso não aguentam mais os que
concebem como medíocres.
Os apoiadores em estado de
orgasmo da pastora Marina Silva são o seguimento dos que julgam historicamente os
projetos populares como medíocres e populistas.
Medíocres porque essa elite
dominante sempre se teve como inteligente, como genial. E, de certa forma, é
mesmo. É genial para fazer guerras e matar inocentes. É genial para engenhar artifícios
econômicos com salas absolutamente paradisíacas e esbanjantes no topo da
pirâmide financeira, cuja base se assenta sobre o suor, o sangue e os cadáveres
do povo explorado pelo trabalho desumano e escravo. É genial para inventar leis
que punem os pobres e protege os endinheirados. É genial para bolar o mercado
que reforça a disputa predatória e gerador de miséria dos medíocres (os pobres),
segundo eles. É genial em golpes e artimanhas para roubar do fisco e da receita
federal. Eles se entendem como pessoas geniais e já tiveram presidentes tão “geniais”
quanto eles. FHC foi o último. Agora querem a pastora como sua mandalete,
cumpridora de seus sonhos “geniais” e excludentes.
O seu Roberto Setúbal, filho
de um prefeito de São Paulo, Olavo Setúbal, imposto pela ditadura, sem votos e
com apoio dos conservadores notadamente do sistema financeiro, certamente
avalia que seu pai sim não era populista, como certamente não o era mesmo.
O vocábulo “populista” na
boca deste anjo da pastora e pregadora Marina Silva define governos e projetos
em defesa e promoção do povo. Seu uso não é novo nem surgiu como acusação discriminatória
e rancorosa somente a Lula e à Dilma.
Na Argentina Juan Dominhos
Peron foi chamado de populista em virtude de sua política de fortalecimento do
Estado e de resgate popular. No Brasil Getúlio, Jango e Brizola foram chamados
de caudilhos populistas. Na Bolívia e na Venezuela seus presidentes populares, anti-imperialistas
e militantes na defesa dos direitos sociais, em contraposição ao mercado que as
fragiliza e até mata, também são apelidados de populistas. Alguns de má fé ou
ignorantes chegam ao ponto de dizer que o socialismo cubano é populista.
Noutras palavras, o seu
Roberto Setúbal integra um cordel de pessoas do sistema encarregado de esmagar
o povo e o País que quer retirar do povo o pouco que Lula e Dilma ajudaram a
resgatar. Essa é a tal “nova política” que a pastora do Senhor quer implantar
no seu governo, se por desgraça se eleger. Sua “nova política” será a não
populista, a não do povo, a contra o povo, sem pré-sal, com muita inflação, com
Estado mínimo e muita genialidade como a que pronunciou um de seus anjos, o seu
Roberto Setúbal.
Como se diz no meu Rio Grande:
“estamos bem arrumados”. Por isso o título desta “+Carta...”: “dize-me quem te
louva e te direi o que farás contra o Brasil.” A pastora é louvada pelos
Robertos Setúbal e Freire. Este traiu Luiz Carlos Prestes, Oscar Niemeyer,
Leonel Brizola, Lula e o povo. Engraçado que não vejo o povo, as lideranças
sociais e os trabalhadores ao lado da pastora, muito menos louvores deles a
ela.
Sinceramente, eu gostaria de
acreditar na Pastora Marina, mas não tenho motivos nem argumento algum para
tal. Como dizem as mulheres: “o meu coração não me deixa crer nela nem nas suas
propostas”.
Abraços críticos e fraternos
na luta pela justiça e pela paz.
Dom Orvandil: bispo cabano,
farrapo e republicano, bispo medíocre e populista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seus comentários serão publicados. Eles contribuem com o debate e ajudam a crescer. Evitaremos apenas ofensas à honra e o desrespeito.