A "educadora" Neca Setubal, acionista do Banco Itaú, ajudou a
coordenar o programa de governo de Marina que prevê autonomia para o
Banco Central, ou seja, o fortalecimento dos bancos na formulação da
política econômica
Querida amiga Sandra Alice
Minha "+Carta..." de
ontem causou repercussão pela qualidade da denúncia que defende a hipótese
quase virada tese irrebativel da candidatura da pastora Marina Silva como
produto de conspiração sórdida, que vai do "acidente" que matou
Eduardo Campos e sua equipe até a inflação de sua imagem como mulher capaz de
fazer o milagre de tirar do nada a tal de "nova política".
As informações que apoiam e
servem de ganchos para a "teoria da conspiração" sobre o avião
assassino, produzida pelo jornalista Wayne Madsen, são confirmadas,
aprofundadas e ampliadas com autoridade por um pesquisador sério que vem de dentro
da atual casa partidária da pastora candidata. Um pesquisador, militante e
admirador do grandioso e honrado patriota Miguel Arraes do PSB descreve as
raízes da pastora Marina e as dedutivas razões de seu projeto de governo.
Para minha surpresa e descoberta
Marina já foi ministra do meio ambiente do governo Lula por pressão dos
ditadores do mundo, os banqueiros internacionais sugadores de nossas
riquezas.
São sempre eles, os banqueiros,
os cruéis ditadores e destruidores da construção da justiça social. Não é por
nada que Neca Setúbal do Banco Itaú comanda o plano de governo da pastora
Marina e a banca com dinheiro grosso.
Minha amiga Sandra, as informações
do dr. Adriano Benayon em economia e autor do livro “Globalização versus
Desenvolvimento”, ainda filiado ao PSB, são de arrepiar e ao mesmo tempo
excelente como material de análise para a compreensão do golpe que o
imperialismo arma contra nosso País, sem dar um tiro, movimento iniciado em
junho de 2013 com os blaks blochs.
Ofereço-te e ao meu meio milhão
de leitores o artigo do dr. Adriano, que posto abaixo.
Abraços críticos e fraternos na
luta pela justiça e pela paz.
Adriano Benayon: Economista filiado ao PSB diz que Marina Silva é afronta à memória de Miguel Arraes
Brasil. Como sobreviver?por Adriano Benayon*
01.09.2014
No blog Viomundo
As TVs e a grande mídia promovem intensamente a candidata que surgiu
com a morte do desaparecido na explosão. Marina Silva costuma ser
apresentada como defensora do meio-ambiente e como diferente de
políticos que têm levado o País à ruína financeira e estrutural, como
foram os casos, em especial, de Collor e de FHC.
2. Mas Marina não representa ambientalismo algum honesto, nem
qualquer outra coisa honesta. O que tem feito é, a serviço do poder
imperial angloamericano, usar a preservação do meio ambiente como
pretexto para impedir — ou retardar e tornar absurdamente caras — muitas
obras de infra-estrutura essenciais ao desenvolvimento do País.
3. Pior ainda, a tirania do poder mundial, com a colaboração de seus
agentes locais, já ocupa enormes áreas, notadamente na região amazônica,
para explorar não só a biodiversidade, mas os fabulosos recursos do
subsolo, verdadeiro delírio mineral, na expressão do falecido Almirante
Gama e Silva, profundo conhecedor da região e, durante muitos anos,
diretor do projeto RADAM.
4. Além da pregação enganosa sobre o meio ambiente, o império vale-se
de hipocrisia semelhante em relação à pretensa proteção aos direitos
dos indígenas, a fim de apropriar-se de imensas áreas, que os três
poderes do governo têm permitido segregar do território nacional, pois
brasileiro não entra mais nelas.
5. As ONGs ditas ambientalistas, locais e estrangeiras, financiadas
pela oligarquia financeira britânica, como a Greenpeace e o WWF
(Worldwide Fund for Nature) trabalham para quem as sustenta, não estando
nem aí para o meio-ambiente.
6. Isso é fácil de notar, pois não dão sequer um pio contra a
poluição dos mares, produzida pelo cartel anglo-americano do petróleo: a
mais terrível poluição que sofre o planeta, pois os oceanos são a fonte
principal do oxigênio e do equilíbrio da Terra.
7. Marina foi designada ministra do meio ambiente, em Nova York,
quando Lula, antes de sua posse, em janeiro de 2003, foi peitado por
superbanqueiros, em reunião após a qual anunciou suas duas primeiras
nomeações: Meirelles para o BACEN e Marina Silva para o MME.
8. Empossada no MME, Marina, nomeou imediatamente secretário-geral do ministério o presidente da Greenpeace, no Brasil.
9. Marina foi dos poucos brasileiros presentes, quando o príncipe
Charles reuniu, na Amazônia, outros chefes de Estado da OTAN e caciques
das terras que ele e outros membros e colaboradores da oligarquia
mundial já estão controlando por meio de suas ONGs e organizações
“religiosas”, como igreja anglicana, Conselho Mundial das Igrejas etc.
