Querido amigo Murald
Admiro teus sentimentos de amor
por teu povo palestino. Tua saudade (palavra que aprendeste conosco
brasileiros) de tua terra e de teu povo comove-me. Conversando contigo entendo
melhor a barbárie que o povo palestino sofre por parte do governo racista e violento
de Israel.
Sabes, meu amigo, que aqui no
Brasil existem seguimentos religiosos, acentuadamente entre evangélicos, que
participam dos preconceitos racistas e politicamente nazistas da turma que
impede a retomada de Jerusalém pelos palestinos. Os grupos aqui do Brasil que
fazem turismo articulado com o governo de Israel, ganhando muito dinheiro com a
idolatria dos chamados lugares santos, vendem a ideia de que os palestinos são
terroristas, marginais e bandidos. Oportunisticamente confundem o Estado do
Israel atual, fundado por generais judeus nazistas apoiadores de Hitler, com o
Israel bíblico. Os nazistas estamparam na bandeira de Israel de maneira
proposital a denominada estrela de Davi, com seis pontas, para destacar o
caráter messiânico e predestinado daquele Estado violento e segregacionista.
Porém, mesmo que o rei Davi, nas suas fases mais opressoras e moralmente
questionáveis, não guarda nenhuma relação com o conteúdo nazista da conduta
opressora e arrasa humanidade dos sionistas que governam o atual Israel. Então
os interesses comerciais das caravanas que viajam daqui para Israel e região o
fazem de maneira obtusa e prejudicial a um leitura justa da realidade opressiva
sob a qual vivem nossos irmãos da Palestina.
No ano passado alguém da Universidade
de Televive me ligou insistentemente três vezes me oferecendo uma bolsa de
estudos para estudar hebraico naquela instituição. Interessei-me, mas quando na
última vez questionei sobre a política da Universidade em relação aos
palestinos, bateram-me o telefone na cara e nunca mais me ligaram. Esse tipo de
pergunta milhões de turistas alienados não fazem. Simplesmente idolatram a
chamada terra santa e, acavalo da busca fútil de status, viajam reforçando a
propaganda discriminatória e odiosa dos sionistas.
Abaixo compartilho contigo
matéria esclarecedora das consequências desumanas e medievais dos sionistas
militares de Israel, que se apropriaram opressora e injustamente de Jerusalém,
que não é propriedade exclusiva do Israel nazista, mas patrimônio da humanidade.
Abraços críticos e fraternos na
luta pela justiça e pela paz.
Dom Orvandil: bispo cabano,
farrapo e republicano.
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8 de Maio de 2013
Ocupantes israelenses prendem líder religioso de Jerusalém
Sem acusação, mufti palestino é detido para responder sobre "perturbação pública". Líderes palestinos consideram o ato como impedimento da liberdade religiosa.
Forças
da ocupação israelenses prenderam nesta quarta-feira (8) pelo menos 14
civis, incluindo o mufti palestino (supremo líder religioso muçulmano)
xeque Mohammed Hussein,em Jerusalém. A detenção faz parte de operações
militares realizadas nas áreas da Cisjordânia e Jerusalém.
O correspondente da Wafa Agência de Notícias Palestinas relatou que as forças de ocupação israelenses invadiram a casa do Mufti de Jerusalém, ao sul da cidade, e o prenderam depois de ele recusar a ordem de seguir para o centro de investigação e policial de Maskubiya, em Jerusalém Ocidental.
Segundo o porta-voz da polícia israelense, Micky Rosenfeld, Hussein foi detido para responder questões sobre "perturbação pública", registrada na terça-feira (7) após um palestino se negar a apresentar documento de identificação ao entrar no pátio de Al-Aqsa.
A prisão acontece sequencialmente aos confrontos entre fieis muçulmanos e colonos israelenses ocorridos na Mesquita de Al-Aqsa, quando colonos invadiram a mesquita por um portão protegido pela polícia israelense para realizar as orações no pátio da Al-aqsa, comemotando o aniversário de 46 anos da ocupação de Jerusalém, o que eles chamam de "reunificação de Jerusalém"
A polícia israelense prendeu também nesta manhã o presidente do Comitê de Cuidados de Túmulos Muçulmanos em Jerusalém, Mustafa Abu Zahra, perto da Porta dos Leões (um dos portões da Mesquita de Al-Aqsa).
