Caro Prof.
Paulo
Escrevo reiteradamente nesse blog sobre a origem do ódio e
suas conseqüências, fantasticamente sem limites sobre todos nós. O ódio de
classe que usa o poder, a mídia, a influência e todos os meios a seu alcance,
se expressa pelos dedos e palavras de gente que se apresenta à sociedade como
cheirosa, bonita e elegante. O ódio que destrói avassaladoramente tem como
características o autoritarismo – sentimento dos que acham que são donos de
tudo e de todos – e o farisaísmo – a percepção dos que se acham corretos e
certos como cidadãos/ãs acima de qualquer suspeita.
O ódio de classe enraíza-se na escravatura, que destruía barbaramente
a consciência e o ego das pessoas escravizadas, passando pelo feudalismo, o
sistema econômico dominante de tudo e de todos a partir da noção da propriedade
de terras, servos, comércio, bancos, religião e produção do conhecimento,
chegando ao perverso e desumano capitalismo e na sua forma desenvolvida, o
imperialismo. Por exemplo, havia e há pessoas religiosas que se mostram santas
e piedosas em atos religiosos nos templos, mas são tiranas e violentas cegas em
suas atividades profissionais e de poder. Para elas o próximo como ser autônomo
e diferente não existe. Para elas todas lhe devem obediência e devem se mostrar
perfeitas e inumanas.
A tragédia de Santa Maria acontecida ontem, mais uma
produzida pelo capitalismo ganancioso e burro, foi aproveitada de maneira
estúpida por esse tipo de gente que odeia com o ódio de classe dominante. As TVs
não paravam de disputar audiência, praticando verdadeiros shows de horror ao
noticiar e transmitir a mortandade de jovens lindos, inteligentes e
promissores, vítimas da fome insaciável dos capitalistas, donos e envolvidos
com a indústria da diversão. Pois com sua morte trágica, tingindo de terror e
luto as famílias dos universitários e o Brasil inteiro, era nojenta a forma com
que as geradoras de notícias e seus empregados jornalistas abordavam as
pessoas. Penso que a charge do Latuff aqui cima ilustra bem a sede de sangue da corja de
jornalistas mal preparada e dos donos da mídia sanguinária e colonizada.
Para culminar o lixo produzido pelo ódio dessa classe
dominante brasileira, composta de vagabundos e traidores, Reinaldo Azevedo, o
canalha blogueiro da revista Veja, critica o ex-presidente Lula e sua esposa
Marisa pela nota de pesar que ambos postaram ontem na página do Instituto Lula
no Facebook. Assim escreveu o casal Lula-Marisa: “O Brasil inteiro está triste e de luto pelas
mortes ocorridas no incêndio em Santa Maria. Nesse momento difícil, expressamos
nossa solidariedade aos amigos e familiares das vítimas e à toda a população da
cidade, mas em especial aos pais e mães por essas perdas irreparáveis. Nossos
sentimentos.” Ora, o safado Reinaldo escreveu
em seu blog que Lula não se dá conta de que não é mais Presidente, evidenciando
com isso, mais uma vez, de que ele, Lula, não tem limites. Claro, esse tipo de
gente não sabe, como o Azeredo - não tem como sabê-lo em virtude do ódio
desagregador que alimenta as células de seu apodrecido cérebro – o que é
solidariedade como o sentimento de se colocar no lugar do outro em sua dor e em
seu sofrimento. Par esse tipo de gente – gente? - não existe o outro. Para ele o que existe é o
mesmo de sua categoria e de sua classe insensível e dobrado à mesquinharia. É impossível
para pessoas como o corrosivo Reinaldo Azeredo imaginar que o casal Lula-Marisa
realmente seja sincero e honesto por sofrer a dor das vítimas de Santa Maria e que tenha o direito de ser solidário, como milhões de brasileiros/as o fora e assim se manifestaram pela internet.
Azeredo
e sua corja, todos participantes da classe dominante mal cheirosa pelo seu autoritarismo
e farisaísmo, desejam calar Lula e o mínimo que verta aos borbotões do povo e
da classe dominada. Para esse tipo atrasado Lula deveria se calar pela morte
causada pelo câncer ou pela criação hipócrita de alguma culpa que o jogasse na
prisão.
Benza
Deus. Vade retro satanás!
Abraços
críticos e fraternos, sempre na luta libertadora pela justiça e pela paz, sem desistir,
jamais.
Dom
Orvandil: bispo cabano, farrapo e republicano.
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