10. Todos deveriam saber que os carteis britânicos da mineração
praticamente monopolizam a extração dos minerais preciosos, e a maioria
dos estratégicos, notadamente no Brasil, na África, na Austrália e no
Canadá.
11. Os menos desavisados entenderam por que Marina desfilou em
Londres, nas Olimpíadas de 2012, única brasileira a carregar a bandeira
olímpica.
12. É difícil inferir que o investimento da oligarquia do poder
mundial em Marina Silva visa a assegurar o controle absoluto pelo
império angloamericano das riquezas naturais do País?
13. Algo mais notório: a mentora ostensiva da candidatura de Marina é
a Sra. Neca Setúbal, herdeira do Banco Itaú, o que tem maiores lucros
no Brasil, beneficiário, como os demais, das absurdas taxas de juros de
que eles se cevam desde os tempos de FHC, insuficientemente reduzidas
nos governos do PT.
14. Não há como tampouco ignorar as conexões do Itaú e de outros
bancos locais com os do eixo City de Londres e Wall Street de Nova York.
15. D. Marina nem esconde desejar que o Banco Central fique ainda
mais à vontade para privilegiar os bancos a expensas do País, que já
gasta 40% de suas receitas com a dívida pública, sacrificando os
investimentos em infra-estrutura, saúde, educação etc.
16. Contados os juros e amortizações pagos em dinheiro e os
liquidados com a emissão de novos títulos, essa é despesa anual com a
dívida pública, a qual, desse modo, cresce sem parar (já passa de quatro
trilhões de reais).
17. Ninguém notou que Marina — além de regida pelo Itaú — já tem,
para comandar sua política uma equipe de economistas tão alinhada com a
política pró-imperial como a que teve o mega-entreguista FHC, e como a
de que se cercou Aécio Neves?
18. Como assinalou Jânio de Freitas, Marina e Aécio se apresentam com
programas idênticos. Na realidade, é um só programa, o do alinhamento
com tudo que tem sido reclamado pela mídia imperial, tanto pela do
exterior, como pela doméstica.
19. Da proposta de desativar o pré-sal – a qual fere mortalmente a
Petrobrás, que ali já investiu dezenas de bilhões de reais, e beneficia
as empresas estrangeiras, as únicas, no caso, a explorá-lo — até à
substituição do Mercosul por acordos bilaterais — como exige o governo
dos EUA — Marina e o candidato do PSDB estão numa corrida montando
cavalos do mesmo proprietário, com blusas idênticas, diferenciadas só
por uma faixa.
20. Por tudo, a figura de Marina antagoniza o pensamento do patrono
do PSB, João Mangabeira, e o de seu fundador, Miguel Arraes, cujas
memórias estão sendo rigorosamente afrontadas.
21. Não há, portanto, como admitir que os militantes do PSB fiquem
inertes vendo a sigla tornar-se instrumento de interesses rapinadores
das riquezas nacionais e prestando-se a que oligarcas internos e
externos se aproveitem do crédito que os grandes nomes do Partido
granjearam no coração de milhões de brasileiros de todos os Estados.
22. Há, sim, que recorrer a medidas apropriadas, previstas ou não,
nos Estatutos do Partido, para que este sobreviva e ajude o Brasil a
sobreviver.
23. De fato, estamos diante de um golpe de Estado perpetrado por
meios aparentemente legais, incluindo as eleições. Parafraseando o Barão
de Itararé, há mais coisas no ar, além da explosão de avião contratado
por um candidato em campanha.
24. A coisa começou quando políticos e parlamentares notoriamente
alinhados com os interesses da alta finança, e outros enrustidos,
articularam a entrada de Marina na chapa do PSB, acenando a Eduardo
Campos com o potencial de votos e de grana que ela traria.
25. Fazendo luzir a mosca azul, a Rede o pegou como peixes de arrastão.
26. Alguém viu a foto de Marina sorrindo no funeral do homem? Alguém
notou que, imediatamente após a notícia da morte dele, a grande mídia,
em peso, dedicou incessantemente o grosso de seus espaços à tarefa de
exaltar D. Marina?
27. Os golpes, intervenções armadas e outras interferências, por meio
de corrupção, praticadas a serviço da oligarquia financeira
angloamericana, em numerosos países, inclusive o nosso, desde o Século
XIX, deveriam alertar-nos para dar mais importância a contar com bons
serviços de informação e de defesa.
28. Golpes de Estado podem ser dados através de parlamentos, poderes
judiciários, além de lances como os que estão em andamento. Agora, a
moda adotada pelo império angloamericano, como se viu em Honduras e no
Paraguai, na suposta primavera árabe, na Ucrânia etc., é promover golpes
de Estado, sem recorrer às forças armadas, as quais, de resto, no
Brasil, têm sido esvaziadas e enfraquecidas, a partir dos governos
dirigidos por Collor e FHC.
* Adriano Benayon é doutor em economia, autor do livro “Globalização versus Desenvolvimento” e ainda filiado ao PSB.
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