Polícia torturou, estuprou e empalou em Pinheirinho
Quatorze policiais militares foram afastados de
suas atividades por suspeita de terem cometido lesão corporal, estupro e
tortura contra seis pessoas em São José dos Campos; crimes foram
cometidos no dia 22 de janeiro de 2012, mesma data em que ocorreu a
desocupação da comunidade do Pinheirinho; segundo a Corregedoria, quatro
homens e duas mulheres foram torturados, elas foram obrigadas a fazer
sexo oral e um dos homens foi empalado
Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – A Corregedoria da Polícia Militar indiciou 14 policiais
militares acusados de agressão, tortura e abuso sexual contra moradores
de São José de Campos (SP). Os crimes foram cometidos em janeiro deste
ano, quando os policiais foram chamados para reforçar o patrulhamento na
cidade durante a desocupação de milhares de famílias que viviam em uma
área na cidade conhecida como Pinheirinho. Segundo a Polícia Militar, os
crimes ocorreram em ações paralelas à desocupação.
Entre os indiciados está um policial do Comando de Operações da
Polícia Militar (Copom) de São José dos Campos, acusado de prevaricação
(quando um funcionário público deixa de cumprir a função). Ele atendeu a
um chamado, pelo telefone 190, de uma das vítimas e não deu a devida
atenção ao caso. Dois policiais, entre eles um tenente e um sargento,
foram indiciados por abuso sexual.
O inquérito foi aberto pela Corregedoria da Polícia Militar em
janeiro deste ano. Desde então, os policiais suspeitos pelo crime foram
afastados de suas funções. O inquérito foi entregue hoje (24) à Justiça
Militar, mas também pode caminhar na Justiça Civil, dependendo da
conduta e dos crimes.
Segundo a Corregedoria, os indícios de crimes envolvendo os 14
policiais são fortes. Caso sejam considerados culpados, os policiais
envolvidos poderão ser expulsos da corporação. Já o tenente pode perder a
patente e ser demitido.
Edição: Aécio Amado
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