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quinta-feira

A Globo dormia e fazia muita gente dormir, mas estudantes e trabalhadores sempre usaram as ruas para lutar

27 de Junho de 2013

UNE reforça pautas estudantis em manifestação em Brasília  


Nós estamos nas ruas, de onde nunca saímos, para defender nossas bandeiras de mais recursos para educação, disseram os estudantes na manifestação que realizaram nesta quinta-feira (27) em Brasília. “Nós somos os cara-pintadas, que garantiram conquistas para educação e que luta por avanços”, disse a presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Vic Barros, que comandou a manifestação ao lado da presidenta da Ubes, Manuela Braga.





Junto às bandeiras pela aprovação do Plano nacional de Educação (PNE) e recursos dos royalties do petróleo para educação, os estudantes criticaram a grande mídia, citando nominalmente a Rede Globo, que quer se apoderar das reivindicações e das manifestações do povo.


“A Rede Globo diz que a gente estava dormindo, mas todas as conquistas foram obtidas nas ruas”, lembrou um dos oradores do alto do carro do som. Embaixo, os manifestantes gritavam “O povo não é bobo/Abaixo a Rede Globo”.


As críticas também se estenderam ao presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, deputado Pastor Marcos Feliciano (PSC-SP), que tem sido apontando como responsável pela aprovação de matérias que ameaçam as conquistas e avanços da sociedade brasileira.



Juventudde ocupa o gramado do Congresso Nacional em Brasilia
em reivindicação por 10% do PIB pra Educação.


A manifestação começou com a concentração em frente ao Museu Nacional e percorreu toda a Esplanada dos Ministérios refazendo uma trajetória tradicional nas manifestações de rua em Brasília. Ao som de “ocupa, ocupa, ocupa a esplanada” e seguida por forte aparato policial, a passeata chegou em frente ao Congresso nacional onde os manifestantes se espalahram no gramado para ouvir os oradores.


Além dos estudantes, ocuparam o microfone representes dos professores, dos trabalhadores em educação, do movimento de mulheres e do MST. Todos reafirmaram a palavra dos estudantes de que o povo nunca saiu das ruas e manifestaram o desejo de manter a aliança entre os diversos segmentos dos movimentos sociais em torno das bandeiras de luta por melhorias na qualidade de vida da população, com mais educação, saúde de qualidade, tarifas reduzidas de transporte público entre outros.


Entre um orador e outros, os manifestantes gritavam palavras de ordem e cantavam: “Eu sou brasileiro/Com muito orgulho/Com muito amor”. A manifestação foi encerrada com a corridinha até o espelho d´água do Congresso e um beijaço, em represália ao projeto de “cura gay” aprovado na Comissão de Direitos Humanos da Câmara.


Críticas à mídia


Os diretores da UNE, que se revezaram no microfone, destacaram que “hoje o momento é diferente porque a juventude e o povo levantaram a cabeça para dizer que não aceitam o país de benefícios para os banqueiros, sem recursos para educação e com aumento nas tarifas de ônibus”.


E provocaram o Congresso Nacional a abandonar a pauta que beneficia as empresas e as oligarquias partidárias e votarem projetos que garantam as melhorias reivindicadas pelo povo brasileiro. E disseram ainda que “essa manifestação demonstra que não estávamos dormindo e que as nossas bandeiras estão erguidas a muito tempo”, novamente apresentando protesto contra a grande mídia.


“São apenas seis famílias que controlam as informações no Brasil e querem falar em nosso nome”, destacaram os dirigentes estudantis, para que a democratização da mídia faz parte das reivindicações que devem ser atendidas pelos governantes para garantir o futuro de qualidade pelo qual eles lutam nas ruas.


A secretária geral da Contee (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino), Cristina Castro, disse que “queremos educação libertadora, não homofóbica, não sexista, que integre o nosso povo”. E disse que essa á a luta diária dos movimentos estudantil e sindical, que estão nas ruas com bandeiras conjuntas pela “educação pública, gratuita, laica e de qualidade”.


O coordenador do coletivo de juventude do MST, Raul Amorim, reafirmou a importância da aliança entre o movimento camponês e os estudantes na luta por mudanças estruturais do país. E sugeriu aos estudantes que aproveitem a oportunidade para visitar as salas de aula, intensificando o trabalho de base, que deve mostrar o exemplo pedagógico de se organizar, “que é a única forma de se obter conquistas”, afirmou.


Estudantes da Marcha #Brasil MostraTua Cara entram no espelho d'água
em frente ao Congresso Nacional em Brasilia.


Problemas históricos


“A manifestação é uma forma de pressionar as autoridades para dar a atenção necessária à educação e aos temas da juventude. Enquanto houver a imensa defasagem na qualidade da educação pública do país, professores mal pagos, infraestrutura precária e outros desafios, não resolveremos problemas históricos do Brasil”, explica Vic Barros.


“É inadmissível que o Plano Nacional de Educação esteja há mais de dois anos e meio no Congresso sem perspectiva de aprovação imediata. Diante das mobilizações não existe momento mais ideal para debater educação”, avalia ainda a dirigente estudantil, reafirmando as bandeiras de luta dos estudantes, que são:

- 10% do PIB (Produto Interno Bruto), 100% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo Social do Pré-sal para educação pública e aprovação imediata do Plano Nacional de Educação;

- Passe livre estudantil;

- Reforma política que acabe com o financiamento privado de campanhas eleitorais;

- Contra o projeto da “cura gay” e o Estado laico;

- Democratização dos meios de comunicação com aprovação do projeto de iniciativa popular da Lei da Mídia Democrática.

De Brasília
Márcia Xavier

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