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segunda-feira

Presidenta preocupada com a violência contra as mulheres


Prezada senhora Tereza

Na quinta-feira à noite quando retornei da sala de aula me deparei inesperadamente e assustado com o que vivi naquela parada de ônibus, na Av. T-9.  Meu Deus, como pode uma mulher sofrer tanta violência de um homem e de desconhecidos  que no interior do ônibus falavam ofensas que depreciam as mulheres?! Quando desci, exigindo que o motorista parasse, me aguardasse e me ajudasse a te defender, te senti trêmula mas rapidamente corajosa a denunciar a violência que sofrias e talvez ainda sofras. 

Várias coisas me impressionaram no vivenciado entrevero. Uma, é saber que teu marido é um trabalhador da construção civil, hoje em alta, cujos operários ganham muito mais do que nós professores. Quanta impiedade senti nele e quanta falta de compaixão, querendo te submeter a permanecer na relação com ele, mesmo que não queiras.  Ele parecia desumano e bestial, pronto a te matar à frente  de todos. Impressionante o quanto a falta de consciência de classe e de respeito é capaz de bestializar um homem produtor de riquezas para a humanidade. Essa pobreza consciencial impossibilita as pessoas de  reconhecer que ninguém é dono de ninguém e que o ser humano deve exercer a liberdade de escolher seus pares para amar. Outra atitude que me impressionou foi a de muitos homens e mulheres que trafegavam no ônibus. Imediatamente tomaram partido da violência e do homem, sem conhecer a fundo o problema, movidos por machismo desumano e perverso, próprio dos opressores da elite dominante. No momento não era caso para se tomar partido de ninguém mas de colocar-se ao lado de quem mais era afrontado: no caso, eras tu. Ainda me impressionei com a alienação de muitos que fingiram baixar a cabeça para configurar falsa neutralidade, como quem dissesse: eu não me meto em briga de casal. Aliás, na retomada da viagem muitos me elogiaram pelo gesto solidário e outros se justificavam dizendo que não se metem em brigas para não correr riscos de sofrer violências e para não se envolver com polícia. A alienação tem seus argumentos, mesmo que falsos. Felizmente a polícia, apesar do gesto inadequado do tenente, que se aproximou com a mão direita sobre o revólver, interveio corretamente propondo negociação e entendimento, pedindo que me ouvissem e que rezassem comigo, já que lhe apresentei minha documentação como bispo. O marido permaneceu na rua enquanto seguiste de ônibus em nossa companhia e com teu nenezinho ao colo. A polícia veio até o Terminal da Bíblia para conferir o entendimento. Que bom!

Mas a violência que acomete a vocês, Tereza, tem que acabar. Nenhum homem tem o direito de bater nas mulheres com as mãos ou com as palavras. Aqueles de nós que assim fizerem devemos nos tratar e nos corrigirmos, mesmo que provocados por elas, que vivem tensões terríveis e desumanas. Há casos em que é infinitamente melhor os homens se afastarem definitivamente de suas companheiras para evitar violências. Há relacionamentos incompatíveis sob todos os aspectos. A incompatibilidade deve ser respeitada. 

Felizmente, caríssima Tereza, hoje na imprenssa leio que a Presidenta Dilma manifesta preocupação com a violência que vocês sofrem. Ela pede que a população denuncie as violências contra as mulheres. Propõe-se a garantir os direitos das mulheres, assegurados pela Lei Maria da Penha, contando, inclusive, com os recursos da saúde pública para cuidar das mulheres e tratar dessa doença nos homens. A Presidenta lembra seu compromisso de campanha no sentido de ampliar a rede de creches para atendimento de crianças e mães pobres, que têm que trabalhar todos os dias e a cada dia inteiro. É evidente que creches de qualidade são preventivas no combate da violência contra mulheres e crianças.

Bueno, Tereza, deixei-te os números de meus telefones para te ajudar e a te encaminhar na solução de fundo desse problema que te acomete e a milhões de mulheres no Brasil, infelizmente.

Abraços solidários e minha benção.

1 comentários:

  1. caro dom orvandil adorei seu texto muito bem escrito acho q a poucas mulheres negras indigenas que ainda nao sofreram nem um tipo de violencia ou mesmo as que moram nos palacetes ja sofreram varios tipos de violencia fisica verbal ostilisação de todas as formas ameaças chantagens
    pelos seus companheiros amigos ou colegas de trabalho ou ate mesmo por mulheres alienadas com visao machista sem nenhum senso critico aponta o dedo para outra sem nenhum piedades e essas pessoas estao por ai sem nenhuma tatuagem q os aponte mostrando sua violencia parabens pelos seu texto jucilene pereira barros.

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