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segunda-feira

O grito dos excluídos amadurece e pede mais politicamente do governo: um bom pastor brasileiro











Caríssimo Dom  Guilherme Antônio Werlang

Seguidamente me manifesto aqui de forma crítica em relação a bispos, padres e pastores. Sempre que o faço é bom que se perceba a quem me refiro e que posições ideológicas ou políticas assumem os objetos criticados. Por exemplo, ao criticar o Pe. Marcelo Rossi não pretendo meter-me na instituição Igreja Católica Romana. A análise objetiva o ministério e as posições políticas assumidas por Marcelo Rossi. Evidentemente quando um cidadão expõe sua visão de mundo e mostra optar por uma ideia partidária atuante na sociedade necessariamente se chocará com quem se posta de modo contraditório ao que diz e faz. Portanto, sai do arraial celebrativo e eclesiástico para intervir no campo secular e político, expondo-se ao enfretamento. Em matéria que postei sobre o fato do Pe. Marcelo receber em uma de suas missas José Serra, que não é apenas candidato a prefeito, mas seriamente comprometido com privatizações altamente questionáveis, danosas à soberania nacional, eticamente questionáveis e destrutivas do patrimônio público e social.  No terreno político  Pe. Marcelo torna-se alvo de crítica ao tomar partido do pior que ocorre ao Brasil graças a um das nefastas participações, a do tucano e eterno candidato José Serra. O Pe. Marcelo colocou sobre seu altar um criminoso e direitista. Claro que, ao assumir a direita, o sacerdote mostra o uso que faz da fé popular. Ao criticá-lo duramente o faço com enorme convicção por considerar esse tipo de alinhamento algo próximo do charlatanismo, uso da boa fé em favor da direita mais abjeta no Brasil e não contra a Igreja Católica Romana, que conta em seu meio com sacerdotes e bispos muito dignos e comprometidos com o povo, bem opostamente ao padre pula-pula de São Bernardo. Na mesma linha de fogo da crítica coloca-se o atual Vaticano sob o comando de seu Papa Bento XVI, sucessor de outro conservador e apoiador do imperialismo, o popular, de face oculta, João Paulo II. Desnuda-se à crítica ao perseguir os teólogos da Teologia da Libertação, ao acolher os pedófilos e poupar as barbáries impetradas pelos Estados Unidos sem nada dizer e nada fazer para testemunhar alguma boa vontade ao lado dos povos vitimizados pelo império terrorista. Com isso não quer dizer que sou contra a Igreja Católica Romana, que já agiu de modo mais decente e humano nas ações dos Papas João XXIII e Paulo VI, em apoio aos movimentos progressistas, principalmente no chamado Terceiro Mundo. 

Da mesma forma não me oponho às igrejas evangélicas quando critico atitudes como as do pastor gritão Silas Malafaia que, em troca de canal de TV, apoiou José Serra, contra todas as necessidades e lutas do povo brasileiro. Ao criticar o pastor picareta lá de Canoas no RS que deixou um guri de pés descalços e ainda o ridicularizou diante da multidão e de todos os falsários que assaltam a economia popular em troca de vultosas somas de dinheiro, oportunizando a eles muito dinheiro para suas luxúrias, aquisição de automóveis caríssimos, fazendas, mansões em Miami, prostituição e outras atitudes anti humanas e de direita. Quando tais pastores optam pela direita em tempos de campanha eleitoral, atacam candidatos de esquerda usando argumentos preconceituosos, pífios e mentirosos expõem-se à crítica, que, com prazer, faço aqui por fidelidade aos princípios cristãos e políticos que eles traem e negam. Isso não quer dizer que sou contra os evangélicos. De maneira alguma. Reconheço evangélicos sérios e comprometidos com a linha sem fim de verdadeiras luminárias que brilham na luta pelo e com o povo, principalmente os mais humildes. 

O senhor, caro Dom Guilherme, me dá muita satisfação e orgulho por vê-lo comprometido com as lutas de nosso povo. O senhor reforça a fidelidade a Jesus, que sempre se colocou ao lado e no lugar dos pobres, e anima a luta que precisamos fazer hoje. 

Graças ao “grito dos excluídos”, a acontecer nesse ano na sua 18ª edição, o senhor referiu-se que os movimentos sociais exigem que o Estado sirva a nação na garantia e defesa dos direitos de nossa população, em oposição ao que sempre aconteceu quando o Estado historicamente serve ao capital internacional na sangria de nossas riquezas e bem estar social, como exige a justiça evangélica pregada por Jesus. O senhor reconhece que o Estado tornou-se menos surdo aos gritos dos grupos sociais, a partir dos últimos governos, mas que precisa avançar muito mais, inclusive no que tange a habitação popular, ainda muito sublinhada por verdadeiras muralhas de separação entre ricos e pobres, onde os primeiros moram em verdadeiras fortificações enquanto os pobres são jogados em lugares mal servidos e de abandonos. Também é caso da energia elétrica, extremamente cara e concentrada aos privilegiados. 

Seu testemunho, Dom Guilherme, é maravilhoso exemplo de que é possível sermos cristãos e necessariamente comprometidos com a causa da justiça e da luta pelas mudanças. Luta essa que deve se movimentar a partir do eixo em torno do qual busca-se pressionar o Estado para que sirva a nação e o povo na sua maioria e não a grupos concentradores de riquezas e de renda, como acontece com os bancos e grandes proprietários rurais. A luta continua e deve se acentuar. Gente como o Pe. Marcelo, serrista, e pastores do tipo Silas Malafaia não entendem isso e nunca se colocarão na luta. Para eles a luta não dá lucro e luxúria.

Abraços críticos e fraternos.

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