Conheço três tipos de pessoas que lêm e assistem o PIG (Partido da Imprensa Golpista). Assinam as revistas Veja, Época, Isto É etc, os jornais Folha e Estado de São Paulo, O Globo, O Popular, Diário da Manhã, Zero Hora, Correio do Povo etc e assistem as TVs abertas e a cabo.
1. As de direita mesmo: suas características são a histeria contra os pobres, contra Lula, contra Dilma, contra a Teologia da Libertação, contra o socialismo, contra o comunismo etc. São paranóicas com complexo de grandeza, soberba, arrogância e pensam que são donas da verdade, crêem sinceramente nisso. São ricas ou pensam que são, gostam de luxo e de futilidades. As mulheres se vestem que nem peruas enfeitadas. Os lugares do mundo que mais amam são Miame, Nova York e os paraísos fiscais. Odeiam trabalhar e quem trabalha. Seus ídolos são Margareth Tacher, os Buch, Hitler, José Serra, Fernando Henrique Cardoso, Ronaldo Caiado e apreciam Marina Silva, com aquela carinha de mulher pobre. Emocionam-se quando José Serra aparece na TV e em fotos nos jornais e revistas. Fazem painéis com em suas casas e escritórios com as fotografias desses seus ídolos. Não lêem nada que faça pensar e sério, com medo de sofrer transformações em seus pensamentos. Fazem romarias para ver Padre Marcelo Rossi e lêem Gabriel Chulipa. Sentem “profunda” espiritualidade carismática e sempre votam em candidatos seguramente de direita, para evitar que se convertam a Dilma e a Lula, representação da “perigosa” revolução socialista. Acreditam rapidamente nas “informações” de sua mídia preferida. Nunca buscam o contraditório. São a contradição fantasmagoricamente ambulante e ignorante. A realidade para essa direita histérica e ateórica é a que está em sua mente e não a que é feita das contradições de classe. Seus agentes não debatem, mas berram e gritam suas “verdades” com o objetivo de impor suas idéias. Como o sapo do poço não conseguem imaginar que exista outro mundo além daquele que estreitamente percebem pela boca de seu mundinho. Pobres para os direitistas são sempre vagabundos e marginais. Para eles os pobres só devem ir para frente quando a polícia vem atrás ou quando tropeçam; pobre só deve encher a barriga quando morre afogado; só ter terra em baixo das unhas; só ganhar carinho no velório quando morre etc. Quando se refere aos pobres e trabalhadores diz "essa ou aquela gente". Ao falar nas bolsas família ou escola apelidam-nas de bolsas esmolas. No comando de seus negócios e empresas não produzem objetivando a sociedade e o povo, mas focam apenas nos lucros e tratam seus trabalhadores abaixo de chicote, achincalhe moral e salarial. A natureza é como escravo que deve ser torturado até lhe arrancar tudo o que tem, não se importando com a vida e com o bem estar de todos. Quando ocupam os governos roubam, confundem o público com o particular, concentram renda e são corruptos, como aconteceu com os governos de Serra e FHC. Odeiam o patriotismo, o nacionalismo e o desenvolvimento com distribuição de riquezas. Crêem que o patrimônio é doação divina para uma minoria “abençoada” e predestinada. Esse é o modelo da burguesia e da pseudoburguesia que lê e assiste a lixeira de seu PIG. Faz com verdadeira “tesão”.
2. Os confusos e alienados: aí estão os emergentes, os novos ricos, os aspirantes a ricos. Esses são bem atrapalhados. Querem mudanças mas têm medo. Assustam-se até com o amor. Admiram os lutadores, heróis e revolucionários, mas tem medo deles. Qualquer mentira ou notícia confusa sobre eles afastam-se temerosos para temdendo perder as migalhas que conquistaram. Esnobam seus votos com a seguinte e idiota frase: “pois é, estou pensando em quem votar...não sei se voto na Dilma ou na Marina”. Arrebitam o nariz como seus votos não dados a alguém o levasse à derrota eleitoral. Geralmente dizem que não gostam de política ou que não entendem nada de política nem querem saber de política. Alardeiam que não votam em partidos mas em pessoas. Coitados ignorantes. Suas críticas são difusas, confusas, superficiais, confundem partidos, poder, ideologia com burrologia e tal. Aproximam-se facilmente da direita. Os mais “avançados” dizem que seu voto sempre é de protesto. Acabam sempre se somando à direita. Quando acertam é porque erraram na avaliação. Seu método crítico é de martelar uma vez no cravo e outra na ferradura. Quando no poder são como birutas de aeroporto. Vão sempre na direção que o vento oportunista sopra. São umas desgraceiras. Muitos colegas professores e religiosos são assim. Acham-se imparciais, acima do bem e do mal. Ainda esnobam pensando que entendem de realidade. É uma tristeza. Falam muita besteira. Esses também lêem e assistem os lixos do PIG. Muitas vezes até acreditam naquilo. São linha auxiliar da direita. Mas podem se converter. Há esperança para eles.
3. Os que lêem e assistem para se informar o que a safada direita pensa e planeja: esses são patriotas, desenvolvimentistas, democratas, crêem no pensamento coletivo e na interpretação da realidade a partir da realidade da contradição de classes. Sabem que a direita é golpista, safada, moralista, fofoqueira, arrogante, mentirosa etc. Mas sabem que muitos trabalhadores e pobres se venderam e se deixaram enganar. Sabem que o jogo é duro e complexo, mas não se enganam, nem mesmo com as caras, cultos e missas de “santos” que muitos dramatizam. Lêem e assistem o PIG. Precisam saber o que a direita pensa (claro que ela pensa quase nada) e planeja para golpear o pouco que o povo conquistou. Lêm criticamente e armam o contra-ataque. Não são ingênuos. As vezes atrapalham-se relativamente a táticas e estratégias, mas não dão mole para a direita, sempre golpista, anti-democrática e safada.
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