Observação: Em
homenagem e em respeito à minha amiga, Odontóloga Ariane Farah
Alvarenga, de Belo Horizonte, com quem tenho amizade no Facebook, que debate
muito com seus amigos, respondi a mensagem que me enviou, logo aqui abaixo. O
que me escreve é respeitoso e sincero. Por isso a respondo no mesmo tom de
respeito, sempre no desejo de debater e cresceremos juntos. O debate honesto e
ético ilumina e nos leva ao crescimento.
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Caro amigo Dom Orvandil
Moreira Barbosa, penso e espero, que amorosamente, que a fila anda e que as
relações são sempre complexas e amplas. Penso também que existem interesses
escusos presentes em todos os partidos e seus "formadores de opinião"
endeusados midiaticamente. Estes deturpam tudo a favor da manutenção do status
quo. Seriam coxinhas??? Bem, um lado ou será o outro criou esta gíria de
marketing negativo? O objetivo é sempre claro: diminuir, e enquadrar aquilo de
que têm medo e não consegue compreender, ou seja, o ser humano e suas relações
com o amor e ódio. Como crianças briguentas tentam desumanizar o outro e o
envergonhar e amedrontar: Você é uma coxinha! Assim o novo enquadrado se anula
no preconceito e resvala na lama do limbo imposto por deuses à humanidade
pecadora. Penso que não precisamos de mais ódio no mundo, e sim mais
iluminação!
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Obrigado,
querida amiga Odontóloga Ariane Farah Alavarenga, por sua gentil e verdadeira
manifestação, que acolho respeitosamente com todo o carinho.
Realmente, esse debate é necessário,
principalmente no nível alto com que a amiga se propõe. Isso é altamente
construtivo. Desejo lhe esclarecer que não sou filiado a nenhum partido.
Pessoas que lutam e que participam da Igreja e da IBRAPAZ, que tenho a honra de
dirigir, me pediriam que me mantivesse suprapartidário. Veja, suprapartidário e
não apartidário. Eu, embora não filiado, tenho um partido. O meu partido é o do
Brasil soberano, independente em relação ao destrutivo e diabólico
imperialismo. Este partido, a Pátria Soberana, é integrado pelos trabalhadores,
pobres e injustiçados, cuja gama é composta por imenso universo de espectros
sociais, todos brutalmente injustiçados, por empresários nacionalistas que
ajudam a gerar empregos e riquezas e por um modelo de desenvolvimento sustentável,
que devolva dignidade ao Brasil e ao nosso povo, tão desrespeitados pelo
neoliberalismo escrachado e ajoelhado aos apetites desgraçados do império. A
partir de imenso campo consigo dialogar com os movimentos sociais, onde se
incluem os partidos comprometidos com o que escrevi logo acima. Portanto,
reverencio os partidos de esquerda, nacionalistas e trabalhistas. Minha
consciência me impede de aceitar o descalabro que grupos, desde a mídia covarde
e manipuladora, tentam impor com a ideia fascista - já usada por Mussolini e
por Hitler - de proclamar que todos os partidos são corruptos e, por tanto, não
nos representam. Isso a direita, integrada em partidos neoliberais e de pró-imperialistas,
quer que o povo acredite. Sinceramente, minha amiga Ariane, pelo consciência
construída na luta de mais de 40 anos, minha amiga, não posso cair nessa
tentação e a combato tenazmente. Percebo que gente muita amada minha caiu nessa
reza. Felizmente muitos já perceberam o engodo e começam a sair. Conheço gente,
que eu chamaria de mártir, que nos partidos não conhecem descanso,
tranquilidade burguesa, tal sua dedicação ao Brasil e ao povo.
Diria-lhe
que os partidos que se inscrevem a esquerda do espectro social e que baseiam o
governo federal são comprometidos com o melhor projeto nacional que se pode
construir na atual conjuntura. Claro, há equívocos que carecem críticas e
correção. Critico a majoração dos juros, por exemplo, fonte gigantesca de
corrupção do dinheiro nacional entregue aos bancos; critico os leilões do
petróleo, que entregam nossa riqueza a grande fatia das multinacionais
apátridas; critico a timidez do governo Dilma em fazer reformas agrária,
urbana, política, financeira e das comunicações no Brasil.
Contudo,
condoído, reflito aqui com os meus
botões sobre a barra que a Presidente deve enfrentar para manter a energia para
os avanços e manter sua base gelatinosa de governo unida para a governabilidade
e aprovar projetos no Congresso
Nacional. Por isso o povo deve ir às ruas com pautas organizadas e precisas,
como aconteceu no dia 30 de agosto com as centrais sindicais, e hoje com o
Grito dos Excluídos, que chamaram o governo e o Congresso à ordem. Repercutiu
nos poderes, sem nenhuma apoio da mídia dominante, tanto que os trabalhadores e
estudantes conseguiram barrar o projeto de lei da terceirização, um aviltamento
dos direitos trabalhistas. Portanto, cair na cantilena de que todos são
corruptos é se deixar trair pelo comando da burguesia podre internacional. Não
caio nessa.
Também
não me seduzo com o show pirotécnico do STF, no mentiroso "mensalão",
já apelidado de MENTIRÃO. Aquilo é uma armação contra homens dignos como José
Genuíno, José Dirceu. Delúbio Soares e outros. Vozes sérias e estudadas do País
me dão razão. Aquilo é tentativa no campo judicial de abortar o projeto
nacional. Tanto que o os dutos de Minas, de São Paulo e o agora denunciado
"Príncipe da Privataria", não são tocados por Joaquim Barbosa e sua
laia.
Creio,
inclusive, minha amiga Ariene, que os cuidados dos patriotas devem se redobrar,
pois o Brasil já está na mira da guerra promovida pelo imperialismo e seu
boneco de brinquedo que mata, Barack Obama, que não cansa de enviar jovens para
os campos de morte e destruir sociedades, pátrias, mães e famílias. Ora, quem
destruiu o Iraque, Afeganistão, a Líbia, que se propõe a bombardear a Síria,
países detentores de riquezas, não tencionaria invadir o Brasil, com imensos
poços de petróleo, água doce e matas nativas? Preste acuidada atenção e
perceberá.
Portanto,
acusar partidos, os movimentos sociais, os sindicatos, os estudantes, as
pastorais sociais etc de não nos representarem é dar combustível para a guerra
que se desenha. Não podemos permitir que a mesquinharia semeada nos divida e
esmague, como os inimigos querem.
Quanto ao
conceito de coxinhas, que não inventei, mas que uso, não o faço por preconceito
ou por discriminação infantis. Este é um termo que conta com apoio teórico de
cientistas sociais, que a senhora pode pesquisar na internet, como o fiz. Penso
que já escrevi muito sobre isso em meu blog. Em todo o caso o termo significa
as pessoas que se deixam arrastar pelo senso comum encoberto pela borrasca
pesada e opressora da opinião publicada da elite dominante. Vejo em muitos
coxinhas certa rebeldia mal encaminhada, que poderia ser poderoso reforço para
a luta com o objetivo de empurrar o governo e o Congresso Nacional para as
reformas e políticas públicas necessárias e justas. Entre os coxinhas há pessoa
boas, honradas e trabalhadoras, mas iludidas. Ora, as pessoas iludidas a cabresto
de quem as ilude, só ajudam o inimigo.
Bueno,
evidentemente há muito para debatermos. Isso é ótimo. Paro aqui. Sugiro que
continuemos o debate.
Abraços
críticos e fraternos no debate e na luta pela justiça e pela paz.
Dom
Orvandil: bispo cabano, farrapo e republicano.
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