Querido amigo Prof. JoãoPaulo Da Cunha Gomes
Noam
Chomsky é verdadeiro exemplo de duas coisas fundamentais na vida. Uma delas
trato exaustivamente em seis artigos aqui no blog quando escrevo sobre a
direita no Brasil, principalmente no primeiro
onde defino o que é esse espectro e o
que é esquerda, também e no quinto quando me refiro aos “intelectuais narizes empinados”, aquele tipo de “intelectual”
que estuda um pouquinho - alguns chegam
até a doutorados e pós doutorados - e se apegam arrogantemente a seus títulos e
diplomas, expondo-os para que todos saibam que são doutores, mas que escrevem e
falam abobrinhas tão profundas sobre a realidade quanto o fundo de um pires de
cafezinho. Chomsky é um intelectual que pensa e reflete a realidade a partir da
realidade objetiva e não desde a ponta de seu nariz ou do centro de seu umbigo,
que em muitos é eixo de seus mundos medíocres confundidos com o universo
inteiro.
Por
ser intelectual cujo pensamento se move a partir da realidade objetiva e não
imaginada apenas, Noam Chomsky é jovial e atual em seus plenos 84 anos de vida.
Os que “pensam” a vida desde suas elucubrações delirantes envelhecem
rapidamente mesmo em plena juventude. Quando falam ou escrevem suas ideias são
velhas e cansativas, empoeiradas de senso comum e de achismos.
Na
matéria que posto abaixo nosso filólogo isca conceitualmente a realidade das
forças que movem as políticas interna e externa dos Estados Unidos. Não deixa
dúvidas de que internamente o governo americano é podre por ser prisioneiro –
aliás, como aconteceu aqui no Brasil e em todo o mundo - da direita mais mafiosa, criminosa, bandida e
cruel de todos os tempos. A direita aprisiona a saúde de lá impossibilitando o
acesso dos pobres, dos negros e dos trabalhadores. Externamente a máfia
direitista assalta os outros povos, como o sírio, o líbio, o iraquiano, inclusive
os vislumbres sobre nós no Brasil e nossas riquezas, associando-se com os
piores vampiros e traidores mercenários nacionais, comprando-os para trair seus
governos e seus projetos de desenvolvimento.
Por
ser intelectual comprometido com a realidade que se movimenta porque é
dinâmica, percepção dada aos inteligentes e negada aos bicudos e sisudos
arrogantes que inventam o que não existe, inclusive de que a realidade é fixa e
sempre a mesma, Chomsky compreende que a saída se constrói com a emancipação e
soberania dos povos, como se faz aqui na América Latina desde que nossos povos
conseguem eleger projetos e governantes realmente nascidos do coração mais
profundamente ardente e carente de liberdade e de libertação da opressão que
gera miséria, pobreza, criminalidades, desemprego e destruição da economia
popular.
Nossa
libertação não é dada nem fácil. Erguemo-nos sobre pés trôpegos e a agarramos
com mãos trêmulas. Mas damos passos cada vez mais fortes e velozes. Sofremos
ameaças de destruição e de abalos. Os riscos são claros, que as espionagens e
as eleições que eriçam as direitas que se mascaram com caras de santas, de santos
e de olhos azuis o digam. Os perigos que recebem colaboração da mídia mau
caráter, associada com a histórica opressão, com a cruel injustiça, prenhe de
traidores mentirosos e golpistas, são ameaçadores.
Vale
ressaltar que Chomsky tem razão: não há solução inventada se não a única que a
realidade mostra como potencial. A emancipação de cada um de nossos povos
atacados pela ganância da ave de rapina do norte e a aliança entre nós, as
nações que lutam pela liberdade e a vida para todos, destruindo a concentração
de privilégios e de riquezas e com a fome desmesurada dos poderosos
imperialistas que nos assaltam para nos roubar, é a única possibilidade de que
dispomos para destruir os pés do monstro.
Leia
abaixo a entrevista do grande intelectual Noam Chomsky.