Segundo informações das agências internacionais de notícias, elementos de unidades especiais das forças políciais israelense concentraram-se nas portas da mesquita, impedindo a entrada dos alunos das oficinas de ciências e dificultando a entrada de adoradores ao exigir que as identidades dos fiéis fossem retiradas somente na saída da mesquita. Enquanto isso, colonos invadiam por outro acesso com a escolta policial israelense.
Ontem a polícia israelense distribuiu uma comunicado aos lojistas da cidade velha de Jerusalém para não exporem seus produtos na frente de suas lojas, para, assim, liberar espaço para a marcha dos colonos em direção ao Muro das Lamentações, com o intuito de não atrapalhar as celebrações da chamada "reunificação de Jerusalém".
Autoridades Palestinas condenam a detenção e restrições na Cidade Santa, e consideram uma infração aos direitos religiosos e a liberdade da prática religiosa. O primeiro-ministro palestino, Salam Fayyad, disse que esta é mais uma das "constantes violações de Israel ao direito internacional".
Sheikh Mohammed Hussein é mundialmente conhecido por atuar contra a judaízação de Jerusalém e as escavações na Al-Aqsa, considerando as interferências israelenses, no local sagrado, durante a história recente, prejudiciais aos povos que frequentam o local e à preservação das edificações milenares.
Fonte: Comitê Nacional de Solidariedade aos Presos Políticos Palestinos
O correspondente da Wafa Agência de Notícias Palestinas relatou que as forças de ocupação israelenses invadiram a casa do Mufti de Jerusalém, ao sul da cidade, e o prenderam depois de ele recusar a ordem de seguir para o centro de investigação e policial de Maskubiya, em Jerusalém Ocidental.
Segundo o porta-voz da polícia israelense, Micky Rosenfeld, Hussein foi detido para responder questões sobre "perturbação pública", registrada na terça-feira (7) após um palestino se negar a apresentar documento de identificação ao entrar no pátio de Al-Aqsa.
A prisão acontece sequencialmente aos confrontos entre fieis muçulmanos e colonos israelenses ocorridos na Mesquita de Al-Aqsa, quando colonos invadiram a mesquita por um portão protegido pela polícia israelense para realizar as orações no pátio da Al-aqsa, comemotando o aniversário de 46 anos da ocupação de Jerusalém, o que eles chamam de "reunificação de Jerusalém"
A polícia israelense prendeu também nesta manhã o presidente do Comitê de Cuidados de Túmulos Muçulmanos em Jerusalém, Mustafa Abu Zahra, perto da Porta dos Leões (um dos portões da Mesquita de Al-Aqsa).
Segundo informações das agências internacionais de notícias, elementos de unidades especiais das forças políciais israelense concentraram-se nas portas da mesquita, impedindo a entrada dos alunos das oficinas de ciências e dificultando a entrada de adoradores ao exigir que as identidades dos fiéis fossem retiradas somente na saída da mesquita. Enquanto isso, colonos invadiam por outro acesso com a escolta policial israelense.
Ontem a polícia israelense distribuiu uma comunicado aos lojistas da cidade velha de Jerusalém para não exporem seus produtos na frente de suas lojas, para, assim, liberar espaço para a marcha dos colonos em direção ao Muro das Lamentações, com o intuito de não atrapalhar as celebrações da chamada "reunificação de Jerusalém".
Autoridades Palestinas condenam a detenção e restrições na Cidade Santa, e consideram uma infração aos direitos religiosos e a liberdade da prática religiosa. O primeiro-ministro palestino, Salam Fayyad, disse que esta é mais uma das "constantes violações de Israel ao direito internacional".
Sheikh Mohammed Hussein é mundialmente conhecido por atuar contra a judaízação de Jerusalém e as escavações na Al-Aqsa, considerando as interferências israelenses, no local sagrado, durante a história recente, prejudiciais aos povos que frequentam o local e à preservação das edificações milenares.
Fonte: Comitê Nacional de Solidariedade aos Presos Políticos Palestinos
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