Caro companheiro e Jornalista
Altamiro Borges
Li o artigo abaixo que escreveste em teu blog a
partir de notícia no Jornal o Globo de que o tirano Marconi Perillo age
autoritariamente no sentido de abafar truculentamente as vozes críticas a ele e
ao seu incompetente governo.
Tens toda a razão no que escreves
com base em informações do Jornalista Altair Tavares, um dos críticos destemidos
dos desmandos e articulações espúrias do indevidamente ocupante do Palácio
Pedro Ludovico, sede do governo de Goiás.
São verdadeiras as
constatações de que o tirano e corrupto Marconi Perillo manda calar quem tem a
coragem de denunciar a corrupção de seu (des) governo e de que ele escandalosamente blinda seu governo e sua
imagem com pesadas verbas despejadas nos bolsos dos donos da mídia daqui,
inclusive de donos de TVs e rádios católicas e evangélicas. O que assusta é vermos
que jornalistas, diferentemente do caso de Altair, se vendam
desavergonhadamente aos patrões que se locupletam com o lucro e à jogada da
direita neoliberal nesse Estado. Será que tais profissionais reduzem-se ao tal
profissionalismo, alienam-se eticamente do povo e da realidade social? Ou traem
deliberadamente a verdade, prostituindo a justiça no golpe à democracia? Ou
padecem de falta de formação crítica, política, social e ética nos cursos de
jornalismo que fazem? Como se sentem ao deitar em seus travesseiros?
Vozes correm por aqui que o
governador atual do judiado e enxovalhado Estado de Goiás, que tem contra si
pesadas acusações de roubo e de corrupção, de que ao candidatar-se à reeleição
em 2014 dará trabalho à subserviente oposição, correndo o risco de reeleger-se.
Marconi abafa a imprensa, para que nada mais se denuncie contra suas
arbitrariedades e injustiças. Compra donos de empresas mediáticas e cala
jornalistas, os poucos inteligentes e éticos que sobram, para esconder o
silenciado e ignorado povo o que faz nos
porões, sob as cortinas de sua incompetente e comprometida administração,
essencialmente dedicada aos grandes proprietários deste Estado transformado em
balcão dos negócios neoliberais.
Marconi Perillo abafa a
imprensa, intimida lideranças da oposição e enrola deputados na Assembleia
Legislativa. Esta instaurou uma CPI para
investigar suas ligações com o contraventor Carlinhos Cachoeira, o mais novo
convertido evangélico, que também foi sufocada e intimidada. Marconi mandou
seus mandaletes integrar a maioria da CPI, que nada investigou e ainda acabou
melancolicamente em pizza.
O triste de tudo isso,
Altamiro, é que o desenvolvimento, o pregresso social, os direitos sociais, a
qualidade de vida para o povo, como educação, saúde, segurança, habitação,
justiça jurídica, transporte coletivo, a defesa do Serrado, muito mais rico do
que a Amazônia etc são jogados às traças. Não temos governo que nos ajude, que
nos defenda, que nos una, que gere investimentos para o bem do povo, dos
pobres, dos trabalhadores, das empresas brasileiras que atuam aqui, que gere
mais empregos e salários dignos. Marconi Perillo, com sua carranca, carregado de ódio, empenha-se em
proteger-se de denúncias e segurar-se nos ganchos da minoria de ética duvidosa
que ainda oportunisticamente o apóia. Já escrevi aqui que o governo de Marconi
encahoeirado Perillo que é divulgado pelo marketing bancado pelos impostos da
produção, é maravilhoso. Vídeos e fotos dos hospitais, dos laboratórios, das
escolas, da polícia e infra estrutura de seu governo são tecnicamente
maravilhosos. Pena que não têm nenhuma relação com a realidade. As estradas,
escolas, hospitais, política de segurança etc fora do marketing são
vergonhosas, feias e abandonadas, em prejuízo da qualidade de vida de nosso
povo.
Já escrevi aqui que quando a
"lata" de Marconi Perillo aparece nas TVs os ambientes onde se
assiste as notícias puxa sacos de seu (des) governo ou entrevistas que ele dá,
empestam-se de um clima pesado. Quando se assisti em público a cara dele nas
TVs não raro as pessoas dizem palavrões xingando-o ou afastam-se do local.
Ninguém gosta de vê-lo ou de escutá-lo, por essa razão sempre se move cercado
de capangas e de seguranças. Triste é o destino do tirano que gastou milhões de
reais de nossa economia para eleger-se e para manter-se no governo, mesmo
sitiado de suspeitas não esclarecidas e não julgadas. Marconi Perillo é dotado
de um rosto que mostra ódio, de olhar frio ou gelado, quando sorri o faz
demonstrando cinismo e insinceridade, permanentemente em posição de defesa e de
ataque. Geralmente de gravata cor de rosa mostra traços de um caráter rígido,
sem afeto e sem consciência coletiva, concentrando-se nos seus mesquinhos
interesses. Apadrinha somente os que lhe puxam saco, sem permitir que alguém
cresça ao seu lado e ameace sua intimidadora sombra.