Abraços
críticos e fraternos na luta pela justiça e pela paz.
Dom
Orvandil: bispo cabano, farrapo e republicano.
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Ele sustenta: na Síria, Washington adotou lógica da Máfia, e perdeu; no Congresso, Obama é vítima da ultradireita, que age como os nazistas
Entrevista a Harrison Samphir, no Znet | Tradução: Vinícius Gomes | Imagem de HikingArtist
Noam Chomsky é, aos 84 anos, um dos maiores intelectuais no mundo. Seu trabalho e suas realizações são bem conhecidos – ele é linguista norte-americano, professor emérito no Massachussets Institute of Technology (MIT) há mais de 60 anos, analista e ativista político constante, crítico original do capitalismo e da ordem mundial que tem como centro os Estados Unidos
Nesse entrevista, Chomsky debate a paralisação do governo norte-americano, por disputas incessantes no sistema político e, em especial, chantagem das forças de direita mais primitivas. Também aborda os sinais de perda de influência de Washington na Síria e da emegência, na América do Sul, de um conjunto de governos que afasta-se dos EUA, pela primeira vez em dois séculos.
Gostaria de começar com a paralisação recente do governo dos EUA. Por que ela é diferente dessa vez, se já aconteceu no passado?
Noam Chomsky: Paul Krugman fez há dias, no New York Times, um ótimo comentário a respeito. Lembra que o partido republicano é minoritário entre a opinião pública e controla a Câmara [House of Representatives, que
junto do Senado representa o Legislativo nos EUA]. Está levando o
governo à paralisação e talvez ao calote de suas dívidas. Conseguiu a
maioria por conta de inúmeras artimanhas. Obteve uma minoria de
votos, mas a maioria das cadeiras. Está se utilizando disso para impor
uma agenda extremamente nociva para a sociedade. Foca particularmente a
questão do sistema de saúde público.
Os EUA são o único, entre os países ricos e desenvolvidos, que não
possue um sistema nacional de saúde pública. O sistema norte-americano é
escandaloso. Gasta o dobro de recursos de países comparáveis, para
obter um dos piores resultados. E a razão para isso é ser altamente
privatizado e não-regulado, tornando-se extremamente ineficiente e caro.
Aquilo que alguns chamam de “Obamacare” é uma tentativa de mudar esse
sistema de forma suave – não tão radicalmente como seria desejável –
para torná-lo um pouco melhor e mais acessível.
O Partido Republicano escolheu o sistema de saúde como alavanca para
conquistar alguma força política. Quer destruir o Obamacare. Essa
posição não é unânime entre os republicanos, é de uma ala do partido –
chamada de “conservadora”, de fato, profundamente reacionária. Norman
Orstein, um dos principais comentaristas conservadores, descreve o
movimento, corretamente, como uma “insurgência radical”.
Então, há uma insurgência radical, que implica grande parte da base
republicana, disposta a tudo – destruir o país, ou qualquer coisa, com o
intuito de acabar com a Lei de Assistência Acessível (o Obamacare). É a
única coisa a que foram capazes de se agarrar. Se falharem nisso, terão
de dizer a sua base que mentiram para ela, ao longo dos últimos cinco
anos. Por isso, estão dispostos a ir até onde for necessário. É um fato
incomum – penso que único – na história dos sistemas parlamentaristas
modernos. É muito perigoso para o país e para o mundo.
Como a paralisação poderia terminar?
Bem, a paralisação por si só é ruim – mas não devastadora. O perigo
real surgirá nas próximas semanas. Há, nos Estados Unidos, uma
legislação rotineira – aprovada todo ano – que permite ao governo tomar
dinheiro emprestado. Do contrário, ele não funciona. Se o Congresso não
autorizar a continuação da tomada de empréstimos, talvez o governo peça
moratória. Isso nunca aconteceu e um calote do governo norte-americano
não seria muito prejudicial apenas aos EUA. Ele provavelmente afundaria o
país, de novo, numa profunda recessão – mas talvez também quebre o
sistema financeiro internacional. É possível que encontrem maneiras para
contornar a situação, mas o sistema financeiro mundial depende muito da
credibilidade do Departamento do Tesouro dos EUA. A credibilidade dos
títulos de dívida emitidos pelos EUA é vista como “tão boa quanto ouro”:
esses papéis são a base das finanças internacionais. Se o governo não
conseguir honrá-los, eles não possuirão mais valor, e o efeito no
sistema financeiro internacional poderá ser muito severo. Mas para
destruir uma lei de saúde limitada, a extrema direita republicana, os
reacionários, estão dispostos a fazer isso.
