Queridíssima Profª Lízia
Desculpa o abuso, mas mais uma vez te escrevo. Agora aproveito para te homenagear por teu aniversário. Parabéns, querida guria, pela enorme missão que é tua vida. Tua vida é síntese de lições que se derramam por onde passas ou por onde sabem as pessoas que passaste. Talvez, na verdade, quem deveria receber os parabéns seriam teus filhos pela mãe que têm, teus alunos pela coordenadora que os coordena, as instituições onde trabalhas, pela profissional humana que és e com quem contam em seus quadros, teus familiares pela filha, irmã e tia que os privilegia com seus dons de vida e de alegria. Quem deveria receber os parabéns deveriam ser as ruas de Rio Verde por onde transitas e pavimentas com tua vida e feminilidade. Quem deveria receber os parabéns são teus amigos pelo privilégio de tua poética e inteligente amizade.
Na verdade, Lízia, parabéns pela linda existência que movimenta e dá sentido ao teu ser e ao ser dos que te constroem. Feliz aniversário!
Por falar em lições, compartilho contigo a angustiante pergunta se há lições a tirar da cloaca que se revela nas relações do hipócrita, moralista e enganador Demóstenes Torres e de suas relações com Carlinhos Cachoeira e Marconi Perillo.
Sem dúvidas, há lições a aprender com tudo isso. Proponho algumas:
A falsa ideia de votar em pessoas e não em partidos
É É nessa ilusão, Lízia, que muita gente vive e vota. Engambela-se e vota facilmente em retóricas e falsas simpatias dos representantes dessa classe dominante atrasada e lustrosa de aparências. Muita gente boa por aí se decepcionou com “políticos”, mas não se dá ao trabalho de pensar, de perguntar e de se informar sobre os projetos ocultos que mobilizam candidatos e ocupantes de cargos eletivos na República. Bastaria um bocadinho de humildade para se informar. Ora, no Brasil, grosso modo, há dois grandes partidos: um dos que defendem e lutam por soberania nacional, fortalecimento do estado investidor e fomentador de desenvolvimento com distribuição de renda e de riquezas; o outro é dos que defendem o mercado com suas mazelas materializadas em desemprego, concentração de riquezas e de renda, privatização, humilhação da soberania nacional com entrega do patrimônio público aos interesses internacionais e imperialistas. Temos dois marcos que assinalam esses caminhos. Um é o demarcado pelos famigerados Fernando Henrique Cardoso e José Serra. O outro é sinalizado por Lula e Dilma, emoldurados de desenvolvimento, soberania nacional, aliança com os povos que buscam libertar-se da hegemonia nefasta e arrasa mundo, os Estados Unidos, unidade interna para a construção de uma Nação forte para os brasileiros. Daí em diante é fácil não se perder. Aqui em Goiás é fácil entender onde está o mau caminho dos que se unem a quem. E não importa religião. Portanto, quem se liga a Marconi Perillo, Fábio Sousa, João Campos, Ronaldo Caiado, Demóstenes Torres e companhia defende o neoliberalismo, a entrega da Pátria, a privataria, a corrupção, o enriquecimento ilícito, o conservadorismo dos poderosos, dos injustos, a promiscuidade econômica e política. Ora, Demóstenes faz parte dessa “linda” galera. Não há como nos surpreendermos nem nos chocarmos com as revelações de suas relações promíscuas. Somente a ignorância e a má fé podem encobrir tais causas desta gigantesca corrupção.
Sempre há dois lados
Em todos os estados há duas correntes que dominam politicamente as ações dos parlamentares e dos executivos nas suas diferentes instâncias de poder. Aqui em Goiás não é diferente e é, aliás, bem simples de entender. Não há como confundir Cristo com o Demônio. Historicamente há as correntes que se originam nos Caiado e nos Ludovico. Ponto. Os Caiado representam o atraso, o ódio, a injustiça, a concentração de riquezas e de renda. Nessa perspectiva as pessoas raciocinam que esse estado deva ser sempre um fazendão, claro, um fazendão com internet, com carros luxuosos, com os filhos dos proprietários estudando na Europa e Estados Unidos, com o bom e do melhor, mas com privilégios somente para uma minoria. Um fazendão como gosta Carlinhos Cachoeira, feito de especulação e jogatina, não de produção e de trabalho. Nessa apodrecida mente os neurônios são de chifres de boi. Aliás, de chifres eles gostam muito. Na tradição de Pedro Ludovico alinha-se o pensamento do desenvolvimento, do emprego, da nacionalização, da Marcha para o Oeste, do pensamento coletivo, da paz social e do progresso para todos. Foi nessa linha que nasceu Goiânia. Esta capital é abençoada pela ideia desenvolvimentista de Pedro Ludovico, o getulista revolucionário da década de 30.
Cloaca subterrânea
O olhar ingênuo que leva a votar nas pessoas é tremendamente prejudicial ao País, aos cidadãos e à sociedade. Quem assim olhou para Demóstenes não teve a competência de perceber a cloaca suja na qual alimentava seu projeto político. Isto é, os demos, os tucanos, os pepistas e outros sempre afogaram-se na direita mais abjeta e entreguista de que se tem notícia no Brasil. Como diz o povo, eles são capazes de vender a mãe em troca de privilégios. É bom prestarmos a atenção no caso de o Congresso Nacional patrioticamente instalar as CPIs da Privataria e do Cachoeira. Muita sujeira e muita gente que anda por aí, agora com o rabo entre as pernas, mostrará sua verdadeira cara. A CPI da Privataria mostrará quem é quem no jogo político brasileiro e a do Cachoeira mostrará todo o esgoto político subterrâneo brasileiro e, principalmente, goiano. Penso que essas duas CPIs serão incisões cirúrgicas profundas e muitos reis serão vistos nus, inclusive boa parte dessa mídia porca brasileira. Quem viver verá.
Na verdade, Lízia, apesar da roubalheira vergonhosa do Cachoeira e companhia, farisaicamente defendida e protegida pelo ridículo Demóstenes Torres, ensinará aos incautos que há projetos que atuam sob e sobre a sociedade. Há que sabermos com quais se comprometem nossos candidatos. Nesse ano há eleições. Tomara que haja menos analfabetos políticos para eleger gente como Demóstenes, Marconi, Serra, Aécio Neves, Yeda Crucius, Maluf etc.
Mais uma vez desejo-te muitas felicidades num feliz e completo aniversário, querida Lízia.
Abraços festivos, esperançosos e críticos.
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