Porém, Miro, a história mostra
que tiranos caem, geralmente traídos por seus próprios pares. Tiranos não têm
amigos, mas relacionamentos interesseiros. Marconi é um dos menores, sem
espírito de liderança, sem capacidade de harmonização e de unir quem quer que
seja, cairá tão rapidamente como subiu. O que é lamentável é ver os democratas
daqui, desunidos e cada um pensando no seu pedaço em torno das eleições de
2014. Por isso o povo abomina política e os erradamente chamados de políticos.
Até mesmo os de esquerda quando chegam ao poder legislativo e ao poder
executivo encastelam-se em seus gabinetes, enrolam-se no burocratismo e
afastam-se do povo. Muitos outrora bravos combatentes, ao chegar aos gabinetes
os transformam em falsas trincheiras de luta, sem cheiro de povo, se frequência
ao povo, sem lutar pelo e com o povo que os elege. É lamentável que estes
irmãos de lutas só pensem em eleições. Equivocam-se ao fazer das eleições fins
em si mesmas. Erram ao pensar que eleições nos esquemas burgueses seja a mesma
coisa que democracia. Por isso entregam-se equivocada e totalmente a fazer
campanhas eleitorais o ano todo e todos os anos que antecedem e depois dos anos
eleitorais. Conheço gente que se elege para um cargo tomando-o como trampolim
para eleger-se para outro maior, sem nunca conversar e lutar com o povo. Isso
só favorece farsantes políticos, de espectros ideológicos sacanas e anti
populares como os adotados por Perillo, filhote de FHC, de José Serra, da
ditadura militar, embora analfabeto
político, discípulo e praticante do falido e infernal neoliberalismo. Espero
sinceramente que as lideranças dotadas de um mínimo de perfil social e
democrático tomem vergonha e unam-se para derrotar a barbárie que se instalou
no governo do Estado de Goiás.
Portanto, não é dos facínoras
e fascistas que se enturmam na SIP, na
mídia golpista e no STF que devemos esperar alguma coisa, mas da fidelidade ao
povo que sofre e luta, à espera de unidade e respeito leal aos seus anseios de
justiça e de paz.
Abraços críticos e fraternos
na luta pela justiça e pela paz.
Dom Orvandil: bispo cabano,
farrapo e republicano.
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Por Altamiro Borges
Saiu ontem na coluna de Ilimar
Franco, no jornal O Globo:
O governador Marconi Perillo
(PSDB-GO) conseguiu liminar na Justiça proibindo uma jornalista de seu estado
de escrever seu nome, sob pena de pagar multa diária. A decisão é da juíza
Luciana Silva. Marconi se sentiu ofendido por textos de Lênia Soares, críticos
à sua gestão e às relações obscuras com o contraventor Carlos Cachoeira.
Esta não é a primeira vez que
o tucano persegue jornalistas e golpeia a liberdade de expressão. Conforme
lembra Altair Tavares, do blog Diário de Goiás, a prática já é comum no estado,
que virou o território da censura. Mas neste caso, porém, a ação beira o
ridículo. “Ele conseguiu uma liminar que proíbe a jornalista de citar o nome do
governador nas redes sociais e em outros locais, em qualquer situação:
positiva, negativa ou neutra. A decisão é inédita em Goiás, por causa de
conteúdo divulgado nas redes sociais”.
Marconi Perillo já era
conhecido por silenciar a mídia local com milionários anúncios publicitários e
a nomeação de jornalistas para cargos no governo. Ele também já perseguia
repórteres. Mas, com a eclosão do escândalo que revelou suas “relações
obscuras” com o mafioso Carlinhos Cachoeira, ele recrudesceu na sua postura
autoritária. O grão-tucano, que posava de paladino da ética e até nutria o
sonho da candidatura presidencial, passou a ser apontado como “laranja” da
quadrilha. Daí o seu ódio aos jornalistas críticos.
Conforme lista Altair Tavares,
desde a revelação do caso, o tucano já processou vários jornalistas e ativistas
das redes sociais. Em meados do ano passado, em plena CPI do Cachoeira, ele
tentou calar três repórteres no estado. “A jornalista de O Popular, Fabiana
Pulcinelli, foi acionada por uma interpelação judicial no dia 22 de maio.
Henrique Morgantini, do jornal O Anápolis, foi processado com pedido de
indenização, no dia 29 de maio”. Ele também abriu processos contra blogueiros e
twitteiros e censurou programas de rádio.
Diante desta escalada
autoritária, qual a atitude das entidades dos barões da mídia, como Abert e
ANJ, que adoram bravatear sobre a liberdade de expressão? E a Sociedade
Interamericana de Prensa (SIP)? De 8 a 11 de março, ela estará novamente
reunida no México. Já estão confirmadas as presenças do ex-presidente FHC e da
dissidente cubana Yoani Sánchez. Seria uma excelente oportunidade para a SIP
emitir uma dura nota contra a censura do governador tucano de Goiás e em defesa
da liberdade de expressão. A conferir!
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