No momento, os EUA estão divididos sobre como o tema será resolvido. O
ponto principal a observar é a divisão no Partido Republicano. O establishment republicano,
junto com Wall Street, os banqueiros, os executivos de corporações não
querem isso – de maneira nenhuma. É parte da base que deseja, e tem sido
muito difícil controlá-la. Há uma razão para terem um grande grupo de
delirantes em sua base. Nos últimos 30 ou 40 anos, ambos os partidos que
comandam a política institucional dos EUA inclinaram-se para a direita.
Os democratas de hoje são, basicamente, aquilo que se costumava chamar,
há tempos, de republicanos moderados. E os republicanos foram tanto
para a direita que simplesmente não conseguem votos, na forma
tradicional.
Tornaram-se um partido dedicado aos muito ricos e ao setor
corporativo – e você simplesmente não consegue votos dessa maneira. Por
isso, têm sido compelidos a mobilizar eleitores que sempre estiveram
presentes no sistema político, mas eram marginais. Por exemplo, os
extremistas religiosos. Os EUA são um dos expoentes no que se refere ao
extremismo religioso no mundo. Mais ou menos metade da população
acredita que o mundo foi criado há alguns milhares de anos; dois terços
da população está aguardando a segunda vinda de Cristo. A direita também
teve de recorrer aos nativistas. A cultura das armas, que está fora de
controle, é incentivada pelos republicanos. Tenta-se convencer as
pessoas de que devem se armar, para nos proteger. Nos proteger de quem?
Das Nações Unidas? Do governo? Dos alienígenas?
Uma enorme parcela da sociedade é extremamente irracional e agora foimobilizadapoliticamente pelo establishment republicano.
Os líderes presumem que podem controlar este setor, mas a tarefa está
se mostrando difícil. Foi possível perceber isso nas primárias
republicanas para a presidência, em 2012. O candidato do establishment era
Romney, um advogado e investidor em Wall Street – mas a base não o
queria. Toda vez que a base surgia com um possível candidato, o establishment fazia
de tudo para destruí-lo, recorrendo, por exemplo, a ataques maciços de
propaganda. Foram muitos, um mais louco que o outro. O establishment republicano não os quer, tem medo deles, conseguiu nomear seu candidato. Mas agora está perdendo controle sobre a base.
Sinto dizer que isso tem algumas analogias históricas. É mais ou
menos parecido com o que aconteceu na Alemanha, nos últimos anos da
República de Weimar. Os industriais alemães queriam usar os nazistas,
que eram um grupo relativamente pequeno, como um animal de combate
contra o movimento trabalhista e a esquerda. Acharam que podiam
controlá-los, mas descobriram que estavam errados. Não estou dizendo que
o fenômeno vai se repetir aqui, é um cenário bem diferente, mas algo
similar está ocorrendo.
O establishment republicano, o bastião
corporativo e financeiro dos ricos, está chegando em um ponto em que não
consegue mais controlar a base que mobilizou.
Na política externa, as notícias sobre a Síria sumiram da
mídia convencional, desde a aprovação do acordo para confiscar as armas
químicas do arsenal de Assad. Você pode comentar esse silêncio?
Nos EUA, há pouco interesse sobre o que acontece fora das fronteiras.
