Querido
Lutero
Meu amigo, sei do quanto foste alvo e vítima do ódio. Teus
algozes não perderam tempo em te difamar e tentar te destruir, inclusive
existencialmente. Minimizaram tuas bases
teóricas dizendo que não contavas com o respaldo das autoridades da academia e
do universo científico. Diziam que não caminharias muito longe por falta de
fôlego. Quando não conseguiram influenciar tua credibilidade entre teus
apoiadores e familiares partiram para os ataques morais, bem ao estilo dos fariseus.
O farisaísmo age sempre no sentido de torpedear o caminho dos que lutam pelos
outros, lutas que passam sempre por transformações que abalam privilégios e
atingem os depósitos de corrupção, como o fizeram os primeiros de hipócritas ao
tentar destruir Jesus de Nazaré.
Alguns definem o ódio como a ante moeda do amor ou como o
outro lado do amor, do tipo: “já que não me amas eu te odeio; uma vez que rejeitas quero tua morte e
desconstrução como ser vivo e ativo.” O certo é que para os odiosos tudo é
motivo para destruir o próximo. Este sempre, repito, sempre é objeto de disputa
predatória e de eliminação. Santo Agostinho disse que a única medida do amor é
ser sem medida. “Uma vez por
todas, foi-te dado somente um breve mandamento: Ama e faze o que quiseres. Se
te calas, cala-te movido pelo amor; se falas em tom alto, fala por amor; se
corriges, corrige por amor; se perdoas, perdoa por amor. Tem no fundo do
coração a raiz do amor: dessa raiz não pode sair senão o bem!“[1], definiu o santo e filósofo. Pois os que odeiam
invertem a definição agostiniana: o ódio tem como medida ser sem medida, o
falar e o fazer são marcas dos que se aproveitam dos erros para errar e fazer
errar ainda mais. A raiz do ódio neles os induz a fazer o mal através da
divisão, das mentiras, das calúnias, das injustiças, de boicotes, do marketing da
destruição de imagens e da diminuição das pessoas e até de tramas para
assassinatos. Tanto difundem mentiras até que se tornem verdades para o senso
comum, conforme método diabólico imitado do nazismo. A história é prenhe de
exemplos do que escrevo aqui.
Pessoalmente não me acostumo com o ódio e o desprezo. Nada
mais medíocre do que o ódio e ninguém mais medíocres dos que os que odeiam.
Nada sentem a não ser ódio, nada os convence, nada os transforma. Tudo o que dizem
e fazem é odiar. Chego a ser inocente com pessoas falsificadas pelo ódio.
Tomo-me pela doença quando sou, e geralmente sou vítima do ódio. Seguidamente
algum bispo distorcido pelo ódio me atinge e me faz sentir muita dor. Da mesma
maneira, no campo acadêmico, quando no lugar da construção humana através
da educação me deparo com professores/as e coordenadores a serviço do ódio,
sofro muito. Bobagem minha, afinal o ódio é a matéria prima dos que pensam e sentem-se
donos da verdade e do mundo, como condição de classe dominante. Suas tarefas são as de buscar incessantemente
problemas e defeitos para disparar suas setas venenosas. Sua prática não é a de
sentar e propor análise, mas a de fofocar e entregar pelo puxa saquismo os que
consideram errados.
É isso que vemos no mundo. Poxa, é muito doloroso olharmos
para a terra onde Jesus enfrentou o ódio e vermos que nenhuma lição os
sionistas conseguem tirar de Jesus nem dos profetas que dizem obedecer. Sem a
menor sensibilidade ensinam nas escolas, templos, famílias e quartéis que os
irmãos palestinos devem ser eliminados. Mentem, difamam e metralham até
crianças, velhos e mulheres grávidas, sem a menor misericórdia. A internet
oferece farto material informativo, vídeos e fotos revelando monstruosidades
praticadas pelos agentes do ódio, que ocupam o poder de Estado e todos os
aparelhos sociais para praticar o ódio e o mal. Tanto que as investigações
feitas no cadáver de Yasser Arafat mostram que os direitistas de Israel o
mataram envenenado, mesmo quando o líder palestino se encontrava internado e
indefeso num hospital em Paris. Da mesma maneira leio horrorizado o noticiário
da Venezuela sobre o Presidente Hugo Chávez. O comandante bolivariano
encontra-se doente e em sofrimento em Cuba, enfrentando dolorosa cirurgia e pós-operatório.
