Cada vez fica mais do que claro o fiasco que foi essa estratégia de usar todo o poderio midiático, político e militar internacional para realizar uma chamada "guerra não convencional" contra a Síria. Se Assad estava desgastado antes da guerra, agora ele é reconhecido como um líder nacional que está salvado o país de uma invasão de terroristas estrangeiros. E toda a artificialidade criada em nomear um cowboy texano como "presidente legítimo" da Síria não passou de uma fantasia sem qualquer base real na Síria, que EUA, União Europeia, Qatar, Árabia Saudita e Turquia estão tendo que engolir.
E por falar em Turquia, hoje, o mesmo Erdogan que brandia que Assad deveria "ouvir as vozes da rua e renunciar", hoje se defronta com um movimento popular, de massas e verdadeiramente espontâneo pedindo sua renúncia. Seu governo reprime violentamente as manifestações e já há inclusive mortes, mas até agora nenhum "amigo da Síria" circulou alguma petição exigindo a renúncia de Erdogam ou propôs enviar mercenários à Turquia para "ajudar" os manifestantes.
Portanto, agora as peças se invertem. O movimento que na Síria foi fabricado no exterior para garantir os interesses das companhias de petróleo e gás natural se volta contra aqueles que o criaram. E assim, o feitiço virou contra o feiticeiro.
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