A sociedade é bem insular. A maioria das pessoas sabe bem pouco sobre o
que acontece no mundo e não liga tanto para isso. Está preocupada com
seus próprios problemas, não têm o conhecimento ou o compreensão sobre o
mundo ou sobre História. Quando algo, no exterior, não é constantemente
martelado pela mídia, esta maioria simplesmente não sabe nada a
respeito.
A Síria vive uma situação muito ruim, atrocidades realmente
terríveis, mas há lugares muito piores no mundo. As maiores atrocidades
das últimas décadas têm ocorrido no Congo – na região oriental –, onde
mais ou menos 5 milhões de pessoas foram mortas. Nós – os EUA – estamos
envolvidos, indiretamente. O principal mineral em seu celular é o
coltan, que vem daquela região. Corporações internacionais estão lá,
explorando os ricos recursos naturais Muitas delas bancam milícias, que
estão lutando umas contra as outras pelo controle dos recursos, ou de
parte deles. O governo de Ruanda, que é um cliente dos EUA, está
intervindo maciçamente, assim como Uganda. É praticamente uma guerra
mundial na África. Bem, quantas pessoas sabem disso? Mal chega à mídia e
as pessoas simplesmente não sabem nada a respeito.
Na Síria, o presidente Obama fez um discurso sobre o que chamou de
sua “linha vermelha”: não se pode usar armas químicas; pode-se fazer de
tudo, exceto utilizar armas químicas. Surgiram relatórios credíveis,
afirmando que a Síria utilizou essas armas. Se é verdade, ainda está em
aberto, mas muito provavelmente é. Nesse ponto, o que estava em jogo é o
que se chama de credibilidade. A liderança política e os
comentaristas de política externa indicavam, corretamente, que a
credibilidade norte-americana estava em jogo. Algo precisava ser feito
para mostrar que nossas ordens não podem ser violadas. Planejou-se um
bombardeio, que provavelmente tornaria a situação ainda pior, mas
manteria a credibilidade dos EUA.
O que é “credibilidade”? É uma noção bem familiar – basicamente, a
noção principal para organizações como a Máfia. Suponha que o Poderoso
Chefão decida que você terá que pagá-lo, para ter proteção. Ele tem de
“bancar” essa afirmação. Não importa se precisa ou não do dinheiro. Se
algum pequeno lojista, em algum lugar, decidir que não irá pagá-lo, o
Poderoso Chefão não deixa a ousadia impune. Manda seus capangas
espancá-lo sem piedade, ainda que o dinheiro não signifique nada para
ele. É preciso estabelecer credibilidade: do contrário, o cumprimento de
suas ordens tenderá a erodir. As relações exteriores funcionam quase da
mesma maneira. Os EUA representam o Poderoso Chefão, quando dão essas
ordens. Os outros que cumpram, ou sofram as consequências. Era isso que o
bombardeio na Síria demonstraria.
Obama estava chegando a um ponto do qual, possivelmente, não seria
capaz de escapar. Não havia quase apoio internacional nenhum – sequer da
Inglaterra, algo incrível. A Casa Branca estava perdendo apoio
internamente e foi compelida a colocar o tema em votação no Congresso.
Parecia que seria derrotada, num terrível golpe para a presidência de
Obama e sua autoridade. Para a sorte do presidente, os russos apareceram
e o resgataram com a proposta de confiscar as armas químicas, que ele
prontamente aceitou. Foi uma saída para a humilhação de encarar uma
provável derrota.
Faço comentário adicional. Você perceberá que este é um ótimo momento
para impor a Convenção sobre Proibição de Armas Químicas no Oriente
Médio. A verdadeira convenção, não a versão que Obama apresentou em seu
discurso, e que os comentaristas repetiram. Ele disse o básico, mas
poderia ter feito melhor, assim como os comentaristas. A Convenção sobre
Proibição de Armas Químicas exige que sejam banidas a produção,
estocagem e uso delas – não apenas o uso. Por que omitir produção
e estocagem? Razão: Israel produz e estoca armas químicas.
Consequentemente, os EUA irão evitar que tal convenção seja imposta no
Oriente Médio. É um assunto importante: na realidade, as armas químicas
da Síria foram desenvolvidas para se contrapor às armas nucleares de
Israel, o que também não foi mencionado.
