No dia 31 de outubro
comemora-se em vários países de língua inglesa, especialmente nos Estados
Unidos, o Halloween (dia das bruxas). A festa se espalhou pelo mundo e hoje
também é comemorada no Brasil. Contudo, para lembrar que nosso país também tem suas
lendas e tradições culturais esta mesma data foi escolhida para se festejar o
Dia do Saci.
A instituição da data foi
feita pelo Projeto de Lei 2479/2003, que explica que "a sua intenção é ensinar
às crianças que o país também tem seus mitos, difundindo a tradição oral, a
cultura popular e infantil, os mitos e as lendas brasileiras”. A lei passou a
valer em 2005 e desde então se tenta estimular crianças e adultos a conhecer e
valorizar as lendas e as criaturas míticas nacionais.
Este personagem do
folclore brasileiro guarda os segredos das florestas, os conhecimentos das
ervas, chás e medicamentos feitos de plantas. Conta a lenda que quem entrar na
floresta para buscar estas ervas precisa pedir a permissão do saci-pererê, caso
contrário será mais uma vítima de suas travessuras, que não passam de brincadeiras
de um menino levado.
Não se sabe ao certo, mas
o personagem provavelmente surgiu entre os povos indígenas do Sul do Brasil
durante o período colonial. O primeiro registro sobre ele foi encontrado no
século XVII. Quando surgiu, o saci era representado por um menino indígena de
cor morena, com um rabo, conhecedor e defensor das florestas. Posteriormente, ao
percorrer o país e ao chegar à região Norte o saci se transformou em um menino
negro, com gorro vermelho na cabeça, cachimbo e com apenas uma perna, pois a
outra havia sido perdida em uma disputa de capoeira. Ele é assim representado
até hoje.
A principal característica
deste personagem, que ganhou destaque em várias histórias do escritor Monteiro
Lobato, é ser travesso. Ele é responsável por esconder objetos, assustar
animais e distrair as donas de casa para deixar a comida queimar.
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