É muito bom acordar ao amanhecer e pensar em Jesus de Nazré. Vislumbrá-lo a partir dos textos evangélicos e de páginas teológicas sérias, seu compromisso com o Reino de Justiça e de Paz, é alimentar-nos profundamente para a luta pelas transformações sociais e por comunhão mais justa.
Jesus cercou-se permanentemente dos pobres, dos mais extremamente
abandonados pelas elites religiosas e políticas do seu tempo. Nunca
vacilou em denunciar os que assaltavam o povo e prometeu o Reino para os
que vestissem os nús, visitassem os enfermos e os presos, enfim os mais
agudamente lançados às margens da vida. Seguir o Jesus da Palestina do I
Século é construir igreja leal a Ele e nã a ela mesma.
Acordei
pensando tmbém nos/as milhões de irmãos/ãs brasileiros/as que lutam
cuidadosamente com energia consciencial e espiritual para ajudar nosso
amado País a avançar na solidificação de justiça, com a habilidade da
mãe de bebê para não jogar tudo fora envolto na água do banho. O momento
é criativo, mas delicado.
Forças a todos/as que conseguem
seguir Jesus assim, sem se desviar em face de tantas confusões às quais
as obras das trevas hoje empurram muitos inocentes, que sem conssciência
podem ser usados/as como buchas de canhão. Forças para não
desanimarmos. Forças para não nos confundirmos. Forças para nos unirmos.
Forças para crescermos no diálogo. Forças para evitarmos aceitar
provocações, principalmente a da crítica fácil e irresponsável,
facilmente resvalando para a critinice desrespeitosa.
No
Brasil e na América Latina temos fartas experiências de momentos
obscuros, fartos em águas turvas onde oportunistas pescam os entulhos
dos golpes e das traições. Assim aconteceu contra Getúlio Vargas em
1954, com Jango em 1964, 10 anos depois do golpe evitado pelo suicídio
do Presidente Vargas, assim aconteceu com Salvador Allende no Chile,
como aconteceu no Panamá, na Venezuela contra Chaves, que soube sacudir a
poeira suja e voltar para o povo etc. As consequências de tais
esmagamentos da democracia se traduziram em longas décadas de
concentração de renda, de submissão do País aos interesses poderosos e
injustos internacionais. As trevas do massacre da liberdade
materializaram-se em miséria e pobreza para nosso povo, além de opressão
da esperança para crianças, adolescentes e jovens.
Este momento crítico e criativo
exige forças para avançar e paz para harmonizar o povo na busca de
pautas unitárias e justas. Ninguém deve se dispensar dessa boa luta.
Todos/as somos convocados/as unidamente para a luta patriótica!
Deus nos abençoe sem nos desviarmos do projeto do seu Reino na construção de um Brasil laico e justo.
Abraços fraternos a todos/as hoje e sempre.
Dom Orvandil: bispo cabano, farrapo e republicano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seus comentários serão publicados. Eles contribuem com o debate e ajudam a crescer. Evitaremos apenas ofensas à honra e o desrespeito.