Você afirmou recentemente que o poder norte-americano no mundo está em declínio. Para citar sua frase em Velhas e Novas Ordens Mundiais, de 1994, isso limitará a capacidade dos EUA para “suprimir o desenvolvimento independente” de nações estrangeiras? A Doutrina Monroe está completamente extinta?
Bem, isso não é uma previsão, isso já aconteceu. E aconteceu nas
Américas, muito dramaticamente. O que a Doutrina Monroe dizia, de fato, é
que os EUA deviam dominar o continente. No último século isso de fato
foi verdade, mas está declinando – o que é muito significativo. A
América do Sul praticamente se libertou, na última década. Isso é um
evento de relevância histórica. A América do Sul simplesmente não segue
mais as ordens dos EUA. Não restou uma única base militar
norte-americana no continente. A América do Sul caminha por si só, nas
relações exteriores. Ocorreu uma conferência regional, cerca de dois
anos atrás, na Colômbia. Não se chegou a um consenso, nenhuma declaração
oficial foi feita. Mas nos assuntos cruciais, Canadá e EUA isolaram-se
totalmente. Os demais países americanos votaram num sentido e os dois
foram contra – por isso, não houve consenso. Os dois temas eram admitir
Cuba no sistema americano e caminhar na direção da descriminalização das
drogas. Todos os países eram a favor; EUA e Canadá, não.
O mesmo se dá em outros tópicos. Lembre-se de que, algumas semanas
atrás, vários países na Europa, incluindo França e Itália, negaram
permissão para sobrevoo do avião presidencial do boliviano Evo Morales.
Os países sul-americanos condenaram veementemente isso. A Organização
dos Estados Americanos, que costumava ser controlada pelos EUA, redigiu
uma condenação ácida, mas com um rodapé: os EUA e o Canadá recusaram-se a
subscrever. Estão agora cada vez mais isolados e, mais cedo ou mais
tarde, penso que os dois serão, simplesmente, excluídos do continente. É
uma brusca mudança em relação ao que ocorria há pouco tempo.
A América Latina é o atual centro da reforma capitalista. Esse movimento poderá ganhar força no Ocidente?
Você está certo. A América Latina foi quem seguiu com maior
obediência as políticas neoliberais instituídas pelos EUA, seus aliados e
as instituições financeiras internacionais. Quase todos os países que
se orientaram por aquelas regras, incluindo nações ocidentais, sofreram –
mas a América Latina padeceu particularmente. Seus países viveram
décadas perdidas, marcadas por inúmeras dificuldades.
Parte do levante da América Latina, particularmente nos últimos dez a
quinze anos, é uma reação a isso. Reverteram muitas daquelas medidas e
se moveram para outra direção. Em outra época, os EUA teriam deposto os
governos ou, de uma maneira ou de outra, interrompido seu movimento.
Agora, não podem fazer isso.
Recentemente, os EUA testemunharam o surgimento de seus
primeiros refugiados climáticos – os esquimós Yup’ ik – na costa sul na
ponta do Alaska. Isso coloca em mórbida perspectiva o impacto humano no
meio ambiente. Qual é sua posição acerca dos impostos sobre emissões
carbono e quão popular pode ser tal medida nos EUA ou em outro país?
Acho que é basicamente uma boa ideia. Medidas muito urgentes têm de
ser tomadas, para frear a contínua destruição do meio ambiente. Um
imposto sobre carbono é uma maneira de fazer isso. Se isso se tornasse
uma proposta séria nos EUA, haveria uma imensa propaganda
contrária, desencadeada pelas corporações – as empresas de energia e
muitas outras –, para tentar aterrorizar a população. Diriam que, em
caso de criação do tributo, todo tipo de coisa terrível aconteceria. Por
exemplo, “você não será mais capaz de aquecer sua casa”… Se isso terá
sucesso ou não, dependerá da capacidade de organização dos movimentos
populares.
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