Pois os odiosos de sua oposição, sem nenhum espírito cívico de amor ao povo,
aos pobres e trabalhadores libertos da degradação econômico-social, graças à
Revolução Bolivariana liderada por Chávez, tramam o assassinato do vice-presidente
Nicolás Maduro e do Presidente do Parlamento Venezuelano, Diosdado Cabello. Os
adjetivos usados para classificar ou desclassificar esses líderes do povo são
lamentáveis e bem ao estilo da direita, que age da mesma forma em todas as
partes do mundo. Nem têm respeito pelo povo, pelos seus líderes nem remorso por
tanto ódio endereçado a um ser humano que busca sobreviver a um câncer dos mais
corrosivos e letais possíveis. O ódio da oposição venezuelana é sem medidas e
disposto a incendiar o mundo na busca da satisfação de seus instintos egoístas
e perversos.
O ódio nas Pátrias é sem pátria e age da mesma forma
internacionalmente. É capaz de produzir bandidos monstruosos como Adolfo
Hitler, Augusto Pinochet, ditador fascista chileno, generais golpistas e
nazistas brasileiros que detonaram nossa democracia e nossa história, Fernando
Henrique Cardoso, mandalete das falsas elites direitistas brasileiras, que buscaram
nele o ideal do falso intelectual, poliglota, doutor e pós-doutor, o mais burro
do que qualquer outro do seu estilo, que exerceu o papel de enfiar no abismo
milhares de irmãos/irmãs brasileiros/as, sem saúde, sem habitação, sem direitos,
sem trabalho, sem dignidade, enquanto o farol de Alexandria - como o apelidou Paulo Henrique Amorim - da
burguesia atrasada e odiosa vendia o Brasil
e enchia suas burras de propinas. Lula é desde o ano passado alvo privilegiado
de ataques e calúnias das mais sórdidas, inclusive de sua honra e a de sua
família. Tudo movido pelo ódio de classe dos funcionários da mídia dominante e
dos apátridas de plantão.Nessa linha a Presidenta Dilma também é mira do ódio da
descategorizada e desonrosa classe dominante. Para representá-la nas críticas à
Presidente o PIG buscou o depoimento do
senador (com “s” minúsculo de propósito) corrupto, o mais mau exemplo dos
parlamentares brasileiros, com justeza oposicionista do partido vendilhão e
líder dos fichas sujas, o tcano Álvaro Dias. Depois das mediadas anunciadas
pela Presidenta para baixar as tarifas da energia elétrica, tanto para as
famílias quanto para as empresas, o bufão vem a público, iniciando pela sua
desmoralizada página no Twitter, para pedir direito de resposta e mentir que os
consumidores pagarão essa conta. Quer dizer: o desgraçado – sem a graça do amor
– é mesmo agente do ódio, da burrice e da canalice, além de não ter a menor
moral, principalmente depois que veio à tona seu enriquecimento ilícito e ainda
usar seu falecido pai para respaldar sua mentira, já que morto não fala.
Até quando o ódio fabricante de injustiças existirá para nos
prejudicar e falsificar a missão de uma oposição construtiva? Essa oposição que
aí se move é intensa em suas más intenções, na sede de injustiças e do mal.
Nada que venha do governo presta para ela, principalmente por buscar investimento para o desenvolvimento com
distribuição de renda e de riquezas. Isso ameaça seu egoísmo, sua estupidez e
sua burrice. Lá na Venezuela o vice presidente Nicolás Maduro sente que será
preciso prender os malfeitores. Penso que no Brasil precisamos de um judiciário
sem Joaquim Barbosa, sem Marco Aurélio (aquele no “tribunaharrrrr”), sem Gilmar
Mendes e outros “viralatas” serviçais da Casa Grande, para julgar e prender os
fabricantes e agentes do ódio.
Enquanto isso, irmão Lutero, continuemos a luta pela justiça
e pela paz. Essa luta é incessante porque nasce e se evola do amor incessante e
sem medidas.
Dom Orvandil: bispo cabano, farrapo e republicano.
Abraços críticos e fraternos, sem abrir mão da luta pela
justiça e pela paz, jamais.
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