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quarta-feira

Solidariedade com o Papa Francisco







Querida Irmã Rafaela



Penso em quão grande deve ser teu entusiasmo com a revelação inesperada do Papa Francisco.



É inegável que o Papa Francisco emerge num momento sombrio do mundo, por um lado, e, por outro, quando o mundo todo clama por justiça e por mais democracia, por mais avanços e aprofundamento na participação do povo nas decisões dos poderes econômicos e político de todas as nações.



Olha-se para os Estados Unidos e vê-se uma nação em ruínas, empurradas pela prepotência das corporações que invadem o mundo com bombas e guerras, ao impor sua ganância e terror. Olha-se para a matriz colonial e encontramos devastações, frutos das políticas neoliberais por toda a Europa, gerando desemprego, falências e morte por toda a parte. Na América Latina ainda se observa feridas agudamente doloridas resultantes das colonizações opressoras, das oligarquias injustas que se petrificaram na exploração de indígenas, africanos e trabalhadores, de ditaduras que trancafiaram nas masmorras heróis e heroínas da luta pela justiça e pela paz e empurraram a liberdade ao fundo do abismo e das trevas; e das manobras do vendaval neoliberal que empobreceu enormemente os povos, quebrando seus Estados democráticos, impondo o criminoso mercado produtor de guerras e de misérias como gestor de mais lucro para menos gente e mais miséria para multidões.



O querido Papa Francisco, como um anjo, peregrinou pelas mesmas ruas do Rio de Janeiro por onde outrora tropas militares marcharam prendendo, torturando e matando jovens durante a ditadura. Passou pelas mesmas ruas e na Baia da Guanabara, onde Carlos Lacerda almejava acabar com os pobres, afogando-os bem ao estilo do capitalismo mais brutal e estúpido, mas rezou e abençoou o povo, proclamando a paz. Francisco iluminou as ruas do Rio de Janeiro, ex-capital da República, onde o Presidente Nacionalista Getúlio Vargas derramou seu sangue para impedir que o Brasil caísse nas mãos dos inimigos do povo. Como mensageiro da justiça e da paz o Papa Francisco pregou solidariedade, a cultura do encontro e do diálogo. Mas pediu que rezasse por ele. Pediu inúmeras vezes. A última coisa que pediu no Brasil foi que rezássemos por ele.



Sinceramente, Rafinha, a mim não interessam as picuinhas teológicas, bíblicas ou confessionais. Há evangélicos que vieram a público depois do retorno do Papa para o Vaticano e fizeram avaliações dominadas por falta de ética, de espírito mesquinho e de inveja, valores nada cristãos. Um deles, a vedete de todos, o mais histérico entre todos, o mais ganancioso de vontade de aparecer, que disse que os evangélicos também colocariam um milhão de pessoas em Copacabana,  sem a ajuda da mídia e sem dinheiro. É claro, colocariam sim. Mas com que objetivos? O de pregar moralismos reacionários? O de mobilizarem o povo para ser bucha de canhão da direita? O de pressionar os canais de TV da mídia mercenária para ganhar espaços em suas grades de programação e enriquecer ainda mais seus proprietários com os dízimos do povo? O de pregar a discórdia na criação do espírito soberbo e de arrogância contra outras denominações e religiões, dividindo irmãos do mesmo País?



A inveja cega de certos gritões evangélicos com tais subobservações, de críticas rasteiras e antiéticas contra o Papa, massivamente acolhido pelo povo brasileiro, inclusive por evangélicos que não se deixam apodrecer pelas ideias contaminadas de certos líderes míopes, é de estreiteza cega. Ninguém pode comparar mobilizações evangélicas manipuladas por sua bancada e por governadores que jogam contra a reforma agrária e contra a participação democrática do povo. Tais mobilizações não alcançam mais dos que os gritos de seus pregadores e de suas bandas com letras alienadas emitem pelos limitados sons de seus alto falantes locais.



O Papa Francisco atingiu 200 milhões de brasileiros. Suas palavras e gestos encontraram todo o mundo, literalmente, no momento crítico como eu disse no início. Aqui falou e gesticulou para todas as autoridades brasileiras. Denunciou as manipulações que a Globo e as elites fizeram dos movimentos que ocuparam as ruas do Brasil no mês de junho. O Papa não mobilizou hum milhão. Sua mensagem nos atingiu a todos, coisa que ninguém nesse momento consegue, por mais que os medíocres queiram. Mais: todas as pessoas de boa vontade, crentes e ateias, acolheram as mensagens de Francisco, independente de aceitar ou não o postulado papal.



Porém, penso que o querido Papa Francisco corre perigo de ser assassinado. O teólogo e filósofo Firmino Luis dos Santos Neto, num exercício de lógica (abaixo) chega a essa conclusão. Raciocina que as reformas proposta pelo Papa colocam sua vida em risco. Não é para menos, pois nos bastidores do Vaticano atuam as máfias internacionais do tráfego de drogas e de armas, além de ouro e dinheiro.



