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quinta-feira

Para Lula, Dilma teve muita grandeza e paciência no JN

 
Por Sérgio Cruz*


Entrevista conduzida por Bonner foi grosseria contra a candidata, na opinião do presidente

Durante o comício realizado em Belo Horizonte na noite da terça-feira (10), o presidente Lula elogiou o desempenho de Dilma Rousseff na entrevista no Jornal Nacional, ocorrida na véspera. Diante de 15 mil pessoas que lotaram a Praça da Rodoviária, no centro da cidade, ele deu uma rosa à candidata por ter mantido a calma diante das grosserias do entrevistador, William Bonner: “Dilma, pela tua paciência, pela tua grandeza, queria te dar esta rosa e dizer para você: não fique nervosa nunca, não perca as estribeiras nunca, não aceite provocação nunca, porque a verdade nua e crua é que tem muita gente com medo que uma mulher possa provar que tem mais capacidade de fazer muita coisa do que alguns os homens já fizeram”, disse Lula, sob intensos aplausos dos populares.
Lula ficou muito satisfeito com o desempenho da ex-ministra durante a entrevista e criticou os apresentadores por considerá-los “muito agressivos” com a candidata. “Eu sinceramente esperava que, pelo fato de ser mulher e candidata, que o entrevistador (Bonner) tivesse um pouco mais de gentileza com a nossa candidata”, afirmou ele, levando a platéia aos gritos de “olé, olé, olá... Dilma, Dilma”. O comportamento deselegante e agressivo de Bonner na entrevista com Dilma destoou do tom dócil e, diríamos, quase meigo, com que ele tratou o tucano José Serra, na entrevista da quarta-feira, no mesmo Jornal Nacional. Um comentarista chegou a fazer uma comparação entre o comportamento dele na presença de Dilma e de Serra. Disse que Bonner parecia um ‘Pitt Bull” com Dilma e um “Poodle Toy” diante do tucano.
Serra se sentiu tão à vontade com a meiguice com que foi tratado que cobrou para falar mais “um pouquinho” na sua declaração de encerramento. Muito cordato com o tucano, Bonner pediu com todo o sentimento que encerrasse: “me perdoe, me perdoe”.
As mesmas atitudes inquisitoriais e provocativas de Bonner contra Lula e o PT se fizeram presentes na entrevista com Marina Silva, na terça-feira.
A maioria dos analistas políticos concluiu que, apesar dos esforços dos entrevistadores da Globo em prejudicá-la, Dilma saiu-se muito bem na entrevista. Até colunistas da “Folha de S. Paulo” (periódico sabidamente serrista) reconheceram que Dilma se deu bem em suas respostas. O nervosismo de Bonner, ao tentar impedir a candidata de apresentar as realizações do governo Lula e de falar sobre suas propostas para o Brasil, levou Fátima Bernardes, a certa altura, a interromper bruscamente o marido. Ao contrário de Serra, que, mesmo com todo o apoio de Bonner, deixou escapar, entre outras coisas, que, se eleito, vai espalhar seus pedágios - com preços abusivos - por todo o Brasil, Dilma deixou claro para os eleitores a sua intenção de dar continuidade aos investimentos produtivos para o país continuar crescendo e criando empregos, além de manter e ampliar os programas sociais que o governo Lula implantou.
Ela rebateu com facilidade e calma cada bobagem dita pelos apresentadores, reforçando o discurso social, avançando, inclusive, em propostas de seu programa de governo e explicando com clareza a lógica das alianças políticas. Já William Bonner, inconformado com o que ouvia, tentou interrompê-la a toda hora para que suas respostas ficassem incompletas. Algo tão desastrado e mal educado que, como dissemos, obrigou Fátima Bernardes a mandar que ele se calasse, com um sinal, para que parasse de ser “inconveniente”.
Ou seja, o plano de usar o Jornal Nacional para tentar paralisar o crescimento avassalador da candidatura de Dilma Rousseff e insuflar a desorganizada e anêmica campanha de Serra, parece que deu com os burros n’água. Também pudera, escalar o Bonner para essa tarefa só pode ser mais uma das idiotices do atual “guru intelectual” da Globo, Ali Kamel. Bonner é uma daquelas nulidades que só se tornou um destaque na Globo depois de comemorar com entusiasmo cada bomba “inteligente” lançada pelos americanos sobre o Iraque. Foi ele também que, depois de ungido como editor-chefe do Jornal Nacional, classificou, recentemente, os telespectadores brasileiros como “obtusos e preguiçosos”. Disse que eles parecem o “Homer”, dos Simpson, conhecido personagem do desenho da televisão norte-americana. No seriado, Homer é um personagem apresentado como “preguiçoso e com raciocínio lento”.
Para quem não acredita que o apresentador do JN tenha feito essa comparação, há várias testemunhas que confirmam o fato. Em novembro, um grupo de professores da USP reuniu-se com o apresentador, a mando de Ali Kamel, para conhecer um pouco do funcionamento do Jornal Nacional. Para espanto de todos, William Bonner informou a eles sobre uma pesquisa realizada pela Globo que identificou um perfil do telespectador médio do Jornal Nacional semelhante ao do personagem Homer, dos Simpson. Segundo Bonner, ele [o telespectador brasileiro] “tem muita dificuldade para entender notícias complexas e pouca familiaridade com siglas como BNDES”. É voz corrente na Globo que o editor-chefe do Jornal Nacional quando quer derrubar uma matéria argumenta: ‘Essa o Homer não vai entender’. Pois é, foi essa toupeira que foi escalado para “derrubar” Dilma. Parece que ele é que não entendeu nada.
Lula deixou claro, ao homenagear Dilma no comício da terça-feira, que fica feliz ao ver que nos embates onde os adversários estão mais afoitos, desesperados e agressivos a sua candidata cresce mais ainda e se saí muito bem. Ela parece que fica mais solta quando é provocada. Foi assim com Agripino Maia, senador do Dem/RN, numa audiência do Senado, e está sendo assim, agora, quando Serra tenta agredi-la, ou quando aparecem alguns pseudo-jornalistas escalados para provocá-la em benefício da candidatura tucana. Bonner e a Globo sem dúvida saíram chamuscados desse episódio. A TV perdeu bastante daquilo que quase já não possui, a credibilidade. Já Bonner, além de perder com o público telespectador, saiu-se mal também dentro de casa. Fátima Bernardes já deve estar pensando na fria que foi participar dessas entrevistas.



Fonte: *Jornal Hora do Povo online

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