Aline
Vieira da Silva e Renato Regis da Silva é o casal proprietário da Panificadora,
padaria e restaurante CERRADO aqui em Goiânia, Rua Longitudinal esq. c/ Av. A, Leste Vila Nova. Suas
vidas são de testemunho de superação e de trabalho. Sua empresa gera
crescentemente novos empregos. O atendimento desde o caixa até os serviços de
garçons e bufetes é coberto de gentileza e acolhimento. São meus amigos e vizinhos (clique aqui para ver).
Amigos Aline e Renato
Nosso País se movimenta fortemente de modo perceptível a
todas as sensibilidades.
Milhões de brasileiros abençoados pelo desenvolvimento com
emprego, com renda, com quase 2 milhões de crianças retiradas do trabalho e do
regime de escravidão e encaminhadas para escolas, com milhares de famílias
adquirindo o direito de morar, milhões de jovens negros, indígenas, quilombolas
e outros ocupando espaços nas universidades ao lado dos filhos da burguesia,
com energia elétrica para quem viveu gerações às escuras, lazer mais
democratizado a milhões de pobres que voam de avião etc, são alguns sinais gigantescos
de que nossa realidade se movimenta e abençoa milhões, mas assusta e enche de
inveja a alguns.
Os que se assustam com tanta democratização econômica
armam-se de ódio e ofensas verbais. Enchem páginas e mais páginas nas redes
sociais com assacadas pesadas, prenhe de calúnias e de injúrias. É
impressionante.
Tenho a impressão, Renato e Aline, de que as pessoas que se
inspiram na ideologia da direita são, por natureza, grosseiras e toscas quando
falam e até olham para as pessoas. São de uma frieza a desafiar a
Antártica. Não dispõem de nenhum recurso
de etiqueta para se relacionar com os diferentes. Ao se dirigir a quem pensa
diferente delas o fazem com desdém, autoritarismo e arrogância, mesmo que seus
conhecimentos sejam nulos.
Dou-lhes um exemplo do comportamento tosco da direita. Em
torno de 1973-1977 morei e trabalhei na cidade de Uruguaiana – RS. Minha vida era
intensa nos campos pastoral, educacional e mediático. Produzia e apresentava
dois programas de rádio, um de TV diariamente e escrevia uma coluna semanal de
jornal. Isso me fazia bastante conhecido e solicitado na região, bem como minha
postura ideológica era de fácil compreensão.
Porém, tenho a impressão de que, apesar de incisivo, nunca
fui sectário. Isto é, apesar de sempre atuar com perspectivas de esquerda
abria-me à possibilidade de diálogo respeitoso com todos os seguimentos, mesmo
com os de direita em busca da boa vontade possível.
Seguidamente eu me chocava e até adoecia com a estreiteza,
inabilidade e deslealdade dos direitistas. Aí é que recordo de um fato
assustador para mim, que me serve como aprendizagem desde muito cedo para
entender a baixa possibilidade que as pessoas de direita têm para se relacionar
de forma inteligente e sensível, a aprender com outras pessoas fora de seu
empobrecido esquema.
Em 1974 a ditadura militar levou uma surra de votos que o
povo brasileiro descarregou contra ela através ao eleger deputados e senadores
quantidade enorme de candidatos da oposição. A campanha eleitoral foi de
movimentação belíssima. Das prisões e dos exílios os lideres democráticos
orientavam o povo a votar no MDB. Pois bem, querendo ouvir os dois lados fui
discretamente a um comício do MDB. Que nada, quando o mestre de cerimônias
percebeu minha presença anunciou-a a multidão que me ovacionou estridentemente
com uma salva de palmas. De lá do alto ofereceu-me a palavra no palanque.
Agradeci emocionado, sem discursar e sem subir. Bem intencionado, quis ouvir a
posição política do outro lado e dirigi-me ao comício da ARENA, partido de
apoio da ditadura e de extrema direita. Meu Deus, como fui ingênuo. Cheguei
discreto, quase me escondendo. Logo fui visto por alguns que, como na brincadeira
do telefone sem fio, fizeram chegar a notícia de minha presença aos donos do
partido, proprietários rurais e integrantes dos governos municipal e estadual,
das famosas áreas de segurança nacional, que me olhavam com muito ódio. Nada
falaram, não anunciaram minha presença – nem era esse o meu desejo– nem se
interessaram em ganhar meu apoio, criaram tal clima de mal estar e
constrangimento que senti medo e me retirei. Temi ser assassinado ou, no
mínimo, sofrer uma surra, sem que a nada nem ninguém provocasse.
Agora com tantas agressões pela internet, nos comentários de
blogs e sites, nas redes sociais, com calúnias, mentiras e injúrias pesadas me
lembro do fato de 1974 e linko os comportamentos: os militantes de direita
sempre foram e são mal educados, grosseiros, irreflexivos, irracionais,
agressivos e desleais. Com a tecnologia apenas mudaram os meios de comunicação,
mas sua conduta repulsiva é mesma. Não evoluem. Pararam empacados no tempo.
Tentarei analisar de agora em diante vários comportamentos
dos direitistas, inclusive na religião, na família e socialmente.
Hoje quis mostrar como são toscos partidariamente. Os que
abraçam o PSDB, o Democratas, o PPS, o PP e outros de comportamentos fascistas
são tão grosseiros quanto os fazendeiros de Uruguaiana. Lembro-me de um doutor,
um físico, diretor do chamado Instituto Vilela aqui de Goiânia. Eu era amigo
dele, sem saber que era do PSDB. Quando divergimos quanto ao encachoeirado
governador Marconi Perillo o tal doutor virou meu inimigo. Excluiu-me do Facebook,
motivou outros seus amigos a fazer o mesmo e me expulsou de sua amizade, sem a
menor explicação. Impressionante. Chegou a me difamar dizendo que “eu me dizia
bispo”. Coisa alarmante.
Agora, aqui para vocês, pretendi refletir a respeito da
incapacidade política dos direitistas. Eles são incapazes de ganhar uma pessoa
para suas ideias a não ser através da força, de compras de suas consciências e
de ameaças. Não sabem os caminhos da gentileza nem da argumentação civilizada. Quando
não conseguem convencer viram inimigos perigosos, facilmente.
Abraços críticos e fraternos na luta pela justiça e pela paz.
Dom Orvandil: bispo cabano, farrapo e republicano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seus comentários serão publicados. Eles contribuem com o debate e ajudam a crescer. Evitaremos apenas ofensas à honra e o desrespeito.