Eu acrescentaria outros dados a esse muro de tijolos lógicos a partir do qual Firmino constrói a conclusão de que o Papa corre riscos, além do que ele mencionou como o fato de o pontífice pedir insistentemente que rezem por ele. Não há dúvidas de que o Papa João Paulo I foi assassinado com a forte participação desses grupos poderosos que aí estão, inclusive com a participação de cardeais suspeitos, como se noticiou amplamente. As eleições de João Paulo II e de Bento VI, estonteantemente conservadores e anti teologia da libertação, não foram obras do Espírito Santo, mas certamente teve sobre elas os dedos de grupos poderosos que empurravam o mundo para a direita e para o armamentismo no qual afundamos depois da derrocada da União Soviética. Como disse o Papa João Paulo II em visita a Cuba: “o mundo não melhorou e ficou pior com a destruição do socialismo soviético”. Seu discurso na Varginha apelando que os jovens não caiam nas malhas dos traficantes egoístas é outro indício de que Francisco identifica a partir de onde se movem alguns dos seus assassinos potenciais. Naquele momento me ocorreu que uma bala poderia ser lançada contra ele. Acrescento o fato de o Papa Francisco optar por morar na Casa Santa Marta, onde vive muita gente, e não no palácio papal, onde os papas moraram e morreram solitários, principalmente João Paulo I, cujo auxiliar que cuidava dele não dormiu no lugar de sempre na noite em que ele foi envenenado.  Desde sua linda e respeitosa humildade, em entrevistas, atribui que o motivo de dormir na Santa Marta é em virtude de não suportar a solidão e viver longe de gente. Eu não dormiria em lugar onde se assassinou outras pessoas, também.



Firmino propõe uma solução para proteger o Papa Francisco: a que as massas católicas e cristãs de todo o mundo apõem as reformas. Concordo, mas avanço em outra sugestão: proponho que os bispos e cardeais de boa vontade, lideranças teológicas, bispos e pastores de outras igrejas, políticos, sindicalistas, líderes dos sem terra e tantos outros nos mobilizemos nas ruas em defesa do Papa. Devemos, inclusive, invadir Roma e o Vaticano em defesa desta liderança que traz paz ao mundo. Não esperarmos de braços cruzados para chorarmos a morte de um artífice da paz, como o mundo chorou a morte de João XXIII, João Paulo I, Marthin Luther King, Mahatma Ghandi e outros líderes daqui do vale.



Penso que o homem que assume a missão da paz no Papa Francisco pede socorro. É certo que nós cristãos cremos que Deus nos protege, mas é certo que a força que vem do povo nos educa, nos ajuda a crescer e muralha protetoramente os seus servos e líderes.



Posto abaixo a síntese da entrevista do teólogo e filósofo Fermino Luís dos Santos Neto. Ele não exagera.



Abraços críticos e fraternos nessa boa árdua luta pela justiça e pela paz.

Dom Orvandil: bispo cabano, farrapo e republicano.



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 Quarta-Feira, 31 de Julho de 2013






Essa avaliação é do teólogo e filósofo Fermino Luís dos Santos Neto, um atento observador dos rumos da Igreja. Segundo ele, ameaças vêm da máfia internacional, que atua na máquina do Vaticano para lavar dinheiro da corrupção e do contrabando.
 

Por Dermi Azevedo


A decisão do papa Francisco de realizar reformas em profundidade na estrutura e na prática da Igreja Católica Romana "pode representar ameaças à vida" do pontífice, por parte da máfia internacional e de outros grupos criminosos que atuam nos bastidores do Vaticano.

Essa avaliação é do teólogo e filósofo Fermino Luís dos Santos Neto, um atento observador dos rumos da Igreja. Em entrevista à Carta Maior, ele, que é graduado em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas/SP, afirmou que essas ameaças explicam os seguidos pedidos de oração feitos pelo papa em vários momentos de sua visita ao Brasil.

Segundo Santos Neto, o esquema de corrupção na máquina do Vaticano inclui lavagem de dinheiro, a partir de dirigentes de governos corruptos e de empresas privadas, vinculadas inclusive à indústria armamentista dos Estados Unidos e da Suíça, além de lucros obtidos na rede internacional de contrabando. Esses "negócios" foram feitos durante os pontificados de João Paulo II e de Bento XVI, totalmente à revelia desses papas.

Fermino traçou depois um paralelo entre os objetivos de João Paulo II, Bento XVI e Francisco, observando que os parâmetros de governo entre o atual papa e seus antecessores "são profundamente diferentes".

Explicou que Wojtyla e Ratzinger defendiam um modelo "ainda piramidal e monárquico" de governo da Igreja, enquanto Bergoglio segue o modelo de Igreja Povo de Deus, aprovado pelo Concílio Vaticano II e seguido, por exemplo, pela Teologia da Libertação.

Destacou que o apoio às reformas na Igreja Católica Romana "só pode vir das massas católicas e cristãs de todo o mundo", observou que, até agora, grandes mudanças no catolicismo foram feitas apenas pelo Concílio Vaticano II, e que só foi possível aprová-las por causa do carisma do papa João XXIII e também pelo clima de mudanças vivido pela Igreja no início da década de 60.

Destacou que hoje "o papa se apresenta como bispo de Roma, revelando que não se julga o dono do poder, lembrando-se de que esse conceito sempre foi escamoteado antes”. “Isso fortalece a unidade na igreja. A colegialidade dos bispos hoje está mais fortalecida, isso é um bom sinal", concluiu.


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